Em vídeo
que circula nas redes sociais, o presidente da República, ainda na qualidade de
deputado federal, fez acalorado discurso na tribuna da Câmara dos Deputados,
para denunciar a exploração de minérios brasileiros, em claro crime de
lesa-pátria, conforme foi denunciado por ele, na forma do texto a seguir.
Eis o
discurso do então deputado federal: “É inacreditável o crime que cometem
contra o Brasil, em série. Descobri, em 2008, que o Brasil importa 100%
do potássio da Rússia. E por quê? (...) Entrei com requerimento de informações. O que
eu posso falar? O direito de explorar potássio, único local que temos no
Brasil, que é na foz do rio Madeira, foi vendido pela Petrobras à empresa
Falcon, vinculada a uma empresa Canadense. Daqui pra frente, não posso falar
mais nada do que tive do requerimento de informações, porque está carimbado
como confidencial, porque, se eu falar, eu vou para o Conselho de Ética. (...),
porque descobri no governo do PT que foi assinado um acordo para uma grande concessão
de área do Estado de Goiás, para que a China viesse explorar o nosso nióbio.
Venderam por 1,5 bilhão de dólares. Um crime, um crime, logicamente que a China
vai explorar em escala comercial o mineral que é o futuro para a humanidade. (...)
Pergunto: qual é o meu papel nesta Casa? Se essas informações, de crime de
lesa-pátria, eu não posso denunciar? Peço o apoio de Vossas Excelências para
que eu possa denunciar isso, para salvar economicamente o Brasil.”.
Quando era
deputado federal, ele lamentava não puder fazer absolutamente nada, nem sequer
denunciar as gravíssimas irregularidades que ele teria descoberto, segundo
alegado no seu discurso, sob alegação de crimes que estavam causando suntuosos prejuízos
à economia brasileira.
Até aí até
que teria sido muito louvável o posicionamento do então parlamentar, já que ele
descobriu a exploração de minérios que estava sendo feita de forma questionável
e prejudicial aos interesses nacionais, mas esses fatos ele nem podia denunciar
judicialmente, por haver o estabelecimento de sigilo pelo governo da época.
Agora o
então deputado é o presidente da República, com autoridade e poder nas mãos, tendo
plenas condições para adotar as medidas necessárias para o restabelecimento da
regularidade da situação que ele conhece melhor do que ninguém, tendo até
denunciado, por enxergar irregularidades, e poderia mostrar total interesse em
reverter o quadro deplorável acusado por ele, na qualidade de parlamentar e isso
é fato incontestável.
Pois bem,
levando-se em conta a soberania do interesse nacional, é preciso perquirir,
diante dos referidos fatos, se o presidente do país tomou alguma iniciativa
para estancar a sangria que escorria nos ralos da incompetência do governo de
então, que ele a denunciou, com bastante veemência e entendia sobre a urgência da
adoção de medidas corretivas.
Caso ele
nada tenha feito, evidentemente observadas as variáveis jurídicas aplicáveis
aos casos, contra as irregularidades levantadas por ele, no passado, quando não
possuía competência legal para agir, mas agora ele tem, parece que se trata de
cristalina demonstração de potenciais incompetência e irresponsabilidade, ante
o imperioso zelo para com o patrimônio dos brasileiros.
É preciso
ficar claro que a referência que se faz neste texto tem relação com os fatos
narrados no vídeo que está circulando na internet, na atualidade, ressalvadas as
situações não conhecidas acerca desse relevante caso.
Parece inconcebível
possível omissão do presidente do país, na atualidade, caso nada tenha feito
contra os fatos irregulares denunciados por ele, na forma da matéria constante
do vídeo em apreço, uma vez que isso só conspira contra a sua autoridade e
mostra a sua extrema capacidade para apenas fazer acusações, mas completa falta
de iniciativa pessoal para apurar e investigar, a fundo, os casos do seu conhecimento,
com vistas à adoção das medidas imprescindíveis.
Em defesa
dos interesses nacionais, a única medida esperada pelos brasileiros é a de que
o presidente da República tenha sido coerente com as suas bravura e veemência
dos tempos de parlamentar, parar determinar as medidas saneadoras exigidas para
as situações elencadas por ele.
Brasília, em 16 de junho de
2022
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