domingo, 11 de setembro de 2022

A força política

 

Em que pese o estilo nada identificado com o autêntico estadista à altura da grandeza do Brasil, à vista das reiteradas trapalhadas, que são incompatíveis com a liturgia do relevante cargo presidencial, inclusive da forma descuidada e debochada do português pátrio e ainda a despeito do emprego eleitoral do dinheiro e dos equipamentos públicos, a exemplo do Auxílio Brasil, com a deformação de pregação golpista e antidemocrática, ainda assim o presidente da República se tornou, inegavelmente, o maior líder político em atividade do Brasil, na atualidade, conforme mostram os fatos.

Fato este que se comprova facilmente por meio da extraordinária mobilização havida no último dia 7 de setembro, que teve conotação com as comemorações dos 200 anos, apenas por lembrar a data da independência do país, porque, na verdade, ela se traduziu mesmo em verdadeiro ato político-eleitoral, em apoio à reeleição do presidente do país e sobre isso não se tem a menor dúvida.

Outrora, dizia-se que o Dia da Independência era realmente comemorado apenas como tal, mas os atos acontecidos nesta última data serviram como importante e gigante palanque eleitoral, em que o presidente do país mostrou, de forma inequívoca, que ele adquiriu tutano e estatura populares espetacularmente maior que o seu principal rival, na corrida presidencial, conforme mostraram as multidões que encheram as ruas e as praças de todo país, as colorindo com as lindas cores verde e amarela.

O mandatário do país conseguiu levar milhares de pessoas para as ruas de todo o país, numa patente e cristalina demonstração de força política, certamente inédita na história republicana, posto que não se trata de partido político ou de outro movimento qualquer, mas sim do carisma de figura que foi ouvida e aplaudida, com muito entusiasmo, exatamente na forma como ele é e representa para os seus fiéis apoiadores.

O principal candidato da esquerda dá forte sinais de que já perdeu suas forças de mobilização popular, que se distanciou visivelmente do seu carisma que manteve, no passado, com a chama acesa por muito tempo, mas agora ele não passa de figura caricata, que se tornou o líder político que se apequenou e teme sair às ruas, diante da sua verdadeira índole identificada com os sucessivos escândalos de repetida e inadmissível corrupção, ocorridos no seu governo, a exemplo dos vergonhosos e criminosos esquemas do mensalão e do petrolão.

Além desses episódios ilícitos atribuídos ao governo dele, ainda pesam as hecatombes econômicas causadas pela incompetência da sua “criatura” sucessora, que conseguiu pôr pá de cal na imagem dele, por ter sido a responsável por indicá-la ao cargo presidencial, que tem tudo a ver com o derretimento em gelo, de forma progressiva, das suas esperanças políticas, sob o calor da verdade sobre os fracassos do conjunto do legado deixado pela triste e deplorável era da gestão petista.

Enfim, o povo quis mostrar apoio, não por meio de pesquisa de preferência de voto, mas sim por sua presença pessoal ao ato que serviria como comemorativo do Dia da Independência, não importa ao caso, porque valeu mesmo a intenção de dizer, ao vivo e em cores o seu amor ao Brasil, em defesa dos direitos humanos e das liberdades individuais e democráticas, como forma irrestrita de apoio ao presidente do país, em clara demonstração de repúdio à tentativa de volta da esquerda ao poder.

A bem da verdade, os degradantes exemplos de ineficiência e incompetência na gestão pública da esquerda seriam péssimos agouros para que isso acontecesse, em que pese que a administração pública não esteja nos melhores momentos ansiados pelos brasileiros, uma vez que ela clama por urgentes reformas nas suas estruturas e conjunturas, para o fim de seus modernidade e aperfeiçoamento funcionais.   

Diante dos fatos históricos, a síntese palpável do Brasil real, quer queira ou não, é que o novo líder político tupiniquim é, indiscutivelmente, o presidente da República, que, a despeito de se comemorar a importante independência do país, ele conseguiu colorir as ruas brasileiras com a presença de centenas de milhares de pessoas, para aplaudi-lo entusiasticamente, mostrando a sua indiscutível força política, que tem o peso da superação das pesquisas eleitorais, realizadas entre mera quantidade de cerca de três mil pessoas, como se fosse a força do eleitorado.

Enfim, essa memorável data de 7 de setembro de 2022 passa para os anais da história cívico-política da República do Brasil como o fiel retrato do dia em que os brasileiros decidiram mostrar ao país e ao mundo a real importância da preservação dos verdadeiros princípios republicano e democrático, por meio dos quais são capazes de se assegurarem os sagrados direitos humanos e liberdades individuais e de cidadania.

          Brasília, em 11 de setembro de 2022

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