quinta-feira, 23 de junho de 2022

Combate ao contrabando

 

Segundo notícia que circula nas redes sociais, sob o comando do Exército teria sido realizada, no Brasil, a maior apreensão de minério ilegal, por meio de ações que culminaram com a  captura de 202 mil toneladas de manganês, cobre e cassiterita, na Vila do Conde, em Barcarena, Pará.

Consta ainda que foram apreendidos 309 kg de cocaína, 2.850 kg de pescado, 218 m³ de madeira, 7.600 caixas de cigarro, 77 embarcações, 20 veículos, 13 armas, 188 munições, 5 motosserras, e 1.200 litros de combustível, além da interceptação de uma embarcação que transportava 26 kg de maconha e 600 pílulas de ecstasy.

Conforme as estimativas, as atividades foram encerradas com o balanço total de R$ 201,4 milhões em materiais em condições consideradas ilícitas, que foram recolhidos aos depósitos do governo.

As operações contaram com 3.119 pessoas, entre civis e militares das Forças Armadas e dos órgãos de segurança pública e ambientais, 50 meios navais, 47 terrestres e 6 aéreos, compreendendo a área terrestre, área marítima, rios navegáveis, litoral e fronteira terrestre, abrangendo ampla extensão territorial brasileira.

Os órgãos integrantes das ações planejaram a operação com bastante antecedência, de modo a empregar conhecimentos no combate aos delitos transfronteiriços e ambientais, em comandos simultâneos sobre pontos estratégicos, fazendo uso de dados e elementos necessários ao monitoramento sob áreas marítima, fluvial, terrestre e aérea.

Também foram empregados equipamentos de última geração nas operações, disponibilizados pelo Comando de Defesa Cibernética e aeronaves do Comando de Operações Aeroespaciais, para o patrulhamento marítimo.

À vista dos resultados tão expressivos, é de se lamentar que essas  importantes operações sejam realizadas, ao que se pode intuir, de quando em vez, quando elas deveriam ser transformadas em atividades permanentes e sistemáticas, precisamente para o efetivo combate à criminalidade de diversas matizes, que se expandem naquela região, que tem sido terra de ninguém.

Por esse motivo, aquela região, que é de suma importância para 0 Brasil, é também bastante propícia para a proliferação de toda espécie de criminalidade, todas elas certamente muito prejudicial aos interesses nacionais, ante o intenso contrabando de valiosos minérios e outros produtos extraídos da natureza.

Diante da importância estratégica para os interesses nacionais, a região amazônica exige prioridade do governo, quanto às políticas de fiscalização e controle de seus recursos naturais, quanto mais no que diz respeito aos minerais, que são todos valiosos e lá eles existem em abundância, mais o sem o devido controle, em termos de aproveitamento econômico para o Brasil.

Não é difícil se perceber que faltam mesmo boa vontade e interesse político, por parte do governo, para defender as riquezas minerais brasileiras e preservá-las contra a criminalidade, que aproveita a ausência de controle e fiscalização na região para praticarem continuados desvios ilícitos e prejudiciais aos interesses nacionais.

Urge que o governo brasileiro, aproveitando os bons resultados alcançados pelas operações em referência, se interesse em priorizar importantes políticas de controle e fiscalização, de natureza continuada ou permanente, mediante a instalação de bases estratégicas de grupos especializados no combate a todas as formas de contrabando, de modo a se tentar a eliminação ou a minimização da criminalidade na região amazônica, evidentemente em benefício para a economia do Brasil.   

Brasília, em 23 de junho de 2022

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