Em
conversa em grupo de amigos, alguém alegou que ninguém é perfeito, uma vez que todos nós temos defeitos e, por isso,
deveríamos evitar as críticas às pessoas e especialmente ao governo.
Nesse
ponto, eu discordei e disse que é verdade que todos temos defeitos, mas isso
não significa que não se possa criticar aqueles que negam a verdade, preferindo
a disseminação de mentiras e tudo o mais como se isso não fosse deformação que
o mentiroso não tem consciência sobre as suas deficiências morais ou
intelectuais, quando se sabe que elas podem perfeitamente ser consertadas, se
houver interesse, por meio do conhecimento e da conscientização da verdade, diante
da certeza de que, contra os fatos verdadeiros, não há argumentos.
É
preferível criticar os fatos, tendo por base argumentos, mesmo que eles não
sejam levados em conta, o que é natural, porque cada pessoa tem plena
consciência sobre a sua verdade, do que ficar calado sem dizer o seu pensamento
acerca do tema em discussão, porque a evolução da humanidade depende em muito
da liberdade de expressão acerca dos fatos da vida.
Isso difere em muito da sabedoria de um certo santo
padre, que é venerado por seus milagres, mas ele, nesse particular, pode não
ter sido muito feliz quando disse que, quem tem pecado, não pode criticar ninguém,
como se o erro dele fosse motivo para impedi-lo de enxergar os erros da
sociedade.
Esse
raciocínio pode levar ao entendimento de que, quem é pecador, não poderia
criticar ninguém, o que seria gigantesco e inadmissível erro, uma vez que há
importantes críticas que são feitas por quem tem pecado precisamente para contribuir
para a construção do bem, que é salutar para a valorização e o engrandecimento da
vida humana, como forma de se buscar alternativas para o melhoramento das relações
sociais.
Concluo
dizendo que aceito normalmente as críticas construtivas, evidentemente tendo
por base argumentos sadios, concitando a todos no sentido de que, quem não
estiver de acordo com esse pensamento, certamente tem todo direito de descartar
o meu raciocínio na internet, que, nos últimos tempos, ainda tem sido o melhor
caminho para a comunicação entre as pessoas inteligentes, na compreensão de que
as opiniões são valiosas para a evolução da humanidade.
É
evidente que, quem não entender assim, é preferível sim ficar quietinho mesmo, vivendo
seu mundo de eremita, sem participar nem contribuir da tão necessária evolução da
vida humana.
Espero
que eu possa ter me esclarecido, porque a sinceridade tomou conta de mim e eu
perdi o meu domínio, nesse particular, mas eu prefiro ser assim, dando as
minhas opiniões do que não ter ideias sobre coisa alguma, uma vez que isso é
próprio dos individualistas, que só aceitam as próprias opiniões restritas à
sua nem tanto riqueza da vida.
Brasília, em 28 de setembro de 2022
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