Após o
debate presidencial promovido por uma televisão, integrantes da campanha do principal
candidato da esquerda estão reavaliando a ida dele a outros encontros, com a
finalidade de não ter que enfrentar, com a exposição nacional, um dos principais
temas que incomodam muitíssimo o político, que tem sido o seu calcanhar de Aquiles,
ou seja, o tema da corrupção, que foi bastante explorado pelo presidente da
República, no primeiro debate.
A equipe
de campanha ainda irá decidir sobre a participação do candidato nos próximos debates
presidenciais, com exceção do promovido pela principal rede de televisão do
país, que será o último antes do primeiro turno das eleições.
A equipe
de campanha alega que se trata de tema “espinhoso', mas a cúpula pretende levar
o foco para as questões referentes à economia, no caso de comparecimento aos
próximos debates.
De acordo
com a equipe, o candidato não pretende levar o debate "ao pântano"
que, na opinião dele, seria uma zona de conforto para o presidente do país, que
tem como estratégia, que não poderia ser diferente, a exploração da corrupção, tanto
nas redes sociais como nas entrevista.
Um dos
integrantes da equipe, entende que a exploração do tema corrupção "Só
interessa a quem não tem propostas ficar falando do passado", esquecendo
ele que não seria nada diferente se essa configuração estivesse delineada em
lado contrário.
Por seu
turno, a presidente nacional do partido afirmou que achou "satisfatória"
a resposta que o candidato deu ao presidente do país, dizendo que "Ele
falou sobre os seus processos, falou o que aconteceu, que foi perseguido para
não ser presidente da República. Acho que foi bem satisfatório.".
Ela afirmou
ainda que a postura mais ofensiva do presidente do país "não
surpreendeu" e que o seu candidato não foi ao debate para "ficar
se confrontando" com o chefe do Executivo.
A
presidente do partido concluiu, afirmando que "O que foi colocado no
debate ele respondeu no tempo certo, na hora certa, sem fazer esse confronto
que era o que nós não queríamos".
É
importante se enfatizar que, em entrevista ao Jornal Nacional, o principal
líder da esquerda brasileira, candidato à Presidência da República, admitiu a
existência de corrupção na Petrobras, quando esteve no governo, mas procurou minimizar
a gravidade do assunto, tentando demonstrar que as irregularidades só vieram à
tona porque a gestão dele criou mecanismos de investigação de irregularidades.
Esse fato
não é verdade, porque os esquemas criminosos no governo dele, em especial do petrolão,
somente foram desvendados graças ao trabalho eficiente e competente da Operação
Lava-Jato, independentemente dos referidos mecanismos de investigação.
Na
verdade, esse tema chamado corrupção deveria mesmo massacrar o candidato, especialmente
nesta campanha eleitoral, uma vez que, em nenhum outro momento, ele esteve na
mesa de debate para encará-lo na forma como ele exige e merece, uma vez que é
considerado um dos principais envolvidos, conforme mostram os resultados das
investigações levadas a efeito pela Polícia Federal, coligidas em processos
respaldados pelo Ministério Público Federal, sendo que alguns foram julgados
pela Justiça, que proferiu importantes decisões, determinando a prisão de
criminosos de colarinho branco e a devolução de dinheiro roubado aos cofres da Petrobras.
Em país
com o mínimo de seriedade político-administrativa, esse tema precisa sim ser
objetivo de exploração, com a maior minudência, não somente como forma de prestação
de contas à sociedade e à Justiça, mediante os devidos esclarecimentos e justificativas
sobre o modus faciendi, mas, em especial, sobre às medidas preventivas que ainda
se fazem necessárias, com vistas à eliminação de casos semelhantes e futuros.
A verdade
é que o resultado do debate mostrou que o candidato da esquerda foi realmente
massacrado com as perguntas sobre a costumeira corrupção que grassava no seu
governo, à vista, em especial, dos escândalos do mensalão e do petrolão, fazendo
com que ele tenha se tornado perfeito “saco de pancada” dos demais candidatos,
diante das acusações de promotor de atos corruptivos, tendo acontecido o mais
grave que ele foi incapaz de refutá-las com argumentos plausíveis, salvo de
apenas afirmar que existiam mecanismos de investigação, no seu governo, que, ao
contrário, só contribuíram para a permissividade das monstruosas irregularidades
com o uso do dinheiro público.
