Segundo o jurista, a eleição do seu
candidato “é importante para impedir qualquer ação de Bolsonaro para se
manter no poder”, caso seja derrotado no pleito eleitoral.
Ele disse que “Decidi pelo
voto em Lula porque o Brasil não aguenta mais quatro anos de Bolsonaro, com
ameaças de golpe, ataques ao Supremo Tribunal Federal e total falta de empatia
com os mais sofridos”.
O jurista declarou que “(...) Diante
do atual cenário, a gente tem que pensar o que é melhor para o país. O Brasil
precisa de estabilidade e calmaria. Mais quatro anos de Bolsonaro no poder é
tudo que o país não precisa”.
Sim, é preciso se pensar, por ocasião do voto,
no melhor para o Brasil, mas, para tanto, convém, precipuamente, se aquilatar
todos os aspectos circunstanciais ao candidato, não somente se ele ataca as instituições,
ameaça à democracia, tem empatia com as pessoas, mas, em especial, também outros
aspectos, em especial aqueles relacionados com as suas formas de competência
administrativa e observância aos princípios republicanos, em sintonia com os atributos
do honestidade, da probidade, da moralidade, do decoro etc., porque é o conjunto
das qualidades e dos defeitos que realmente capacitam a sua escolha como o
melhor para o país.
É evidente que o jurista não se
manifestou sobre os atributos do candidato dele, no que diz respeito à conduta
dele na vida pública, quando ele se depararia com a deplorável situação de que,
no governo dele, foram implantados os terríveis esquemas de corrupção da história
mundial, no que se refere à lastimável materialização dos escândalos do mensalão
e do petrolão, de triste memória nacional.
A despeito ainda que o candidato
dele foi julgado e condenado à prisão, pela prática dos crimes de corrução
passiva e lavagem de dinheiro, exatamente pela constatação sobre o recebimento
de propinas, em que pese as respectivas sentenças tenham sido anuladas, por
força de fajuta interpretação da Justiça, segundo a qual o juízo de origem não
tinha competência jurisdicional para julgá-lo, lembrando que não houve exame do
mérito dos atos criminosos, o que vale dizer que os objetos das denúncias à
Justiça estão com plena validade, ou seja, a suspeita do recebimento de propinas
está viva0 nos autos, aguardando novo julgamento.
Que brasileiro é esse que, com
tamanha capacidade intelectual de jurista, entende que candidato que não
consegue provar a sua inocência quanto às suspeitas de crimes contra a administração
pública, sendo absolutamente incapaz de atender aos requisitos de conduta
ilibada e idoneidade, na vida pública, possa ser o melhor para o Brasil?
É pena que muitas mentalidades
como a desse jurista tenham a mesma concepção do que seja o espírito da honestidade
e da probidade perante a coisa pública, porque os fatos mostram, à saciedade, à
vista das investigações das denúncias à Justiça, a substancialidade dos elementos
probantes sobre a autoria dos crimes atribuídos ao candidato do jurista, que,
por força das sentenças condenatórias, jamais teria condições morais para a prática
de atividades políticas, em respeito à dignidade da nação e dos eleitores,
diante da presunção de honestidade e dignidade destes, em questões que estão bem
acima de interesses de políticos aproveitadores da boa vontade das pessoas e da
magnanimidade de intelectuais, que preferem fechar os olhos para a realidade
dos fatos, sustentados em versões mentirosas, imorais, inconsistentes e afrontosas
aos interesses públicos.
Sim, é preciso aceitar a decisão
do jurista, de ele votar em quem quiser, não que ela seja consentânea com a
realidade, mas sim porque ela melhor se encaixa no seu restrito pensamento de
somente querer enxergar o que lhe convém, porque os fatos mostram a face da
história bem diferente, em que seu candidato jamais poderia ser considerado o
melhor para o Brasil, à vista da falta de qualificação de homem público capaz
de preencher os requisitos de moralidade e imaculabilidade, na vida pública, a
despeito dos processos penais em tramitação na Justiça, que conspiram contra
ele, diante da incompatibilidade configurada para o exercício de cargo público
eletivo, que exige a comprovação da ficha limpa, como forma de atestado de nada
consta em toda a sua vida pública.
O jurista e as demais pessoas que
apoiam o candidato da esquerda precisam saber que o Brasil carece sim de
estabilidade e calmaria, não sob a direção de político que foi incapaz de
provar a sua inculpabilidade sobre atos julgados pela Justiça, sendo condenado
por improbidade administrativa, por acusação sob suspeita de recebimento de
propinas, cujos atributos “o país não precisa”, porque elas são péssimos
exemplos de indignidade e imoralidade perante a grandeza e os valores da nação
continental do Brasil, que merece ser presidido por pessoas capazes, competentes
e responsáveis, que tenham a humildade de reconhecer as suas fragilidades e os
seus deslizes na vida pública, como forma de prestação de contas à sociedade sobre
seus atos no exercício de cargo público.
Diante do exposto, apelam-se por
que os verdadeiros brasileiros tenham capacidade para a avaliação dos reais atributos
dos candidatos, de modo que as suas verdadeiras qualidades pessoais possam
servir como importante instrumento influenciador do padrão compatível com o
desejo ao efetivo atendimento do melhor para o Brasil, tendo o cuidado de eliminar
os políticos envolvidos com ações penais na Justiça, porque isso é incompatível
com os princípios da seriedade, da correção e da civilidade.
Brasília,
em 22 de setembro de 2022
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