O
início da campanha eleitoral começou com o enuviar de notícias falsificadas
sobre os candidatos, em preocupante nível de desinformação que circula nas
redes sociais, tendo por finalidade, como não seria diferente tumultuar os
dados sobre os candidatos e confundir a mente dos eleitores, como espécie de
embaralhamento que nem a Justiça eleitoral consegue controlar o tráfico das
notícias.
Um vídeo falso foi divulgado pelo Jornal
Nacional da Globo, cujo resultado foi assustador, porque ele mostrou o enorme desafio
que será o combate à informação errada, porque se tratou de manipulação quase
perfeita, muito bem elaborada, com a edição exatamente nos padrões da
normalidade e que não levantou suspeita alguma, inclusive com a coincidência da
voz da apresentadora do programa.
O
vídeo era tão próximo da realidade que não dava para se perceber que se trata
de mentira deslavada, mas muita gente tinha a certeza de que se tratava de notícia
verdadeira e acreditou nas suas informações.
Não
é novidade de ninguém que a edição presidencial de 2018 foi sustentada por
guerrilha digital, quando os candidatos investiram maciços recursos na disseminação
de notícias falsas, que a população foi alimentada com informações manipuladas,
cujas estragos à verdade são incalculáveis.
Vejam-se
que cada grupo de WhatsApp pode abrigar até 256 pessoas, qualquer mensagem tem
a capacidade de se multiplicar para milhões de pessoas, em questão de instantes.
A
chance da disseminação da divulgação de notícias falsas sobre os candidatos é
praticamente inevitável e incontrolável, porque elas se alastram como centelhas,
como rastilhos de pólvora, e o estrago à imagem dos envolvidos pode ser irreparável.
É
sempre muito importante se desconfiar de notícias políticas, tendo o cuidado quanto
às informações bombásticas, tendo a ideia de, antes de clicar ou retransmiti-las, se atentar
para o bom senso da desconfiança, lembrando da cautela de deletá-las, para se
evitar contribuir com o emporcalhamento da rede social, que precisa ter somente
a devida função social de bem informar as notícias verdadeiras.
Em
que pese o Tribunal Superior Eleitoral ter fechado parceria com as principais
redes sociais, o desafio é gigantesco em se evitar a disseminação de notícias
falsas, porque os criminosos são viciados na prática da maldade e muitos deles até
são regiamente pagos para agirem fora da lei.
Enfim,
a difusão de fake news representa ataque frontal à democracia e ameaça os
princípios da ética e dos valores que devem nortear as atividades dos futuros
representantes do povo.
As
notícias falsas comprometem seriamente as decisões soberanas dos brasileiros e
isso não é bom para a democracia, diante da indiscutível desconstrução dos
princípios da verdade, considerando que a mentira é crime abominável, por haver
clara intenção de ferir os sagrados direitos humanos.
Apelam-se
para que os brasileiros, no âmbito da sua responsabilidade cívica e patriótica,
se esforcem em contribuir para a seriedade na transmissão de informações confiáveis,
especialmente com relação aos candidatos e às eleições presidenciais.
Brasília, em 12 de setembro de 2022
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