domingo, 18 de setembro de 2022

Ódio?

 

Circula nas redes sociais mensagem assim redigida: “Sai para lá com o seu ódio que Lulinha paz e amor tá passando”.

As pessoas que dizem repudiar o ódio, mas é bom lembrar que quem criou essa mania odienta na política foi aquele que instituiu o "nós contra eles", justamente para demarcar a repugnável discriminação entre as pessoas, como forma de consolidação da desunião entre brasileiros.

Quando chega na campanha eleitoral, é comum se atribuir o ódio às outras pessoas, como se a pureza estivesse do seu lado e os sujos fossem exatamente os outros.

Na verdade, é preciso que se diga que, da parte de quem se acha o suprassumo do amor, tem muito a se explicar para o povo, em forma de prestação de contas e justificativas à Justiça e à sociedade, uma vez que existem algumas denúncias, ainda pendentes de julgamento judicial, sobre a suspeita de envolvimento de importante político na prática de atos irregulares, consistentes no desvio de recursos públicos, que, na essência, constitui motivo de incompatibilidade com o exercício de cargo público eletivo.

Talvez seja essa a razão motivadora do que muitos chamam de ódio contra políticos aproveitadores do poder, que diz com o desvio de dinheiro público para fins ainda pendentes de prestação contas à sociedade, os quais se destinavam a programas sociais ou a prestação de serviços públicos.

É bastante estranho que brasileiros falem de ódio da parte de quem é vítima, no sentido de que os recursos desviados poderiam beneficiar justamente quem discorda da desonestidade na gestão de recursos públicos.

É bastante lastimável que esses antipatriotas ainda apoiam político que foi capaz de causar enorme rombo em cofres públicos e não teve a humildade de sequer assumir as responsabilidades por tudo de maléfico causado aos brasileiros, inclusive a quem pede abre alas para a sujeira passar.

Sim, é preciso se repudiar o ódio, precisamente naquilo que seja justo e preciso ser corrigido, porque isso condiz com os princípios da moralidade, da honestidade e da dignidade, ínsitos no seio dos povos sérios, civilizados e evoluídos, em termos políticos e democráticos.

          Brasília, em 18 de setembro de 2022

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