Em
vídeo que circula nas redes sociais, um especialista esclarece, em minúcia, a
fragilidade do sistema eleitoral brasileiro, quanto à possibilidade primária de
manipulação, em que o operador das urnas eletrônicas tem total liberdade para
obter o resultado que quiser, uma vez que ele pode conduzir a votação segundo o
resultado pretendido, tal qual conforme for a programação delas para os
objetivos coimados.
Nunca
na história deste país uma questão tem sido tão fácil de ser assimilada e
compreendida, evidentemente depois das lúcidas explicações técnicas oferecidas
por especialista no manejo funcional de urnas eletrônicas, como visto no vídeo.
Ou
seja, o sistema eleitoral brasileiro é facilmente manipulável por obra e graça
de quem tem competência constitucional e legal para gerenciar o seu
funcionamento e comandar a sua engrenagem.
Por
via de consequência, não há margem de dúvidas de que o operador do sistema
eleitoral tem poder para conduzir o rumo dos trabalhos que levem ao resultado
que bem quiser e interessar, sem que haja mínima maneira possível de
contestação, minimamente da parte externa, ante ao indevassável sigilo imposto
sem qualquer base legal.
A
propósito, como é sabido, o processo eleitoral constitui ato da administração
pública passível à publicidade, nos termos do artigo 37 da Constituição, na forma
civilizada de plena transparência, e de, conforme o caso, enquadramento no
crime de responsabilidade da autoridade que despreza tão relevante princípio
constitucional, caso o Brasil fosse um país sério e evoluído, em termos
políticos e democráticos.
Há,
no caso brasileiro, importante detalhe que diz diretamente à normatização, como
certamente acontece nos países civilizados, que tem por finalidade exatamente
possibilitar a transparência das operações do sistema, no seu conjunto, em que
o interesse maior é o contrário do que ocorre no Brasil, quando o
escancaramento delas se torna o bem maior, tendo como primazia a ostensividade
da operacionalização do sistema, por ser do interesse da sociedade e não apenas
do sistema em si, como é feito erroneamente no país tupiniquim.
A
verdade é que esse comportamento anacrônico se harmoniza com a mentalidade dos
políticos e da população, exatamente por concordarem que o sistema eleitoral
seja manipulado tal e qual vem sendo, sem a menor preocupação com a sua
transparência, que seria o normal, caso a sociedade tivesse interesse na verdade.
Ao
contrário disso, o Brasil já teria sistema eleitoral moderno, aperfeiçoado e
modelar para o mundo, bastando apenas a sua normatização, nos moldes de
eficiência, segurança e credibilidade, inclusive com possibilidade de
criminalização de quem tivesse o desplante de omitir quaisquer informações
sobre o funcionamento do sistema eleitoral brasileiro.
Urge
que o Congresso Nacional promova a atualização do sistema eleitoral, de modo
que ele possa contar com o voto impresso auditável e que todo o seu mecanismo
de operabilidade seja absolutamente transparente por todos que se habilitarem
ao seu acesso.
Brasília, em 6 de setembro de 2023
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