quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Ter defeito

 

Em conversa em grupo de amigos, alguém alegou que ninguém é perfeito, uma vez que  todos nós temos defeitos e, por isso, deveríamos evitar as críticas às pessoas e especialmente ao governo.

Nesse ponto, eu discordei e disse que é verdade que todos temos defeitos, mas isso não significa que não se possa criticar aqueles que negam a verdade, preferindo a disseminação de mentiras e tudo o mais como se isso não fosse deformação que o mentiroso não tem consciência sobre as suas deficiências morais ou intelectuais, quando se sabe que elas podem perfeitamente ser consertadas, se houver interesse, por meio do conhecimento e da conscientização da verdade, diante da certeza de que, contra os fatos verdadeiros, não há argumentos.

É preferível criticar os fatos, tendo por base argumentos, mesmo que eles não sejam levados em conta, o que é natural, porque cada pessoa tem plena consciência sobre a sua verdade, do que ficar calado sem dizer o seu pensamento acerca do tema em discussão, porque a evolução da humanidade depende em muito da liberdade de expressão acerca dos fatos da vida.

 Isso difere em muito da sabedoria de um certo santo padre, que é venerado por seus milagres, mas ele, nesse particular, pode não ter sido muito feliz quando disse que, quem tem pecado, não pode criticar ninguém, como se o erro dele fosse motivo para impedi-lo de enxergar os erros da sociedade.

Esse raciocínio pode levar ao entendimento de que, quem é pecador, não poderia criticar ninguém, o que seria gigantesco e inadmissível erro, uma vez que há importantes críticas que são feitas por quem tem pecado precisamente para contribuir para a construção do bem, que é salutar para a valorização e o engrandecimento da vida humana, como forma de se buscar alternativas para o melhoramento das relações sociais.

Concluo dizendo que aceito normalmente as críticas construtivas, evidentemente tendo por base argumentos sadios, concitando a todos no sentido de que, quem não estiver de acordo com esse pensamento, certamente tem todo direito de descartar o meu raciocínio na internet, que, nos últimos tempos, ainda tem sido o melhor caminho para a comunicação entre as pessoas inteligentes, na compreensão de que as opiniões são valiosas para a evolução da humanidade.

É evidente que, quem não entender assim, é preferível sim ficar quietinho mesmo, vivendo seu mundo de eremita, sem participar nem contribuir da tão necessária evolução da vida humana.

Espero que eu possa ter me esclarecido, porque a sinceridade tomou conta de mim e eu perdi o meu domínio, nesse particular, mas eu prefiro ser assim, dando as minhas opiniões do que não ter ideias sobre coisa alguma, uma vez que isso é próprio dos individualistas, que só aceitam as próprias opiniões restritas à sua nem tanto riqueza da vida.

          Brasília, em 28 de setembro de 2022


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