quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Sem graça alguma

Conforme vídeo que circula na internet, uma pessoa faz alerta no sentido de que se prenderem o último ex-presidente do país, por qualquer motivo, a reação poderá acontecer por parte de vários segmentos, em especial dos caminhoneiros e até mesmo dos militares, entre outras importantes classes que estão dispostas a defenderem a liberdade do seu ídolo.   

Esse movimento não consegue mover o menor temor, por parte do sistema, que já sabe que, quem muito alerta, na hora que tudo acontecer de mais grave, ninguém age como preconizado e fica tudo exatamente conforme decidido por ele, tendo em vista todas as ameaças já havidas ao longo da história.

Quem não se lembra das ameaças dos vermelhos que prometeram arrebentar as estruturas do Brasil, caso o capo da criminalidade brasileira fosse preso?

Pois bem, como se sabe, ele foi efetivamente recolhido à prisão, em Curitiba, e não aconteceu absolutamente nada, porque todo mundo se calou e pronto, dando o dito por não dito, conforme mostra a história.

Depois disso, quantas vezes os caminhoneiros já ameaçaram a interdição de estradas, com a imediata paralisação da distribuição de alimentos e petróleo, entre outras medidas que nunca tiveram a mínima consequência, em termos de prejuízos para o fluxo normal das atividades políticas, administrativas, comerciais e econômicas?

Ou seja, até que houve o ensaio de greves, caso dos caminhoneiros, mas todas não resultaram senão em verdadeiro fiasco, em forma de perda de tempo.

Duvida-se se haverá, nesse caso, alguma efetividade de paralisação, na forma dos protestos preconizados no vídeo, exatamente porque falta liderança politizada profissionalmente para cuidar das estruturas e dos arcabouços inerentes ao conjunto do movimento, em termos estratégicos de mobilização dos protestantes, que não se animam em perigosas aventuras de momento, mesmo que a causa possa ser justa e necessária, mas falta confiança e credibilidade capazes de sustentar o espírito dos protestos imaginados no vídeo.

Enfim, de nada adianta ficar ameaçando quando já se sabe, de antemão, que ameaças sem efetividade não têm graça alguma.

Brasília, em 13 de setembro de 2023

 

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