O novo
levantamento Datafolha, contratado pela TV Globo e pelo jornal Folha de
S.Paulo, “apontou que o candidato à Presidência da República Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) possui 45% das intenções de voto no primeiro turno contra o
atual presidente do País, Jair Bolsonaro (PL), que conta com 34%.”.
Na
comparação com a última pesquisa, realizada em 1° de setembro, a aludida liderança
se manteve estável, enquanto o presidente do país subiu dois pontos
percentuais, indo de 32% para 34%.
Na
pesquisa de intenção de voto espontânea (quando não são apresentados os nomes
dos candidatos), o líder da pesquisa ficou com 39% e o presidente do país ficou
com 31%.
A
pesquisa em apreço foi realizada entre 2.676 pessoas, em 191 municípios, nos
dias 8 e 9 do fluente mês, mas não foram informadas as localidades do país onde
ela se realizou.
É
inacreditável a forma peremptória como é feita a análise sobre a pesquisa de
preferência de votos, em que são consultadas tão somente 2.676 pessoas, bem
menos de três mil ouvintes, sem ainda se ter a certeza de que elas são
realmente eleitoras, para se chegar à conclusão de se apontar que “o candidato à Presidência da
República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) possui 45% das intenções de voto no
primeiro turno contra o atual presidente do País, Jair Bolsonaro (PL), que conta com 34%.”, dando a entender, com absoluta
convicção, de que 2.676 pessoas são capazes e suficientes para decidirem
exatamente como projetado, com apenas a amostra ultrainsignificante.
Ao que se
pode intuir é que o candidato que está em primeiro lugar teria, pasmem, no
primeiro turno, 45% dos votos e o segundo chegaria a 34%, tudo isso tendo por
base 2.276 pessoas, sem a certeza de que, repita-se, elas são realmente
eleitoras e o mais grave disso é que essa minguada amostra se aplica com a
segurança como se ela fosse o universo de mais de 156 milhões de eleitores
habilitados ao voto.
É preciso
deixar muito claro que não existe a menor suspeita sobre o resultado da
pesquisa, mas os seus autores não têm autoridade alguma para a afirmação de que
pouco mais de 2.600 pessoas seriam capazes de assegurar 45% dos votos totais
das eleições, no primeiro turno das eleições, porque isso somente convence
miolos desconectados com a realidade, no sentido de que tão pequena amostra teria
o condão de induzir à conclusão tão segura como de se dizer que, no primeiro
turno das eleições, alguém vai ter 45% dos votos válidos, uma vez que há
regiões preponderantes de preferências, com possíveis predomínio de terminado
candidato, que a pesquisa nem as tenha sido alcançada, enquanto em outras
localidades a predominância já é do outro candidato.
À toda
evidência, não se enxerga base científica alguma para respaldar pesquisa com
capacidade nesse sentido, que possa determinar o resultado, agora, como se o
primeiro turno já tivesse sido definido com a tendência de percentual
infinitamente pequeno, em relação ao universo de votos distribuídos em todo
Brasil, nos mais de 5.600 municípios e 156 milhões de eleitores, enquanto a
consulta foi feita, pasmem, em apenas 191 municípios, com 2.676 pessoas, que é
algo surreal, à luz do bom senso e da racionalidade, conquanto isso é apenas
forma escandalosa de forçação de interpretação sobre algo indiscutivelmente
inexistente.
A
realidade mostra que se pode afirmar que, fora de dúvida, a pesquisa realizada
entre 2.676 pessoas mostra que, no momento, 1.204 ouvintes, o equivalente a
45%, disseram votar em determinado candidato e outras 910 pessoas,
correspondente a 34%, confirmaram que votariam em outro candidato, sem que isso
possa garantir absolutamente nada com relação à definição do primeiro turno,
porque qualquer ilação diferente disso não passa de ridicularização da verdade,
do bom sendo e da melhor compreensão da honestidade.
Os
brasileiros precisam repudiar, com veemência, informações fajutas e
irresponsáveis como essa pesquisa, tanto de tendenciosa que se encerra nela,
porque o seu objetivo é muito claro de distorcer a verdade dos fatos, uma vez
que ela é completamente incapaz de garantir que tem preferência do universo dos
votos, quando a consulta de somente 2.676 eleitores não tem validade alguma,
diante de mais 156 milhões de votos, pelo menos em termos de habilitação, que
precisariam ser todos consultados, para se garantir a pretensão aventada no
parágrafo vestibular.
Convém
que os eleitores não se deixem ser seduzidos por resultados de pesquisas
mentirosas e tendenciosas, visivelmente conduzidas para distorcer a realidade
dos fatos, a exemplo da conclusão em comento, porque, sob o prisma da verdade,
ela não reflete coisíssima alguma, em relação ao primeiro turno das eleições,
na forma descrita acima.
Brasília, em 10 de
setembro de 2022
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