sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Descontrole da aeronave?

 

Conforme mensagem que circula nas redes sociais, uma pessoa classifica de hipocrisia a falta de ação do último vice-presidente do país, por ele ter deixado de adotar as medidas contidas na orientação recebida do então presidente brasileiro, conforme o texto transcrito a seguir.

 Meu caro General Mourão, a Pátria foi subjugada pelo crime, pela fraude e pelos Maus que querem o poder para destruí-la, um ex-condenado e sua quadrilha tomaram o poder com a ajuda do judiciário corrompido pela ideologia e talvez ameaçado pelo crime, eu como um simples Capitão se der a Ordem para que as Forças façam uma necessária intervenção pela ordem democrática no País, fatalmente serei preso por Generais que nunca me aceitam como seu Chefe Supremo das Forças, mas você é um General, Maçom, Patriota e tem o dever cívico de mudar esse jogo político de cartas marcadas que tentará destruir o Brasil, por isso passo a você o bastão da Liberdade, para que você convoque os bons e prenda os maus que também infestam as nossas Forças. Afaste, investigue, julgue e prenda os corruptos que participaram dessa absurda e escandalosa fraude nas eleições. Feche o TSE, convoque novas eleições, afaste os 11 ministros do STF e substitua-os por Juízes de carreira nomeados por 6 meses até que sejam aprovados pelo Senado Federal. Afaste todos os políticos de qualquer esfera do poder Legislativo que tenham seus processos de corrupção engavetados no Judiciário por seus cúmplices e chantagistas de plantão. Afaste independente da patente os militares coniventes com todo esse esquema podre de poder. Só assim salvaremos à Pátria Amada que nos confiou a sua proteção dos algozes parasitas e oportunistas do comunismo. Eles irão destruir a Família, a economia, o progresso e a liberdade do nosso povo em pouco tempo. Faz-se a hora de agir General !!! Tenha a coragem de afastar os 6 Generais comprometidos e assuma por direito e por dever o comando como Supremo Chefe das Forças Armadas do Brasil”.

Em primeiro plano, é preciso ponderar que esse documento não tem qualquer sinal que seja autenticamente da autoria do então presidente brasileiro, visto que ele pode ter sido forjado sob a iniciativa dele, com o intuito de se isentar da grave culpa de omissão e irresponsabilidade, por não ter tido coragem de adotar as medidas transferidas para o vice, em condições absolutamente adversas, no finalzinho do governo.

A bem de se ver, a verdade é que os fatos precisam ser analisados desde a sua origem, em que se deva atribuir somente responsabilidades a quem realmente tinha a incumbência privativa, nos termos constitucionais, para adotar as necessárias medidas de salvação do Brasil, conforme, ao menos, na exata maneira como tal consta da mensagem atribuída possivelmente a quem não teve as imprescindíveis coragem, sensatez, competência, responsabilidade e patriotismo para salvar o Brasil das desgraças que afligem pesadamente os brasileiros.

À toda evidência, parece demais simplório se tentar transferir atribuições que eram próprias do presidente do país, que teve todo tempo no cargo para agir precisamente no sentido de corrigir o que estava precisando do imediato saneamento, na forma irresponsavelmente elencada na mensagem, entre outras providências necessárias, como se ele tivesse entendido que não tinha nada com os estragos que estavam causando ao Brasil e aos brasileiros, em que pese ele ainda ser o principal prejudicado com as eventuais manobras articuladas na operacionalização das urnas eletrônicas, segundo denúncias sobre fraudes no sistema eleitoral.

Não se pretende aliviar nem isentar responsabilidades de ninguém, mas é preciso que as atribua a quem realmente foi omisso e ainda teria tentado passá-la, no apagar das luzes, para outrem, faltando apenas dois dias para o término do mandato presidencial, como se ele não tivesse nada com a tragédia construída ao longo do seu governo, que foi marcado por momentos de altas e baixas temperaturas no mundo político, com maior incidência para as baixarias concernentes a críticas e agressões impróprias à salutar gestão democrática.

É possível que esses fatos tenham contribuído para propiciar a criação de órgão estranho chamado sistema, que assumiu, em definitivo, os destinos do Brasil, precisamente em razão das grosseiras trapalhadas oriundas da incompetência, da insensibilidade, da irracionalidade, da ineficiência e principalmente da irresponsabilidade, que teriam culminado, caso o conteúdo do texto constante da mensagem em comento seja realmente da autoria do ex-presidente do país, que estaria assim assinando o próprio e definitivo sentimento de desamor às causas do Brasil, justamente por ter deixado de agir na forma e na obrigação constitucionais, não tendo o menor pudor em transferir a sua responsabilidade para outrem, de maneira abrupta e despreparada.

É preciso que os verdadeiros brasileiros reflitam sobre o conteúdo dessa mensagem, porque o seu teor é muito importante para se definir quem realmente foi o potencial causador das desgraças que levaram a passagem do poder para a nefasta oposição, diante de todas as trapalhadas protagonizadas por pessoa visivelmente desestruturada, em termos de sensibilidade quanto às medidas necessárias ao saneamento das mazelas que eram, possivelmente, do conhecimento dela, à vista do que consta da mensagem atribuída à sua autoria.

A mensagem em causa parece deixar a deplorável lição de que o povo tem o seu representante político que bem merece, quando os fatos mostram o tanto de deficiências, mas nada é capaz de evidenciar a realidade sobre eles, infelizmente.

Diante desse texto, uma pessoa, de certa forma, discorda da minha análise, ao afirmar que “Fica difícil pilotar um avião quando os copilotos ficam puxando a manete...”.

Em resposta, eu disse que, pelo que se sabe e isso é fato indiscutível, a nave Brasil só tinha um piloto, que era o presidente da República.

O resto era constituído de meros tripulantes e passageiros, sendo uns importantes e outros nem tanto e isso é realidade.

Quer queira ou não, o único piloto, responsável pela condução daquela nave, se perdeu, tendo se equivocado completamente e conseguido embicá-la para o rumo do espaço sideral, deixando seus tripulantes nas piores dificuldades possíveis, de incontornável solução, conforme mostra a realidade dos acontecimentos político-administrativos.

O certo é que o piloto se mostrou mais perdido do que cego em tiroteio e terminou, infelizmente, escolhendo a pior rota para conduzir a sua nave, que teve o destino da omissão e da entrega do poder, de forma passiva, à nefasta esquerda.

É lamentável que a cegueira ideológica ainda fique se ancorando em justificativa pouco plausível, ante à força dos fatos, que é incontestável, à vista do império da devastação da desgovernabilidade que a todos inferniza, quando tudo isso poderia ter sido evitado, apenas por meio da implantação da garantia da lei e da ordem, na forma prevista no art. 142 da Constituição, à vista de inúmeras denúncias de irregularidades, em especial, na operacionalização do sistema eleitoral brasileiro.

No caso Brasil, era impossível a figura do copiloto, uma vez que a Constituição obrigava acento único na aeronave, cujo ocupante precisava de muita consciência cívica e patriótica para evitar qualquer deslize, mas isso foi inevitável, conforme mostram os fatos, que são os piores possíveis para os brasileiros honrados, que precisam se indignarem contra a insensibilidade, a incompetência, a irracionalidade e a irresponsabilidade.

É preciso que os brasileiros tenham consciência sobre os fatos reais, porque estes foram determinantes para a definição da horrorosa situação que se encontra o Brasil, infelizmente.

            Brasília, em 15 de setembro de 2023

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