Um
emocionante momento mostrado em vídeo, que circula nas redes sociais, tem como
pano de fundo a exposição de pessoas que estavam acampadas à frente do quartel
do Exército, em Brasília, assistindo crianças alegres e se divertindo aos pulos
e à algazarra, todas vestidas de roupa verde-amarela e empunhando bandeiras
nacionais.
O
citado vídeo tinha a seguinte mensagem: “Pra que nunca esqueçamos esses lindos
e amáveis terroristas...”.
É
preciso ter a consciência cívica e patriótica de que esses “lindos e amáveis
terroristas” foram esquecidos precisamente por quem tinha o dever
constitucional de jamais desprezá-los, quando a principal autoridade do país
deu as costas, em atitude mais antidemocrática possível, para as pessoas que
ficaram, sob as mais deploráveis condições humanas, implorando por socorro, na
frente dos quartéis do Exército, para que o Brasil fosse salvo das desgraçadas
garras do domínio dos políticos e do sistema das trevas.
Pensando
apenas em se resguardar, a principal autoridade do país, que apenas se recolheu
em obsequioso silêncio, no seu confortável palácio, tendo ignorado, por
completo os apelos e os gritos ensurdecedores de seus fiéis seguidores,
inclusive dos “lindos e amáveis terroristas”.
Não
obstante, de quebra, aquela autoridade preferiu, muito comodamente, fugir do
país, antes do término do seu governo, sem prestar, como era do seu dever
constitucional, qualquer explicação ou justificativa sobre o seu gesto de
desprezo ao Brasil e aos brasileiros.
Sim,
é preciso nunca e jamais se esquecer, diante das circunstâncias, da inominável
maldade praticada contra pessoas inocentes e inimputáveis criminalmente, mas
não se pode olvidar maior insensibilidade e crueldade do abandono aos
brasileiros, quando a então principal autoridade poderia ter evitado todas as
desgraças havidas depois do término do seu governo, inclusive das prisões
depois do quebra-quebra do dia 8 de janeiro, se ele tivesse decretado a tão
necessária intervenção militar, nos termos do art. 142 da Constituição.
Sem
dúvida alguma, a aludida medida poderia ter providenciado importante e
necessário saneamento das precariedades e dos abusos de autoridade, que
predominavam e ainda infernizam a vida dos brasileiros, presentemente, graças à
injustificável omissão de quem não teve o mínimo de sensibilidade para antever
toda desgraça que vem imperando no Brasil, inclusive com a devida maldade
contra pessoas e crianças inocentes.
A
verdade é que não adianta ficar, agora, reclamando de injustiças contra pessoas
inocentes e indefesas, quando nada disso poderia estar acontecendo se a
principal autoridade brasileira tivesse tido a sensibilidade para buscar o
saneamento das gravíssimas degenerações que muito preocupam os verdadeiros
brasileiros.
Brasília, em 10 de julho de 2023
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