quarta-feira, 7 de setembro de 2022

Viva a independência do Brasil!

 

O Brasil celebra, hoje, 200 anos de sua independência de Portugal e todos os brasileiros precisam comemorar com muito amor cívico esta data histórica, porque trata-se de marco do início de país livre da dominação colonial, que só servia para sustentar a opulência de além-mar.

O Brasil é um país continental, de povo fraterno e com solo rico e fértil, que precisa da exaltação das suas virtudes como país pacífico, livre, soberano e economicamente sólido.

O Brasil tem o maior parque industrial da América Latina e a maior produção agropecuária, que propiciam o comércio com todo o mundo, como país pujante em iniciativas empreendedoras em todos os segmentos do conhecimento humano, que ainda conta com importante infraestrutura básica para o suporte sustentável do desenvolvimento econômico e social.

Em todo território nacional, falam-se o mesmo idioma e vivem-se em harmonia e paz em grandiosa nação mãe gentil e, o mais importante, sob os salutares princípios da democracia e do respeito aos sentimentos de cidadania e civismo.

Pois bem, convém mencionar aqui um pouca da história real, quando, em janeiro de 1822, as Cortes portuguesas queriam que Dom Pedro I retornasse a Portugal, mas o príncipe herdeiro decidiu, certamente com a influência da sua esposa, dona Leopoldina, e de José Bonifácio, responder por meio do famoso "fico!".

Esse importante episódio ficou conhecido pelo texto criado pelo Senado de então e foi atribuído ao príncipe regente, que teria dito aos brasileiros: "Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto: diga ao povo que fico".

Meses depois disso, em início de setembro de 1822, D. Pedro I retornava a São Paulo, vindo de Santos, quando, às 16h do dia sete, ele recebeu documentos e mensagens pelo correio da Corte, enviados por José Bonifácio, em que continha também carta solicitando seu imediato retorno ao Rio de Janeiro, com as seguintes palavras: "Senhor, o dado está lançado, e de Portugal não temos a esperar senão escravidão e horrores".

De acordo com o relato do padre Belchior, que integrava a comitiva imperial, D. Pedro I, tomado de enorme fúria, reuniu sua guarda, para jurar, com espada em punho, a importante decisão ali proferida, às margens do rio Ipiranga, pela independência do Brasil, por meio das célebres e históricas palavras: "Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus, juro fazer a liberdade do Brasil: Independência ou Morte?".

Diante dessa verdade histórica, acontecida há 200 anos, é preciso sim se celebrar também o momento de superação das diferenças sociais e econômicas entre os brasileiros, com o pensamento voltado especialmente para o futuro do povo, que ainda anseia por independência em muitos aspectos que dependem de importantes iniciativas governamentais.

Sim foram passados 200 anos de independência, o momento sinaliza agora para o horizonte da pátria Brasil, no sentido se perscrutar sobre o seu futuro, que ainda é bastante incerto quanto às projeções vislumbradas para o seu povo, porque nada acontece sem a vontade política dos governantes.

É importante a insistência nas disputas políticas que dividem a todos como povo ou convém se buscar o caminho do consenso capaz de se contornarem as infrutíferas divergências ideológicas, tendo como objetivo comum o estabelecimento de bases sólidas para se alcançar o tão sonhado desenvolvimento para o povo?

É absolutamente inimaginável que, em pleno século XXI, expressiva parcela de brasileiros ainda conviva com a miséria da fome e do desprezo, conquanto outra parte de pessoas seja submetida à falta de outras assistências sociais básicas.

Enquanto isso acontece, a indústria nacional perde participação na geração de riqueza e a produção extrativa mineral e agropecuária é exportada para gerar valor agregado no além-fronteiras, enquanto o Brasil ainda é obrigado à importação de muitos bens industrializados, gerando altíssimos custos.

A educação e a saúde, com o alto grau de concentração de renda, são sofisticadas para os mais ricos e extremamente precárias para os menos favorecidos economicamente e isso contribui para alargamento das diferenças sociais.

É verdade que há muitas e importantes realizações no Brasil que são motivo de orgulho para os brasileiros, mas também leva à obrigação  da necessidade do compromisso com a capacidade de reconhecimento sobre os problemas nacionais, com vistas ao urgente redesenhar do futuro, sob a compreensão quanto à implementação de profundas mudanças de natureza política, tecnológica e administrativa, de forma que seja possível a priorização das necessidades da população.

Este importante momento de júbilo e festa cívico-histórica precisa urgentemente se transformar em verdadeiro marco de união e fortalecimento dos brasileiros que desejam o Brasil não apenas independente, mas também grandioso e autônomo econômica e socialmente, com muito mais justiça para todos os brasileiros.

          Viva a independência de todos os brasileiros!

          Brasília, em 7 de setembro de 2022

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