Um senador apareceu em vídeo que circula nas
redes sociais, exclusivamente para fazer críticas ao comportamento de ministros
do Supremo Tribunal Federal, quando eles ficam participando de eventos como simpósios
e congressos e neles, criticam autoridades da República, em forma de movimento que
afronta a dignidade dos cargos que eles ocupam.
Segundo o senador, a ética funcional manda que os
ministros do Supremo somente devem se pronunciar nos autos, evitando fazer comentários
que fogem à sua competência constitucional.
É
evidente que o posicionamento do senador até pode ter pertinência, mas, enfim, o
que adianta ele censurar e fazer veementes críticas aos atos e comportamentos
públicos dos ministros do Supremo?
À
toda evidência, isso não contribui para absolutamente nada, porque não passa de
perda de tempo em exposição inepta do que realmente está errado.
E
daí, o que isso acrescenta ou diminui em termos de mudança das atitudes de
ministros, porque eles sabem perfeitamente o que estão fazendo e fazem exatamente
para incomodar?
Convém,
como medidas interessantes e necessárias, que o senador, na qualidade de
representante do Legislativo, não tivesse dito absolutamente nada, mas se
dignado a providenciar mais do que imediatamente a elaboração de proposta
normativa visando coibir abuso de autoridade, no exercício do cargo, e punir,
se for o caso, os desvios cometidos pelos membros da corte, porque é exatamente
disso que está precisando, de norma jurídica para sancionar quem não respeita
os ditames constitucionais.
O
que o senador fez foi apenas seguir os péssimos parâmetros de outras
autoridades da República, que têm enorme dificuldade para reconhecerem que seus
discursos vazios de conteúdos e de objetividade somente têm o condão de confessar
as suas indiscutíveis incompetências e inutilidades como servidores públicos,
que ficam gastando seu precioso tempo com futilidades, falando somente para as
moscas do deserto, se é que lá tem insetos.
É
preferível que o senador e as demais autoridades públicas se conscientizem de
que esse discurso inócuo não leva a absolutamente nada, servindo apenas para mostrar
aos ministros do Supremo que muitas autoridades da República são um bando de
incompetentes que apenas têm a sensibilidade para se incomodarem com os erros
alheios, mas são completamente incapazes de vislumbrarem medidas que poderiam
contribuir para pôr limites aos abusos de autoridade, de poder e de visíveis desvios
funcionais, em confronto com os ditames constitucionais, mesmo sabendo que quem
critica tem competência constitucional para apresentar de proposta legislativa
capaz de sanear aquilo que é errado.
É
lamentável a patente pobreza de produção dessas autoridades sem nenhuma iniciativa
funcional, que somente demonstram afinidade com imensa capacidade para reclamar
e criticar, como forma de inutilidade de não se resolver absolutamente nada,
porque tudo fica no mesmo, quando o seu dever constitucional incumbe a adoção de
medidas com capacidade para o saneamento das falhas reclamadas por elas.
Essa
fornada de políticos com mentalidade inepta e desatualizada, que nada produz em
benefício do interesse público e que somente aproveita o mandato para usufruir as
benesses do poder, precisa ser mudada pelos eleitores, com urgência, uma vez
que a finalidade política tem como pressuposto a efetividade e a produtividade
de medidas que justifiquem o exercício de cargo público eletivo.
Brasília,
em 12 de junho de 2022
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