Em vídeo que circula nas redes
sociais, há a mensagem exaltando amor eterno ao Brasil, independentemente da situação
caótica pelo qual ele vem atravessando na vida político-administrativa, diante
das crises institucionais que preocupam os brasileiros, à vista das incertezas
que isso causa à sociedade.
Cada vez mais me convenço de que,
quanto mais se tem amor à pátria, mais me distancio da esperança da moralização
do Brasil.
De que adiante ficar prometendo
juras eternas e amor ao Brasil, se ninguém vislumbra qualquer medida milagrosa
contra o status quo, por mínima que seja, para reverter esse quadro de
suprema dominação da maldade, da incompetência, da ineficiência, da
arbitrariedade, da inconstitucionalidade, entre tantas desesperanças, quando
somente há a prevalência e a reafirmação desse conjunto caótico?
Sim, é preciso que não se perca a
esperança, porque a desesperança é apenas o fim da caminhada, mas como
continuar mantendo as chamas acesas somente de brasilidade, de amor à pátria,
levando bordoadas, sem qualquer reação à altura ou superior às chagas sequeladas?
O certo é que faltam lideranças
altruístas, competentes, interessadas em mobilização da sociedade, para
incentivar iniciativas proativas na busca de urgente solução para as crises
institucionais que apenas se alastram em potencial de degradação social, causando
intranquilidade e preocupação de toda ordem?
Será que somente eu discorde
dessa patética forma de compreensão dos patriotas que apenas declaram amor ao
Brasil, completamente conformados com a ainda ter o direito de gritar aos
quatro cantos do mundo e pronto, sem qualquer iniciativa em forma de reação e
mobilização contra as maldades, as tiranias, as incompetências e as
perseguições, como se a passividade tivesse o altruísmo de resolução da
desgraça que aflige os brasileiros?
Parem o barco Brasil, pensem e
decidam agir verdadeiramente em defesa de causa que é justa objetivando
salvá-lo.
Brasília, em 7 de setembro de 2023
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