segunda-feira, 20 de junho de 2022

A involução humana?

 

Vêm circulando na internet mensagem e imagem surrealistas, em texto que diz que “Besta é quem perde amizade por causa de política. Enquanto eleitores se desentendem, se ofendem e brigam, Lula e Bolsonaro passeiam juntos.”.

Logo abaixo dessa mensagem, consta a foto do presidente da República montado em jumento, dando a entender que o animal é o ex-presidente referido na mensagem.

É de se ficar muito estarrecido e decepcionado com o autor de ideia estapafúrdia como essa de se usar a figura do presidente da República, todo risonho montado em jumento que estaria sendo estilizado como o ex-presidente da República petista, em clara deformação que evidencia absurda transformação dele em animal irracional.

Trata-se de algo que o bom senso e a racionalidade repudiam, precisamente por ficar caracterizada visível falta de respeito ao ser humano, não importando aqui absolutamente nada o que o petista possa representar de ruim para a sociedade, mesmo que ele tenha praticado crime de lesa-pátria, porque isso não justifica a sua degeneração como ser humano, que precisa sim ser julgado por seus atos criminosos, por parte de quem competência para fazê-lo.

À toda evidência, o petista não deixa de ser humano só por causa do seu passado de homem público que tenha se envolvido em casos de corrupção, conforme mostram os fatos investigados, e isso é fato que não justifica ridicularizá-lo com charge de péssimo gosto, por ser bastante gesto de desrespeito que não condiz com os princípios humanitários.

É preciso sim que as pessoas se conscientizem de que essa forma de repúdio social somente confirma sentimento de muito ódio no coração que somente contribui senão para potencializar muito mais atrito e desarmonia entre os brasileiros.

Ao contrário disso, as pessoas precisam se esforçar cada vez mais para a busca de disputa política sob padrões de evolução, com o emprego de métodos construtivos e civilizados, sobretudo no sentido de apenas mostrarem as qualidades dos candidatos, sem necessidade alguma da tentativa de desmoralização e degeneração da personalidade de ninguém, porque isso só conspira contra quem se ocupa em criar deplorável imagem que não corresponde à realidade e ainda expõe o seu instinto de malignidade para tentar ferir a dignidade do ser humano.

Essa forma de ridicularização deixa consignado o sentimento de desprezo e indiferença ao ser humano, a negar-se a si próprio, que demonstra incapacidade para o oferecimento de ideias construtivas, em benefício da sociedade, porque é exatamente o que devem fazer aquele que se educa e tem o dever da conscientização de que o seu aprendizado se valoriza com a prática do bem.

Enfim, o que custaria a criação de ideias com vistas apenas à revelação do seu sentimento de amor às coisas de Deus, que certamente disponibilizou o livre-arbítrio ao homem somente para a prática do bem, como forma de aproximação do homem?

Não há a menor dúvida de que toda maldade, como essa desenhada na mensagem e na imagem constantes dessas referidas acima, têm muito mais com as obras próprias do demônio, que se encarrega das criações destrutivas da evolução da humanidade.

Esse comportamento representa o absurdo da mentalidade humana, por evidenciar instinto de ódio e vingança, como desagradável e contrária à evolução do homem, que se volta à idade da escuridão da pedra lascada, onde eram normais as agressões graciosas entre os homens, como as que são representadas na indevida e reprovável ilustração da mensagem de intolerância em comento.

Enfim, apelam-se para que as pessoas se conscientizem de que a decência, o respeito e a honestidade na política são formas civilizadas que contribuem para a valorização e a grandeza do homem.

Brasília, em 20 de junho de 2022

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