Em crônica que fiz crítica ao desempenho do
governo brasileiro, mostrando que o verdadeiro estadista fica cuidando, com o
exclusivo empenho, dos assuntos inerentes ao relevante cargo presidencial, sem
necessidade acusações e agressões a ninguém, porque ele precisa ser o espelho
para os brasileiros.
Um distinto seguidor de meus textos escreveu
mensagem, dizendo o seguinte: “Valeu meu amigo... De todo seu relato vejo
que vc não é eleitor de Bolsonaro... Daí fica fácil para vc fazer seu
julgamento de forma parcial.”.
Em
resposta à aludida mensagem, eu disse que o juízo de valor dessa pessoa pode ter
sido equivocado, porém compreensível, por achar que todo eleitor de determinado
candidato precisa fechar os olhos para os erros praticados por ele e isso ele,
lamentavelmente, deixou muito claro, na mensagem acima.
Ao
contrário do que ele avaliou, eu votei no atual presidente, mesmo sabendo que
ele não preenchia os requisitos necessários para um perfeito estadista, sob as
minhas avaliação e interpretação quanto aos princípios da competência, da
sensibilidade e da ponderação exigidos para o exercício da gestão pública, em
especial da relevância do principal cargo do país.
No
momento, diante do cenário político, o presidente do país, na minha avaliação,
leva vantagem sobre os demais adversários, inclusive com relação ao principal
opositor dele, que imagino que nem candidato será, porque se trata de político
em plena decadência moral, que há de reconhecer, de moto próprio, por sua
inutilidade diante a grandeza do Brasil, que não o merece, justamente em razão
do seu tenebroso e nefasto patrimônio político, que não condiz com os princípios
da moralidade e da dignidade.
À toda evidência, o mencionado político foi
denunciado, em especial, por seu envolvimento em degradantes escândalos de
corrupção, na forma do mensalão e do petrolão, que aconteceram precisamente no
governo dele.
Em
nome do Brasil, não tem outra alternativa senão votar no menos pior de todos os
candidatos, em forma de voto útil, que tem por finalidade não se permitir a
volta do caos para o Brasil, ressalvando que isso é o meu entendimento,
independentemente do que o referido cidadão possa pensar, lamentando que ele
tenha se precipitado em fazer juízo de valor sobre as outras pessoas, como no
meu caso, em especial sobre as preferências delas, exatamente porque eu acho
que isso não é de bom tom, como conduta de civilidade, diante da evolução da humanidade.
E
importante que eu repilo que não faço julgamento parcial, como ele afirma,
porque as minhas avaliações são fruto da minha modesta capacidade de análise
sobre os fatos da vida, procurando ser a mais completa e ampla possível e sem
parcialidade, de modo que tenho por princípio o maior alcance possível do
sentimento de justiça.
Eu
não sou obrigado a idolatrar o presidente do país nem apoiar cegamente o ele
faz, como muitas pessoas fazem, naturalmente sob seus critérios de avaliação
muito mais vinculadas à cega ideologia, porquanto cada pessoa tem a sua verdade
e o seu critério de avaliação e a minha não é igual à de ninguém, como no caso
da dele, que deve ser bastante acurada, mas somente para ver bondade nos atos
do ídolo dele, que não tem condições de enxergar senão somente as boas
qualidades que são vistas no presidente brasileiro.
É preciso que se respeite os sentimentos e as
opiniões das pessoas, que têm direito de
interpretar o desempenho e o comportamento do presidente do país por ângulos até
mesmo diferentes e isso é exigência de princípios, como forma de aceitação das
salutares relações diplomática e democrática.
Por
esse motivo, não tem o menor cabimento que alguém julgue o comportamento de outrem
como sendo parcial e ainda tendo o atrevimento de atribuí-lo como tal, porque
isso não condiz com os princípios da civilidade e do respeito que precisam
imperar no âmbito da sociedade.
Sei
que não tenho direito algum de dizer tudo o que escrevi neste texto, mas fui
obrigado a fazê-lo em nome do respeito à dignidade à pessoa, uma vez que eu sou
pessoa pública e não poderia me calar diante de fortes acusações, em especial à
de parcialidade nas minhas análises e nos meus julgamentos, quando, ao contrário,
o meu silêncio sobre isso implicaria a aceitação tácita de tão grave e graciosa
acusação, segundo penso, notadamente porque ser parcial é o mesmo que ser injusto
e a injustiça é sempre condenável, sob a ótica vista pelos homens bons, puros e
justos.
É
preferível a franqueza das palavras à maciez da mentira, na esperança de que o
mencionado cidadão possa refletir e evitar fazer juízo de valor sobre as
pessoas, porque é possível que os conceitos dele possam ser dissonantes dos sentimentos
verdadeiros das pessoas.
Brasília,
em 17 de junho de 2022
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