sexta-feira, 7 de julho de 2023

Pobre povo?

 

Diante de crônica onde afirmei que parte da precariedade da política brasileira tem a contribuição do pobre povo, evidentemente em termos políticos, porque é ele que elege os representantes para defenderem seus interesses, uma pessoa de grupo de amigos escreveu a mensagem a seguir.

MELHOR dizendo: Se o povo é pobre é verdade, mas porque tem um Congresso inoperante e ainda um presidente do Senado  covarde e comprado por interesses inconfessáveis!  ESSES tais de congressistas não são representantes do POVO? O POVO votou nesses vagabundos de deputados e senadores, com exceção de alguns, para que?!   Que estão deixando o STF fazer deles uns marionetes, cadê a independência e prerrogativas desses tais de representantes do POVO?  Que estão deixando o tal de poder judiciário, cassar mandatos de parlamentares a bel prazer e não fazem nada?!  Estão numa inação e silêncio absoluto, como se não existissem diante dessa ditadura da TOGA?! Cadê os intelectuais e chamados juristas brasileiros, que não se pronunciam com bravura e conhecimentos de causa em favor da Nação?!   Estamos como num barco à deriva, politicamente falando!!! Eu quero é ver se no p.v. 7 de setembro as FFAA terão plateias para seus desfiles!  Só se forem de míseros esquerdistas!  Pois patriotas de verdade, garanto que não!!!

Em resposta, eu disse que a pobreza política do povo reflete diretamente nos seus representantes no Congresso Nacional, que é composto, com rara exceção, por homens públicos maculados, na vida pública, tendo o rabo preso no Judiciário, cuja dependência contribui para que ninguém se atreva a agir na forma prevista na Constituição, no sentido da fiscalização sobre a atuação regular dos poderes.

Isso é visível diante de muitos processos sobre investigações referentes a irregularidades que nunca têm andamento nem julgamento, ficando, assim, cada qual, quietinho em seu canto, por pura conveniência de interesses.

A quem reclamar sobre tamanha e gigantesca deplorabilidade funcional?

Sim, unicamente ao sistema eleitoral vigente, que permite as sucessivas e ilimitadas reeleições, mesmo de políticos sem a mínima personalidade e muito menos a existência de conduta nem caráter para o exercício de relevantes cargos públicos, conforme mostram os fatos históricos.

Quanto à participação dos juristas e intelectuais contra a anarquia prevalente na administração do Brasil, a única explicação plausível para tanto são as marcas do desamor ao país e do antipatriotismo, que ainda não prejudicaram diretamente os interesses deles.

Enfim, de nada adianta reclamar sobre o status quo, porque isso se ajusta ao ditado popular, que diz que a árvore que nasce torta, certamente que há de morrer também torta.

Infelizmente que não se pode esperar dias melhores para os brasileiros, quando a maioria do povo prefere o quanto pior, melhor para o seu gáudio, conforme a escolha, nas últimas eleições, do pior político para presidir o Brasil.

Pobre povo, em termos políticos, e mais pobre ainda é o Brasil, infelizmente, em termos administrativos, diante da impossibilidade do vislumbre de perspectivas de melhoria das atividades políticas.

Brasília, em 7 de julho de 2023

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