quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Mais dinheiro?

 

Corre mensagem nas redes sociais fazendo apelo sobre a necessidade de socorro ao fundo de campanha do candidato à reeleição à Presidência da República, sob a alegação de que se corre o risco de não ter dinheiro para custeá-la, tamanho perigo que se avizinha antes do seu término.

 Misericórdia, meu Deus, para a falta de racionamento e a racionalidade com o dinheiro dos sofridos contribuintes, porque o grosso das despesas é custeado com o nosso dinheiro, transferido aos candidatos, por meio de fundos legalmente constituídos!

Milhões e milhões de reais foram desviados dos programas governamentais regulares para o desperdício em campanhas igualmente milionárias, com gastos abusivos e absolutamente dispensáveis, que deviriam, ao contrário, atender às necessidades públicas, no que dizem às carências da população.

Pode-se Lembrar que o presidente do país foi eleito, em 2018, sem fazer uso de quase gasto nenhum, apenas despendendo a bagatela de 2,45 milhões de reais, enquanto, na presente campanha, já foram comprometidos mais de 15 milhões de reais e o cofre, sem fundos, implora, com urgência, por mais dinheiro, na forma do pedido feito sob a mobilização de seguidores e apoiadores do candidato.

Agora, imagina se não fosse a extraordinária estrutura de transporte, alimentação, segurança etc. colocada graciosamente à disposição do candidato à reeleição, que é algo muito especial que os demais candidatos não têm, ou seja, o candidato à reeleição dispõe, na sua campanha, de serviços especais a bordo que não são oferecidos aos outros candidatos e isso se chama privilégio censurável e questionável, por ferir, com muita clareza, o princípio constitucional da isonomia, na campanha eleitoral.

          É de se ficar perplexo pela percepção da exigência da arrecadação de mais dinheiro para a milionária campanha à reeleição, na certeza de que há de aparecer corações generosos que vão entender e atender, naturalmente, à nobreza da causa, liberando alguns trocados para a farra sem limite do capitão, porque ele certamente bem merece.

Salve o Brasil de povo de bom coração, que tem dificuldade em compreender o verdadeiro sentido das causas públicas justas!

          Brasília, em 28 de setembro de 2022

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