domingo, 26 de junho de 2022

Entrevista pode, mas...

            Em mensagem que circula nas redes sociais, alguém escreveu que não suporta a ideia de o líder das esquerda brasileira conceder entrevistas.

Acontece que, no Estado Democrático de Direito, que felizmente vige no Brasil, todo brasileiro tem direito à liberdade de expressão, por mais indigno que possa ser e tenha qualquer restrição da sociedade, em termos de algo que ele possa ter protagonizado de estranho ou contrário aos princípios da civilidade e da cidadania, mesmo que isso o torne verdadeiro pária perante os homens honrados e dignos.    

Dessa forma, a mera atitude de se conceder entrevistas não significa absolutamente nada, em termos políticos, em especial porque a opinião não tem reflexo em absolutamente nada nem também tem o condão de interferir em assunto que se relacione ao interesse da sociedade.

Não obstante, a gravidade que existe mesmo é alguém, em plena e notória decadência moral, puder, com a aceitação do povo, participar de atividades na vida pública, tendo o apoio de antibrasileiros que desprezam a grandeza e os valores de brasilidade, principalmente à vista porque isso pode possibilitar que o país com a grandeza social e econômica como o Brasil possa vir a ser presidido por quem não condiz com a sua relevância continental.

Seguramente, nem nas piores republiquetas, seria possível que alguém condenado à prisão, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, exatamente em razão de não ter conseguido provar a sua inocência quanto aos atos irregulares denunciados à Justiça, tendo inclusive sido recolhido ao xadrez, para cumprimento de pena, teria a menor aceitação para sequer se candidatar a cargo público algum, quanto mais logo o de presidente da República, porque isso só demonstra e comprova a falta de personalidade e de dignidade do povo, que se deprava e se mistura na mesma lama pútrida da imoralidade pública.

Isso vale dizer que o histórico da vida pregressa do político tem  sim motivação mais do que suficiente para desaboná-lo à ocupação de quaisquer cargos públicos, para os quais se exige, à vista dos princípios  republicano e democrático, o preenchimento dos requisitos de conduta ilibada e idoneidade moral na gestão pública.

Enquanto isso, cadê a dignidade e a honra dos brasileiros que ainda apoiam político com índole deformada, que também não tem o menor interesse em prestar contar sobre seus atos na vida pública, à vista das investigações levadas a efeito pela competente Operação Lava-Jato, que foi capaz de desvendar o maior esquema de roubalheira já implantado na administração pública brasileira, exatamente no governo de quem ainda pretende voltar ao poder, mesmo nessas condições de notória precariedade moral?

A verdade é que o mínimo que o homem pública de verdade precisa ter é compromisso com a verdade acerca de seu histórico de agente público, que precisa provar à sociedade a licitude em todos seus atos na vida pública.

Sem dúvida, a história é pródiga em mostrar que todo povo tem o governo que merece, uma vez que o representante político é eleito pela vontade soberana da sociedade.

Espera-se que o brasileiro não mereça ser governado por quem não se preocupa em zelar nem mesmo pela pureza do próprio nome, que seria demonstração de respeito à honradez e à dignidade do eleitor.

É de suma importância que os verdadeiros brasileiros criem vergonha na cara, em demonstração de amor à pátria, de modo a somente permitir que o Brasil seja presidido por quem realmente tenha condições de preencher os requisitos fundamentais de conduta ilibada e idoneidade imaculada, na vida pública.

          Brasília, em 25 de junho de 2022

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