Vem circulando nas redes sociais imagem grotesca de um jumento encimado
pelo presidente da República, sob a mensagem de que os seguidores dos dois principais
candidatos à corrida presidencial ficam discutindo e digladiando inutilmente,
enquanto os candidatos estão passeando à vontade, evidentemente que a imagem do
animal representa o outro candidato.
Como não
poderia diferente, com todo respeito a quem pensa em sentido contrário, essa
triste ideia diverge de quem professa os princípios cristãos, sob a égide do verdadeiro
amor ao próximo, na saudável forma do sublime ensinamento disseminado por Jesus
Cristo, de que amai ao próximo como a si mesmo.
Convém
que se tenha sensibilidade humana para não aceitar gesto visivelmente de
deboche e gozação ao ser humano, por mais desprezível que se possa imaginar que
alguém possa ser, porque isso não condiz com o respeito mútuo que precisa
coexistir no âmbito da sociedade evoluída e civilizada.
Não há a
menor dúvida de que isso constitui verdadeiro desrespeito ao ser humano, cujo
envolvido até pode ser normalmente tratado como inimigo político, mas isso não
dar o direito a ninguém de tratá-lo com desdém ou desrespeito, até mesmo sob a
forma representada como animal, que é o caso da caricatura, absolutamente
imprópria, no atual contexto político, de bastante disputa.
Essa
forma de tratamento não faz o menor sentido, à vista de que a imagem que foi
apresentada traduz, em si, visível indelicadeza e só demonstra irracionalidade por
parte de seus autores e compartilhadores, por mostrarem algo que não se compadece
com a realidade da vida, quando o verdadeiro propósito é mesmo o de ridicularização
do ser humano e nada mais, tendo como objetivo forma desnecessária de sarcasmo
político, que somente contribui para o empobrecimento do embate político-eleitoral.
Fica o
sentimento de que essa maneira aborrível de compreensão humana procura alimentar
situação que somente serve para tornar o ser humano mais insensível e menos
compreensível para com o seu semelhante, não importando a índole de quem quer
que seja, porque isso só contribui para a geração de rixas, desentendimento e
disputas desnecessárias, que não levam senão ao estremecimento das relações
sociais, em prejuízo do anseio do progresso da humanidade.
É preciso
se atentar para o fato de que, ao homem foi concedido o livre-arbítrio para
agir livremente, na sua trajetória de vida, podendo inclusive resultar práticas
viciadas, porque elas são inevitáveis também na política, evidentemente em contrariedade
aos salutares princípios civilizatórios, por meio de condutas recrimináveis pela
sociedade, porém esta não tem a incumbência senão a corrigir-se a si própria, sabendo
que existem os mecanismos incumbidos para o exercício desse mister, com relação
àqueles cometerem crimes.
Há
esperança de que Deus fortaleça o amor das pessoas, para que seus corações consigam
acomodar o real sentimento de acolhimento ao próximo, na compreensão de que nenhuma
fraqueza humana possa ser compensada com o escárnio nem a gozação desumanos,
apenas em troca do ódio e do rancor, porque nada disso serve para o anteparo ou
o saneamento das deficiências humanas.
É
evidente que esse é o pensamento de quem defende o respeito entre os homens, no
sentido de que não é justo querer para os outros aquilo que não se deseja para si,
ou seja, é preciso que haja compreensão no sentido de que prevaleça o respeito
mútuo, como forma de preservação da integridade do ser humano.
Brasília, em 10 de junho de
2022
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