terça-feira, 6 de setembro de 2022

Mera promessa?

 

Circula nas redes sociais mensagem na qual o principal candidato da esquerda à Presidência da República declara o seguinte: “Se tem um governo que será  implacável no combate à corrupção, desde o primeiro dia, será o meu governo”.

O brasileiro precisa ser bastante ingênuo para acreditar em afirmação desse político, logo sobre moralidade na administração pública, tendo em vista os péssimos exemplos do seu legado como gestor público, que tem o rastro nada mais, nada menos, dos piores escândalos da história política brasileira, na forma dos projetos criminosos do mensalão e do petrolão, implantados e executados no governo dele, que, ao contrário do que se poderia imaginar, essa chaga não causa a ele a menor vergonha, em que pese ela ter acontecido em prejuízo dos brasileiros.

À vista da promessa em apreço, tem-se a impressão de que nada de desastroso teria existido contra o interesse do Brasil, tanto é que ele não teve a menor preocupação em se responsabilizar por absolutamente nada e ainda tem o disparate de se julgar inocente, mesmo com processos penais na Justiça, contendo denúncias gravíssimas contra ele, sob suspeita da prática de atos irregulares, com o envolvimento de desvio de recursos públicos.

Acredita-se que somente teria alguma credibilidade a afirmação, feita por esse político, sobre a implacabilidade no combate à corrupção se ele tivesse tido a dignidade de esclarecer e justificar, com a maior minudência possível, em forma de prestação de contas à sociedade, todos os casos relacionados com os aludidos esquemas criminosos, de modo que não restassem quaisquer dúvidas quanto à lisura dele com relação às acusações que são pesadíssimas, em termos de moralidade pública.

Conforme mostram os fatos, ao contrário, aqueles tristes episódios não passam de indiferenças sob os cuidados que deveriam ser priorizados muito antes de ele pensar em voltar a praticar atividades políticas, porque os fatos deploráveis e monstruosos acontecidos no governo dele exigem que ele preste contas à sociedade e à Justiça sobre a imperiosidade da limpeza das acusações preponderantes que persistem contra a gestão dele e são capazes de inviabilizar o exercício de cargo público, em se tratando de seriedade na gestão pública.

Ou seja, o político não tem a mínima credibilidade para prometer absolutamente nada, na atualidade, sobre o seu gigantismo de combate à corrupção, quando ele nada fez para prevenir e evitar a roubalheira consistente nos criminosos esquemas do mensalão e do petrolão, que tantos prejuízos causaram ao patrimônio dos brasileiros e se tornaram símbolo de degradação da moralidade na administração pública brasileira.

Além de não demonstrar qualquer preocupação em assumir a responsabilidade por esses esquemas criminosos, que envergonharam a nação e o mundo, dando a impressão de que eles jamais tivessem acontecidos no governo dele, fato que invalida qualquer intenção de ele vir a ser modelo de moralidade, na forma de liderança de combate à corrupção, à vista dos indiscutíveis péssimos exemplos de indignidade na gestão pública.

Diante dos fatos históricos, efetivamente acontecidos, não faz o menor sentido se dar crédito à político que já mostrou completa indiferença com relação a fatos relacionados com graves corrupções no seu governo, ante à demonstração de total apatia perante eles.

Os brasileiros precisam se conscientizar de que a observância aos princípios da moralidade, da probidade, da honestidade é algo seríssimo, que não pode vir ao sabor de meras promessas de campanha eleitoral, quanto fatos concretos comprovam total desrespeito com relação a casos pretéritos, dando a entender que os brasileiros se satisfazem com promessas vãs, apenas no calor do momento eleitoral, sem qualquer compromisso com a sua efetividade, à luz da índole de insensibilidade intrínseca dele, logo quanto aos fatos semelhantes objeto de compromisso de campanha.

Os brasileiros, que amam o Brasil, precisam se conscientizar de que o país somente merece ser presidido por quem comprovar condições de conduta ilibada e idoneidade, na vida pública, em harmonia com os saudáveis princípios republicano e democrático.  

          Brasília, em 5 de setembro de 2022

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