domingo, 24 de setembro de 2023

Ameaça de prisão?

 

Segundo noticiado pela imprensa, o último ex-presidente do país teria apresentado plano de golpe de Estado à cúpula militar de seu governo, logo após o primeiro turno das eleições passadas, conforme delação de seu ex-ajudante de ordens.

Ao tomar conhecimento do teor do encontro, ainda segundo o mencionado militar, o então comandante do Exército ameaçou dar voz de prisão ao superior hierárquico, por tentativa de tramar contra a Constituição.

O comandante do Exército teria dito ao então presidente do país, verbis: “Se o senhor for em frente com isso, serei obrigado a prendê-lo.”, como se ele fosse superior hierarquicamente ao mandatário.

De acordo com o depoente, esse fato teria ocorrido na reunião realizada em 24 de novembro de 2022, no Palácio da Alvorada, entre os comandantes militares.

Segundo o relato do ex-ajudante de ordens, o então comandante da Marinha teria sido o único a manifestar total apoio à iniciativa presidencial, enquanto o comandante da Aeronáutica limitou-se ao silêncio diante da proposta do ex-presidente.

Certamente que essa notícia precisa de confirmação, porque ela é atribuída a quem não tem competência para fazê-la, diante da fidelidade que o ajudante de ordens sempre tem perante o seu chefe.

Essa notícia somente poderá ser confirmada pelo próprio ex-presidente do país e pelos comandantes militares, os principais envolvidos nesse imbróglio, que revela uma página bastante desagradável, diante da falta de convergência sobre matéria de altíssima importância para os interesses do Brasil e dos brasileiros, em que o país se encontrava em verdadeira encruzilhada, em termos de crise institucional, mas faltou bons argumentos para a solução favorável às causas nacionais, quando a falta disso resultou na entrega do poder à banda podre da política brasileira.

Agora, admitindo-se que essa estapafúrdia notícia tenha fundo de verdade, que de fato aconteceu tal tragédia de explícita insubordinação, em que um servidor inferior hierarquicamente ao presidente do país tenha tido o inaceitável atrevimento de ameaçar a prendê-lo, caso ele implantasse as medidas levadas ao conhecimento dos comandantes militares, não tendo ele reagido à altura como comandante supremo dos militares, ex-vi do disposto no art. 84, XIII, da Constituição, isso simplesmente significa passar atestado de estrondosa frouxidão e falta de autoridade perante seus subordinados, fato este que desmerece, por completo, o respeito dos brasileiros.

Se realmente o ex-presidente do país tinha plano para implantar medidas de exceção e que algum militar fosse contrário a ele, quanto mais ainda sob ameaça de prisão dele, restava única alternativa de momento para o então presidente, na forma da imediata exoneração, no caso, do comandante do Exército e de quem mais se juntasse a ele, como forma de mostrar a autoridade do presidente da República, que estaria adotando medida necessária à garantia da lei e da ordem, com base no art. 142 da Constituição.

O certo é que nenhum plano foi decretado e o então presidente do país se acovardou em humilhante e estrondoso silêncio, logo depois da consumação da derrota dele, nas urnas, não tendo a mínima dignidade de chefe de Estado e de governo para sequer se pronunciar perante os brasileiros, para explicar a sua indiscutível e imperdoável omissão, por não ter feito absolutamente nada para salvar o Brasil, tendo passado para a história como presidente que não teve a mínima decência, como patriota, para defender o Brasil das garras da esquerda maldita.

Os brasileiros honrados e dignos preferem acreditar que essa absurda história de ameaça de prisão ao então presidente da República, sem que ele tenha reagido à altura da sua autoridade, jamais teria ocorrido, porque, do contrário, esse fato conspira-se, com gravidade, para se acreditar que ele teria sido o estadista mais incompetente, medroso e covarde a ocupar o mais importante cargo do país.  

Brasília, em 24 de setembro de 2023

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