segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Desprezo a fake news

 

O início da campanha eleitoral começou com o enuviar de notícias falsificadas sobre os candidatos, em preocupante nível de desinformação que circula nas redes sociais, tendo por finalidade, como não seria diferente tumultuar os dados sobre os candidatos e confundir a mente dos eleitores, como espécie de embaralhamento que nem a Justiça eleitoral consegue controlar o tráfico das notícias.

 Um vídeo falso foi divulgado pelo Jornal Nacional da Globo, cujo resultado foi assustador, porque ele mostrou o enorme desafio que será o combate à informação errada, porque se tratou de manipulação quase perfeita, muito bem elaborada, com a edição exatamente nos padrões da normalidade e que não levantou suspeita alguma, inclusive com a coincidência da voz da apresentadora do programa.

O vídeo era tão próximo da realidade que não dava para se perceber que se trata de mentira deslavada, mas muita gente tinha a certeza de que se tratava de notícia verdadeira e acreditou nas suas informações.

Não é novidade de ninguém que a edição presidencial de 2018 foi sustentada por guerrilha digital, quando os candidatos investiram maciços recursos na disseminação de notícias falsas, que a população foi alimentada com informações manipuladas, cujas estragos à verdade são incalculáveis.

Vejam-se que cada grupo de WhatsApp pode abrigar até 256 pessoas, qualquer mensagem tem a capacidade de se multiplicar para milhões de pessoas, em questão de instantes.

A chance da disseminação da divulgação de notícias falsas sobre os candidatos é praticamente inevitável e incontrolável, porque elas se alastram como centelhas, como rastilhos de pólvora, e o estrago à imagem dos envolvidos pode ser irreparável.

É sempre muito importante se desconfiar de notícias políticas, tendo o cuidado quanto às informações bombásticas, tendo a ideia de,  antes de clicar ou retransmiti-las, se atentar para o bom senso da desconfiança, lembrando da cautela de deletá-las, para se evitar contribuir com o emporcalhamento da rede social, que precisa ter somente a devida função social de bem informar as notícias verdadeiras.

Em que pese o Tribunal Superior Eleitoral ter fechado parceria com as principais redes sociais, o desafio é gigantesco em se evitar a disseminação de notícias falsas, porque os criminosos são viciados na prática da maldade e muitos deles até são regiamente pagos para agirem fora da lei.

Enfim, a difusão de fake news representa ataque frontal à democracia e ameaça os princípios da ética e dos valores que devem nortear as atividades dos futuros representantes do povo.

As notícias falsas comprometem seriamente as decisões soberanas dos brasileiros e isso não é bom para a democracia, diante da indiscutível desconstrução dos princípios da verdade, considerando que a mentira é crime abominável, por haver clara intenção de ferir os sagrados direitos humanos.    

Apelam-se para que os brasileiros, no âmbito da sua responsabilidade cívica e patriótica, se esforcem em contribuir para a seriedade na transmissão de informações confiáveis, especialmente com relação aos candidatos e às eleições presidenciais.   

          Brasília, em 12 de setembro de 2022

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