A dívida
de um senador por Rio de Janeiro, que foi reconhecida na via judicial,
ultrapassa dos três milhões de reais, mas a Justiça não conseguiu encontrar nenhum
bem no nome dele, exatamente porque os imóveis dele foram transferidos para nomes
de laranjas, precisamente com a finalidade de se evitar a penhora e consequente
alienação.
À toda
evidência, a pessoa que é representante do povo não tem o menor pudor para
assumir a responsabilidade por seus atos, não só deixando de honrar seus compromissos
de dívidas, mas providenciando a ilegalidade do registro de seus bens em nome
de terceiros, como forma de dificultar o trabalho da Justiça e, o pior,
deixando de pagar as suas dívidas.
É por isso
que a política brasileira tem péssima fama de maus políticos, por acomodar
no seio do poder Legislativo personalidades com índoles deformadas, permitindo que
pessoas desonestas, ou mais precisamente criminosos de colarinho branco, possam
se esconder sob o manto da imunidade parlamentar, em cristalino aproveitamento
das prerrogativas do cargo para deixar de pagar as suas dívidas.
Em virtude
de atitude vergonhosa como essa e de muitos outros procedimentos desonestos
análogos, urge que seja feita verdadeira limpeza na administração pública
brasileira, para o fim da eliminação da vida pública de muitos aproveitadores
que infelizmente ainda são apoiados pelo povo, que não se esforça para a melhoria
da qualidade das atividades políticas.
A verdade
é que a falta de interesse dos eleitores tem como consequência a pior qualidade
dos trabalhos do Congresso Nacional, que existe exatamente para trabalhar em
defesa dos interesse da população, mas ali vem acontecendo o contrário do que
seria a sua real finalidade, quando muitos mandatos são ocupados por
aproveitadores e oportunistas, que têm como propósito a exclusiva defesa de seus
projetos políticos, ou seja, de suas causas pessoais.
Brasília,
em 21 de junho de 2022
Nenhum comentário:
Postar um comentário