Em defesa da criminalidade?

 

Em mensagem que circula pela internet, o principal político da oposição, que também é pré-candidato à Presidência da República, declarou que, ipsis litteris: “Não posso ver jovem assaltando e sendo violentado pela polícia, às vezes, só porque roubou um celular.”.

A aludida mensagem do político é bastante clara, ao se colocar ao lado do ladrão, em condenação à ação da polícia, que ele a denomina de violenta sobre quem pratica crime, como o roubo de celular, que é valioso, tanto pelos dados acumulados nele como o próprio valor aquisitivo dele.

Ou seja, o político firma posição em favor e na defesa da banalização da criminalidade, dando a entender que ela tem muito maior importância do que a integridade da vida e do patrimônio dos cidadãos.

Esse cristalino discurso de indiscutíveis insensatez e irresponsabilidade políticas funciona como verdadeiro incentivo à prática da criminalidade, que já e alarmante no país, cujos meliantes já não têm o menor apreço à vida de ninguém, quanto mais ainda quando eles passarem a contar com os importantes apoio e incentivo de notável liderança política, para a prática da delinquência sem a restrição policial, que já é precária, na atualidade.

É evidente que ninguém pode contar com segurança contra a vida e o patrimônio, nem hoje nem nunca, mas essa ideia de ser contrário à repreensão aos delinquentes sinaliza decisivamente para algo extremamente ruim e perigoso, diante do posicionamento de que o criminoso passará a ter a cumplicidade de quem teria sido eleito justamente com a obrigação de adotar medidas efetivas de proteção à sociedade e ao seu patrimônio.

Ou seja, em caso de ascensão desse político ao poder, fica bastante claro que ele passará a defender as ações da bandidagem, em clara demonstração de desprezo à vida e ao patrimônio dos brasileiros.

A verdade é que as pessoas de bem anseiam justamente pelo contrário disso, com a efetivação de políticas eficientes de segurança pública, que sejam capazes de contraposição às ideias infelizes de solidariedade à criminalidade, como na forma promíscua e irresponsável defendida por ele, que apenas tenta demonstrar o seu verdadeiro sentimento populista, totalmente revestido de demagogia e hipocrisia, especialmente em se tratando que essa situação formulada por ele certamente jamais irá acontecer com ele ou seus familiares, porque todos são protegidos pela segurança do Estado.

Os verdadeiros brasileiros precisam se conscientizar sobre os verdadeiros sentimentos dos políticos que mentalizam ideias, as mais absurdas possíveis, tendo por propósito tão somente objetivos eleitoreiros, como nesse caso específico de solidariedade à criminalidade, cuja prática pode até levar à morte de pessoas, quando o mais importante nessa situação, que precisam ser cuidados e evidenciados, acima de tudo, são a vida e propriedade, que ficam, conforme a filosofia desse político, em planos secundários, na forma do seu discurso retrógrado e recriminável.

À toda evidência, o político prefere prestigiar a criminalidade ao defender, de forma intransigente, como deve, a vida e o patrimônio dos brasileiros, como é justamente o desiderato dos verdadeiros homens públicos, porque a atividade política tem por objetivo a realização do bem comum, em ampla defesa da sociedade, e não em declarado posicionamento ao lado da criminalidade, em clara demonstração de incivilidade e cidadania.

É preciso que o Brasil seja passado a limpo, de modo que os velhos políticos com mentes deturpadas da realidade de progresso e modernidade sejam definitivamente eliminados da vida pública, como forma de possibilitar a necessária assepsia na administração dos verdadeiros brasileiros, que anseiam também por segurança pública decente e eficiente.

Brasília, em 11 de junho de 2022