O distinto conterrâneo Lindon Johnson
Figueiredo postou, no Facebook, vídeos e fotografias, a propósito, em especial,
da sangria do açude do sítio Canadá, tendo escrito a seguinte mensagem: “Bom
dia, neste momento estou na Fazenda Canadá, na Casa Grande de Teodoro
Figueiredo. Este casarão que tem muitas histórias desde 1833, que foi
construída.”.
Quase
nunca resisto às fotos relacionadas com as minhas origens e as ricas imagens
panorâmicas do meu querido e sempre inesquecível Canadá, local que conheço
palmo a palmo de suas entranhas territoriais, me deixaram bastante emocionado,
com lágrimas nos olhos, por me fazerem voltar aos longínquos e saudosos tempos
da minha feliz infância.
Naquela
época, eu vivenciava de muito perto tudo isso exatamente como acontece agora,
como foi ricamente narrado e descrito nos vídeos, e ainda usufruía das belezas da natureza, com
o entusiasmo de menino alegre e ávido por tudo de maravilhoso que era o
verdadeiro encanto das águas rolando na sangria do velho açude, onde eu me
banhava nele todo santo dia.
Não
fico só saudoso por ter tido a felicidade de ter sido partícipe desses
saudáveis momentos proporcionados pela natureza, pela dádiva divina de boas chuvas,
capazes da irrigação de águas em abundância, a permitirem o transbordo da sua
capacidade de depósito, que também ajuda a captar muitos peixes, que reproduzem
e enriquecem em importância a vida desse majestoso açude.
Fico
também muito alegre em sentir que a vida passa com os anos, mas os fantásticos
fatos se repetem exatamente como naquele maravilhoso passado distante dos anos
cinquenta e sessenta, que me faziam muito feliz, em viver cercado do prazer
diante de tudo isso que se repete agora, com o mesmo sentimento entusiástico de
outrora, inclusive com a fartura de peixes, que eu também pegava e juntava com
as mãos, sem necessidade de equipamentos apropriados para a pesca, em
emocionante diversão de se pescar facilmente muitos e de variadas espécies.
Lembro-me
que havia enchente tão forte que ninguém passava, por momento, diante do grande
volume das águas, cuja força da correnteza impedia a passagem de pessoas e
animais.
Enfim,
agradeço a Deus, pela generosidade de mandar chuvas em abundância, para
proporcionar essa maravilha da natureza, em renovação da felicidade a espargir,
em especial, em meu coração, por puder sentir no peito a alegria de tudo aquilo
que vivi na impressionante infância, no saudoso sítio Canadá, que se eterniza
ainda mais na minha vida.
Agradeço
ao querido amigo Lindon Johnson, por produzir belíssimos imagens e fotos de
lugares e momentos agradabilíssimos do lindo Canadá, mostrando os encantos e as
belezas de verdadeiro paraíso terrestre, além de ajudar a imortalizar a sua
grandeza de lugar sempre sagrado para mim.
Parabéns!
Logo em seguida à
postagem da minha mensagem, o amigo Lindon Johnson escreveu o seguinte texto,
que me deixou bastante envaidecido: “Meu amigo, filho ilustre deste
Casarão. O senhor pelo carinho e afeto por este Casarão e pela Fazenda Canadá,
não só considero o senhor como filho ilustre, como também proprietário das
riquezas que este Casarão tem até hoje. Peço a Vossa Excelência quando vim a
nossa Uiraúna-PB, venha visitar o Casarão. Nós vamos fazer uma reforma quando
pará as chuvas.”.
Em
demonstração de carinhoso agradecimento, eu disse ao caríssimo amigo Lindon
Johnson que tinha ficado muito honrado com a sua generosidade de me tornar
espécie de patrono honorífico dessa relíquia do casarão do sítio Canadá, que
tem a sublime simbologia de dignificar não somente a minha modesta pessoa, que
realmente nasci na sua dependência, mais precisamente no primeiro quarto
frontal à direita.
Não
na qualidade de filho ilustre, como foi dito por ele, mas me reconheço como
sendo principal defensor e amante das suas relevâncias histórica e
arquitetônica provenientes da época colonial que representa o admirável casarão.
Na
ocasião, em tom de brincadeira, eu pedi, se me permito e se isso fosse
possível, a dispensa de carinho especial para o meu primeiro e único berço,
porque amo todas as dependências do casarão, mas o meu primeiro aconchego é
sempre especial.
Na
última vez que estive no casarão, com a sua honrosa presença, caro Lindon
Johnson, não foi possível visitá-lo, porque ele estava trancado e não foi encontrada
a chave da fechadura.
Pois
bem, essa sua deferência honra e distingue muito mais, de forma mui especial, a
família Fernandes dos meus antecedentes, que, por tanto tempo, imagino, habitou
esse sagrado lar, que é, sem sombra de dúvidas, guardião de lindas e ricas
histórias de importantes vidas e que eu, por deferência divina, me orgulho de representá-la,
imagino, com o consentimento de todos da família que igualmente amam o nosso eterno
e sacrossanto lar.
Sim,
com muito prazer que nunca fui em Uiraúna sem visitar meu lar de amor eterno,
que seria o mesmo, comparando em grau de importância, que ir a Roma e não
visitar o Vaticano.
Muito
obrigado por seu especial carinho à minha pessoa, estimado Lindon Johnson.
Brasília,
em 15 de junho de 2022
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