O certo é
que o candidato ficou absolutamente extasiado, sem palavras, tendo sido
massacrado com as perguntas do presidente do país, que aproveitou para jogar
todos os podres dele para os telespectadores, tendo dito, mais de uma vez, que
ele não tinha moral alguma para acusar ou se referir aos erros dos outros, pois
não passava de “ex-presidiário”.
É
evidente que o tema referente à corrupção precisa sim ser sempre debatido em
todos os encontros de presidenciáveis, com a devida profundidade e
especificidade, enquanto as suas finalidades políticas, as suas verdadeiras causas
e os seus detalhamentos operacionais não forem completamente colocados à luz
solar, como forma de transparência que é própria da gestão pública, para que
isso sirva de prestação de contas para a sociedade, que precisa compreender
toda a malignidade intrínseca da engenhosidade empreendida por seus mentores,
de modo que os eleitores possam se inteirar sobre tamanha estratégia criminosa empregada
para o desvio de montanhas de recursos públicos, em prejuízo dos interesses da
sociedade.
A verdade
é que não se percebe, de forma clara, a menor sensibilidade por parte do candidato
para a gravidade do problema que representou a corrupção no governo dele,
quanto à sua compreensão no sentido que isso faz parte da essência da desonestidade
na gestão pública, quando o homem público de verdade precisa se envergonhar de
ser acusado de ser corrupto, quando carrega no ombro processos penais, à vista
das várias denúncias na Justiça, sob suspeitas de prática de irregularidades com
dinheiro público, conquanto há casos que ainda pendem de julgamento.
Essa
grave situação é fator preponderante para macular a participação de qualquer
candidato em debate presidenciais que esteja sendo acusado de malversação de
dinheiro público, porque a única alternativa dele é provar o contrário, que é
algo dificílimo para quem já foi até julgado e condenado à prisão, por conta da
imputação a ele da prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de
dinheiro.
Na
realidade, a única condição básica para o homem público não ser acusado de nada
é ter a ficha limpa, evidentemente sem qualquer implicação com a Justiça, por
conta de suspeitas da prática de atos irregulares, na vida pública, porque isso
é indiscutivelmente incompatível com o exercício de cargo público eletivo, sob
o prisma dos princípios republicano e democrático.
Enfim, é
muito importante sim que o candidato da esquerda seja sempre lembrado, em
especial, nos debates, dos atos de corrupção no governo dele, exatamente para
se avivar, de forma enfática, que é condição sine qua non do candidato a
cargo público eletivo estar em situação de imaculabilidade perante a sua
consciência cívica e a sociedade.
Isso vale
dizer que ele não pode ter qualquer processo na Justiça para participar de
atividades políticas nem com pendência de julgamento de ações penais, porque
isso é visível aceno de impedimento quanto à necessidade da apresentação da
ficha corrida de bom cidadão, em especial, com relação à vida pública.
Enfim,
diante de tudo que condiz com a falta de explicações e justificativas sobre os
esquemas criminosos havidos no governo do principal candidato da esquerda, na
verdade, não se trata em se reavaliar a ida do candidato a outros encontros
presidenciáveis, com a finalidade de não ter que enfrentar questões
relacionadas com a corrupção, mas sim de avaliar a condição dele como candidato
à Presidência da República, enquanto ele não apresentar detalhada e minudente prestação
de contas à sociedade e à Justiça sobre seus atos na vida pública, uma vez que é
do seu dever como homem público provar a licitude de seus atos, na vida
pública.
À vista
do exposto, urge que os verdadeiros brasileiros se conscientizem de que é importante
que seja eleito o presidente da República que satisfaça plenamente os requisitos
de conduta ilibada e idoneidade, na vida pública, como forma de valorização da
grandeza do Brasil e dos brasileiros, sob o prisma dos princípios republicano e
democrático.
Brasília, em 2 de setembro de 2022
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