O Brasil celebra,
hoje, 200 anos de sua independência de Portugal e todos os brasileiros precisam
comemorar com muito amor cívico esta data histórica, porque trata-se de marco do
início de país livre da dominação colonial, que só servia para sustentar a opulência
de além-mar.
O Brasil
é um país continental, de povo fraterno e com solo rico e fértil, que precisa da
exaltação das suas virtudes como país pacífico, livre, soberano e
economicamente sólido.
O Brasil tem
o maior parque industrial da América Latina e a maior produção agropecuária,
que propiciam o comércio com todo o mundo, como país pujante em iniciativas
empreendedoras em todos os segmentos do conhecimento humano, que ainda conta
com importante infraestrutura básica para o suporte sustentável do
desenvolvimento econômico e social.
Em todo
território nacional, falam-se o mesmo idioma e vivem-se em harmonia e paz em grandiosa
nação mãe gentil e, o mais importante, sob os salutares princípios da democracia
e do respeito aos sentimentos de cidadania e civismo.
Pois bem, convém
mencionar aqui um pouca da história real, quando, em janeiro de 1822, as Cortes
portuguesas queriam que Dom Pedro I retornasse a Portugal, mas o príncipe
herdeiro decidiu, certamente com a influência da sua esposa, dona Leopoldina, e
de José Bonifácio, responder por meio do famoso "fico!".
Esse importante episódio
ficou conhecido pelo texto criado pelo Senado de então e foi atribuído ao
príncipe regente, que teria dito aos brasileiros: "Como é para o bem de
todos e felicidade geral da nação, estou pronto: diga ao povo que fico".
Meses depois disso, em início
de setembro de 1822, D. Pedro I retornava a São Paulo, vindo de Santos, quando,
às 16h do dia sete, ele recebeu documentos e mensagens pelo correio da Corte, enviados
por José Bonifácio, em que continha também carta solicitando seu imediato
retorno ao Rio de Janeiro, com as seguintes palavras: "Senhor, o dado
está lançado, e de Portugal não temos a esperar senão escravidão e horrores".
De acordo com o relato
do padre Belchior, que integrava a comitiva imperial, D. Pedro I, tomado de
enorme fúria, reuniu sua guarda, para jurar, com espada em punho, a importante
decisão ali proferida, às margens do rio Ipiranga, pela independência do Brasil,
por meio das célebres e históricas palavras: "Pelo meu sangue, pela
minha honra, pelo meu Deus, juro fazer a liberdade do Brasil: Independência ou
Morte?".
Diante
dessa verdade histórica, acontecida há 200 anos, é preciso sim se celebrar
também o momento de superação das diferenças sociais e econômicas entre os
brasileiros, com o pensamento voltado especialmente para o futuro do povo, que
ainda anseia por independência em muitos aspectos que dependem de importantes
iniciativas governamentais.
Sim foram
passados 200 anos de independência, o momento sinaliza agora para o horizonte
da pátria Brasil, no sentido se perscrutar sobre o seu futuro, que ainda é
bastante incerto quanto às projeções vislumbradas para o seu povo, porque nada
acontece sem a vontade política dos governantes.
É
importante a insistência nas disputas políticas que dividem a todos como povo
ou convém se buscar o caminho do consenso capaz de se contornarem as infrutíferas
divergências ideológicas, tendo como objetivo comum o estabelecimento de bases sólidas
para se alcançar o tão sonhado desenvolvimento para o povo?
É absolutamente
inimaginável que, em pleno século XXI, expressiva parcela de brasileiros ainda
conviva com a miséria da fome e do desprezo, conquanto outra parte de pessoas
seja submetida à falta de outras assistências sociais básicas.
Enquanto
isso acontece, a indústria nacional perde participação na geração de riqueza e a
produção extrativa mineral e agropecuária é exportada para gerar valor agregado
no além-fronteiras, enquanto o Brasil ainda é obrigado à importação de muitos bens
industrializados, gerando altíssimos custos.
A
educação e a saúde, com o alto grau de concentração de renda, são sofisticadas
para os mais ricos e extremamente precárias para os menos favorecidos
economicamente e isso contribui para alargamento das diferenças sociais.
É verdade
que há muitas e importantes realizações no Brasil que são motivo de orgulho
para os brasileiros, mas também leva à obrigação da necessidade do compromisso com a capacidade
de reconhecimento sobre os problemas nacionais, com vistas ao urgente redesenhar
do futuro, sob a compreensão quanto à implementação de profundas mudanças de
natureza política, tecnológica e administrativa, de forma que seja possível a
priorização das necessidades da população.
Este
importante momento de júbilo e festa cívico-histórica precisa urgentemente se
transformar em verdadeiro marco de união e fortalecimento dos brasileiros que
desejam o Brasil não apenas independente, mas também grandioso e autônomo econômica
e socialmente, com muito mais justiça para todos os brasileiros.
Viva a independência de todos os
brasileiros!
Brasília, em 7 de setembro de 2022
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