Segundo
notícia que circula nas redes sociais, sob o comando do Exército teria sido realizada,
no Brasil, a maior apreensão de minério ilegal, por meio de ações que
culminaram com a captura de 202 mil
toneladas de manganês, cobre e cassiterita, na Vila do Conde, em Barcarena,
Pará.
Consta
ainda que foram apreendidos 309 kg de cocaína, 2.850 kg de pescado, 218 m³ de
madeira, 7.600 caixas de cigarro, 77 embarcações, 20 veículos, 13 armas, 188
munições, 5 motosserras, e 1.200 litros de combustível, além da interceptação
de uma embarcação que transportava 26 kg de maconha e 600 pílulas de ecstasy.
Conforme
as estimativas, as atividades foram encerradas com o balanço total de R$ 201,4
milhões em materiais em condições consideradas ilícitas, que foram recolhidos
aos depósitos do governo.
As operações
contaram com 3.119 pessoas, entre civis e militares das Forças Armadas e dos
órgãos de segurança pública e ambientais, 50 meios navais, 47 terrestres e 6
aéreos, compreendendo a área terrestre, área marítima, rios navegáveis, litoral
e fronteira terrestre, abrangendo ampla extensão territorial brasileira.
Os órgãos
integrantes das ações planejaram a operação com bastante antecedência, de modo
a empregar conhecimentos no combate aos delitos transfronteiriços e ambientais,
em comandos simultâneos sobre pontos estratégicos, fazendo uso de dados e
elementos necessários ao monitoramento sob áreas marítima, fluvial, terrestre e
aérea.
Também
foram empregados equipamentos de última geração nas operações, disponibilizados
pelo Comando de Defesa Cibernética e aeronaves do Comando de Operações
Aeroespaciais, para o patrulhamento marítimo.
À vista dos
resultados tão expressivos, é de se lamentar que essas importantes operações sejam realizadas, ao que
se pode intuir, de quando em vez, quando elas deveriam ser transformadas em
atividades permanentes e sistemáticas, precisamente para o efetivo combate à
criminalidade de diversas matizes, que se expandem naquela região, que tem sido
terra de ninguém.
Por esse
motivo, aquela região, que é de suma importância para 0 Brasil, é também bastante
propícia para a proliferação de toda espécie de criminalidade, todas elas
certamente muito prejudicial aos interesses nacionais, ante o intenso contrabando
de valiosos minérios e outros produtos extraídos da natureza.
Diante da
importância estratégica para os interesses nacionais, a região amazônica exige
prioridade do governo, quanto às políticas de fiscalização e controle de seus recursos
naturais, quanto mais no que diz respeito aos minerais, que são todos valiosos
e lá eles existem em abundância, mais o sem o devido controle, em termos de
aproveitamento econômico para o Brasil.
Não é
difícil se perceber que faltam mesmo boa vontade e interesse político, por
parte do governo, para defender as riquezas minerais brasileiras e preservá-las
contra a criminalidade, que aproveita a ausência de controle e fiscalização na região
para praticarem continuados desvios ilícitos e prejudiciais aos interesses
nacionais.
Urge que
o governo brasileiro, aproveitando os bons resultados alcançados pelas operações
em referência, se interesse em priorizar importantes políticas de controle e fiscalização,
de natureza continuada ou permanente, mediante a instalação de bases estratégicas
de grupos especializados no combate a todas as formas de contrabando, de modo a
se tentar a eliminação ou a minimização da criminalidade na região amazônica,
evidentemente em benefício para a economia do Brasil.
Brasília,
em 23 de junho de 2022
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