sexta-feira, 30 de setembro de 2022

A finalidade das pesquisas

 

Diante de pesquisa realizada entre apenas 6.800 pessoas, a reportagem conclui que há possibilidade de a disputa eleitoral pela Presidência da República ser definida já no primeiro turno, embora ela segue indefinida, mesmo que o principal candidato da oposição tenha atingido a preferência de 50% dos votos válidos das pessoas consultadas, contra 36% do candidato à reeleição, conforme mostra o Datafolha.

Os votos válidos excluem os brancos e nulos e também os indecisos da pesquisa, de modo que, para vencer a eleição, o candidato precisa ter mais da metade dos votos válidos.

Com base nas mesmas pessoas consultadas, a reportagem se atreveu a informar que, em eventual segundo turno, o candidato da oposição petista venceria com 54% dos votos contra 39% do atual presidente, segundo a aludida pesquisa.

O bom senso e a racionalidade recomendam que se faça avaliação apenas sobre os indicativos das impressões sobre as opiniões dos 6.800 eleitores consultados, se é que eles sejam realmente eleitores.

À toda evidência, falta base científica para se afirmar sobre a generalização dos votos dos brasileiros, cuja avaliação vem sendo feita para se afirmar sobre o resultado das urnas, conforme mostra essa pesquisa de intenção demonstrada nas conclusões vestibulares, dando a impressão de plena convicção sobre o universo dos votos, o que não pode ser considerada como verdadeira, ou seja, não se pode usar pequena quantidade de votos para a projeção e compreensão como se pudesse ser exemplo de totalização dos votos apurados.   

Ou seja, parece extremamente estranho que pesquisa com tão somente 6.800 pessoas, em 332 cidades do país seja capaz de se levar à conclusão sobre a eleição presidencial, que possa ser definida em primeiro turno, quando estão habilitados ao voto mais de 156 milhões de eleitores, distribuídos em mais de 5.600 cidades, em comparação a poucos votos consultados.

Não há a menor dúvida de que isso não passa de verdadeiro absurdo, em termos estatísticos, porque é absolutamente impossível tão pequena amostragem, com parcela praticamente insignificante de pessoas consultadas, em pouco mais de cinco por cento dos municípios, condicionar avaliação da maior importância, exatamente porque isso não tem a menor condição para se afirmar absolutamente nada, diante das variantes e peculiaridades que têm influência direta nas avaliações existentes, principalmente com relação ao peso dos votantes, em que algum candidato tem preferência de voto em determinada região e vice-versa.

Ademais, as pesquisas em si contradizem radicalmente as preferências da população aos candidatos, uma vez que o candidato à reeleição arrasta multidões por onde passa, enquanto o candidato da oposição somente consegue reunir meia dúzia de gatos pingados, no bom sentido.

Esse fato é pura realidade, porque todos os registros confirmam a assertiva sobre a existência das multidões em manifestação de apoio à reeleição, conquanto o candidato da oposição nem pode sair às ruas,  diante do seu medo de ser xingado e agredido pelas pessoas, com insuportáveis palavrões, por ele ser símbolo de corrupção, cujos atos irregulares tantas maldades causaram ao Brasil e aos brasileiros.

A impressão que se tem, diante do apoio maciço dos brasileiros honrados e dignos à reeleição do presidente do país, é que somente alguma forma de manipulação nas urnas poderá evitar a vitória dele, à vista das manifestações da população.

Nesses casos das pesquisas, que são vistas sem lógica, deve haver alguma estranha razão por traz disso, para justificá-las, certamente para a sustentação de possíveis resultados forjados das urnas, à vista de não haver outra explicação plausível para os espantosos números delas, em especial com a tentativa de projeções de resultados, sem bases razoáveis e convincentes.

Enfim, na maneira como as pesquisas de votos são avaliadas, deixando nítida impressão sobre a sua forma tendenciosa, há motivo suficiente para se desconfiar dos resultados das eleições, em que o sistema pende fortemente em prol de determinado candidato, sem que haja motivos plausíveis para justificá-lo.    

Brasília, em 30 de setembro de 2022

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