Circula
nas redes sociais mensagem assim redigida: “Sai para lá com o seu ódio que
Lulinha paz e amor tá passando”.
As
pessoas que dizem repudiar o ódio, mas é bom lembrar que quem criou essa mania
odienta na política foi aquele que instituiu o "nós contra eles",
justamente para demarcar a repugnável discriminação entre as pessoas, como
forma de consolidação da desunião entre brasileiros.
Quando
chega na campanha eleitoral, é comum se atribuir o ódio às outras pessoas, como
se a pureza estivesse do seu lado e os sujos fossem exatamente os outros.
Na
verdade, é preciso que se diga que, da parte de quem se acha o suprassumo do
amor, tem muito a se explicar para o povo, em forma de prestação de contas e
justificativas à Justiça e à sociedade, uma vez que existem algumas denúncias,
ainda pendentes de julgamento judicial, sobre a suspeita de envolvimento de
importante político na prática de atos irregulares, consistentes no desvio de
recursos públicos, que, na essência, constitui motivo de incompatibilidade com
o exercício de cargo público eletivo.
Talvez
seja essa a razão motivadora do que muitos chamam de ódio contra políticos aproveitadores
do poder, que diz com o desvio de dinheiro público para fins ainda pendentes de
prestação contas à sociedade, os quais se destinavam a programas sociais ou a
prestação de serviços públicos.
É
bastante estranho que brasileiros falem de ódio da parte de quem é vítima, no
sentido de que os recursos desviados poderiam beneficiar justamente quem
discorda da desonestidade na gestão de recursos públicos.
É
bastante lastimável que esses antipatriotas ainda apoiam político que foi capaz
de causar enorme rombo em cofres públicos e não teve a humildade de sequer
assumir as responsabilidades por tudo de maléfico causado aos brasileiros,
inclusive a quem pede abre alas para a sujeira passar.
Sim,
é preciso se repudiar o ódio, precisamente naquilo que seja justo e preciso ser
corrigido, porque isso condiz com os princípios da moralidade, da honestidade e
da dignidade, ínsitos no seio dos povos sérios, civilizados e evoluídos, em
termos políticos e democráticos.
Brasília, em 18 de setembro de 2022
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