terça-feira, 4 de julho de 2023

Banalização da criminalidade

 

Conforme vídeo que circula nas redes sociais, é mostrada a realização de blitz, em importante rua de bairro suburbano do Rio de Janeiro, sob o comando de facção criminosa, tendo por finalidade, segundo explicação por relato de voz: “verificar se existem motorista embriagado, para ver se tem arma dentro dos carros, se tem pessoas com mandado em aberto, foragidos da Justiça. Só que as blitzes estão acontecendo sendo realizadas por traficantes armados com fuzil. Eles param os carros que chegam nas comunidades e querem olhar lá dentro quem são os passageiros. Tudo isso em plena luz do dia. É difícil de acreditar, mas isso é a realidade do Brasil.”.

Uma pessoa do grupo de WhatsApp, em clara demonstração de insatisfação quanto às minhas análises sobre o desempenho do presidente do país, aproveitou a postagem do mencionado vídeo para esfregar o seu verdadeiro sentimento, tendo se manifestado na forma do texto a seguir.

Olha aí, Adalmir! Agora você terá motivos de sobra para escrever seus textos, e que nos últimos dias se referem sempre ao mesmo assunto, e que havia prometido não mais falar nele, pq nunca ganha ibope. Tenho impressão que se começares a comentar sobre o atual governo, seus textos serão bem mais diversificados e talvez aplaudidos. A única e grande diferença é que o ex-Presidente não censurava e nem prendia ninguém. A liberdade do povo era total, mas o atual Presidente censura, persegue, abre uma ação judicial, mas a escolha é livre. PS.: Não se esqueça que  ao deixar de votar no Bolsonaro, e ainda que não  tenha votado no descondenado, você colaborou para a vitória dele, infelizmente!”.

Em resposta a essa deselegante mensagem, eu disse que tinha votado no candidato da reeleição e não tinha motivo algum para eu me arrepender sobre isso, porque ele era um pouco melhor do que o ex-condenado, o que só demonstra a mediocridade dele, que conseguiu perder para candidato sem a mínima personalidade política nem moral.

Nesse caso,  pouco importando se o candidato eleito teve a ajuda do sistema dominante, como de fato pode ter acontecido, mas o então presidente do país tinha poderes para resolver facilmente essa gravíssima questão, como forma de garantir a lei e a ordem, com base no art. 142 da Constituição.

Não obstante, em face da extrema incompetência que sempre o dominou, nada foi feito para o saneamento não somente dessa terrível situação, mas de muitas outras que afligiam a gestão pública, inclusive a preocupação quanto aos abusos de autoridade, que contribuíram e respaldaram o resultado das últimas eleições, sem o merecimento de reação à altura dessa gravíssima situação, por parte dele, em que o Brasil foi o principal prejudicado, sem contar que ele também foi envolvido nessa desgraça.

Agora, para o gáudio de muitas pessoas que têm visão, mas ficaram absolutamente cegas pela nefasta ideologia, as deprimentes e preocupantes desgraças prevalentes na atualidade e outra pragas já havidas, no Brasil, como as prisões injustas de 8 de janeiro, inclusive o domínio da criminalidade nas vias públicas, à luz do dia, é culpa exclusiva de quem tinha o dever constitucional de garantir a lei e a ordem, mas, em clara demonstração de antipatriotismo e desprezo ao Brasil e ao povo, ou seja, em visível incompetência político-administrativa, ele simplesmente deixou de decretar a intervenção militar, considerada de extrema necessidade, nas circunstâncias.

Essa importante medida certamente poderia pôr ordem na esculhambação permitida por ele, que não teve a mínima sensibilidade para perceber que a sua irresponsável omissão poderia levar aos absurdos e aos desgovernos da atualidade.

É importante ficar bastante claro que a dominação da criminalidade não chega a ser nenhuma novidade em se tratando do atual governo, porque todos já sabiam da verdadeira índole dele de associação às quadrilhas criminosas, que certamente ainda vão protagonizar horrorosas atividades delituosas, consideradas absolutamente normais, para os padrões do atual governo.

Agora, é preciso que as pessoas tenham a hombridade cívica de reconhecer que a intervenção militar poderia ter evitado o principal, consistente na entrega do poder ao governo da desordem, da criminalidade e da desorganização, à vista, em especial, da banalização da criminalidade, como mostra o vídeo em apreço.

Por fim, preciso dizer que voltei a analisar os fatos do cotidiano, também nesta página, porque entendi que eu estaria agredindo a liberdade de expressão ficando calado diante de assuntos que são de domínio de todos os brasileiros, não importando, nesse caso, se as pessoas vão gostar ou não, porque isso diz com o foro íntimo de cada pessoa.

Pouco ou nada eu vou me importar com o que as pessoas analisam ou comentam os fatos da vida, porque acho que é direito inerente à liberdade de expressão a manifestação sobre todos os assuntos, conquanto caracteriza forma indelicada de quem fica censurando as pessoas, como se elas fossem donas da verdade absoluta.

Esclareço que a minha liberdade para comentar os fatos da vida depende exclusivamente do meu arbítrio, sem nenhuma preocupação de satisfazer ou desagradar ninguém, o que vale dizer que não faz sentido que alguém ouse sugerir que eu escreva sobre determinado assunto, porque eu escrevo o que me interessa e me satisfaz.

Convém que se respeitem a liberdade de pensamento e expressão, em forma de aperfeiçoamento e valorização dos princípios democráticos.

Brasília, em 25 de junho de 2023

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