sábado, 1 de julho de 2023

O limite da tolerância

 

A minha índole de brasileiro sempre foi de muita moderação e tolerância, mesmo diante dos piores abusos de autoridade que vêm extrapolando os limites da competência institucional, evidentemente na esperança de que a situação, mesmo ficando fora do controle da razoabilidade, mas somente até determinado parâmetro de aceitação em que o próprio sistema tivesse inteligência e desconfiança suficientes para o autoreconhecimento de que teria ido absurdamente muito além da tolerância suportável pelos brasileiros de bem.

Acontece que os fatos mostram que os abusos somente se intensificam e se agigantaram, menosprezando, de forma acintosa, a capacidade de tolerância e inteligência dos brasileiros, que são considerados absolutamente impotentes para reação às decisões fundamentadas em construções estritamente em harmonia com a ideologia doutrinária prevalente, de modo a satisfazer somente aos seus propósitos de dominação das classes política e social, em nítida afronta aos princípios democráticos.

Diante desse quadro cinéreo e extremamente desolador, que não se vislumbra senão a única alternativa de não mais haver complacência com a destruição dos princípios democráticos, que foram indiscutivelmente desmoralizados e pisoteados, na sua plenitude, há bastante tempo, pela força da intolerância e do revanchismo.

À vista dessa visível deformidade político-institucional, em inadmissível situação de horrores impingida à história político-administrativo brasileira, é preciso que os verdadeiros brasileiros reajam com firmeza e o mais rapidamente possível, em demonstração da autoridade suprema de civismo, em defesa da grandeza e dos valores nacionais.

Convém que seja dado ultimato no sentido de que a era truculenta dos abusos de autoridade é considerada definitivamente encerrada, de modo que, a partir de agora, os brasileiros honrados e dignos exigem a imediata restauração, por meio da revisão, ato por ato,  de todas as medidas consideradas contrárias aos princípios democráticos, compreendendo, entre outras, a transparência das últimas eleições, com a permissão do acesso aos “códigos-fontes” e à operacionalização do sistema eleitoral brasileiro, o encerramento do inquérito do fim do mundo e de todas as decisões consideradas revanchistas e contrárias aos princípios democráticos e republicanos, sob pena de tudo isso ser feita a restauração da democracia por iniciativa do próprio povo, que declara o encerramento definitivo do truculento e insuportável sistema das trevas.

Enfim, é preciso que os verdadeiros brasileiros compreendam que de nada adianta ficar na eterna repetição de críticas infrutíferas, mostrando as infindáveis deformidades e horrorosas falhas da situação e do sistema dominante, porque isso não leva a absolutamente coisa alguma, em apenas se imaginar qualquer forma de sucesso lutando por liberdade, pátria e família, sem que haja a efetiva mobilização da sociedade contra os demoníacos e insuportáveis abusos de autoridade.  

Brasília, em 1º de julho de 2023

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