Conforme vídeo que circula nas redes
sociais, uma mulher faz entrevista querendo saber a opinião de outra mulher,
que responde sob o tom da maior indiferença, afirmando sobre a inexistência desse
movimento na periferia, precisamente pela ausência de quem lidera as mobilizações
quando precisam reivindicar direitos que somente são visados os interesses da
elite.
Com todo respeito às mentalidade,
filosofia e ideologia próprias do mundo das mulheres, por mais relevantes que
elas sejam e tenham por finalidade alguma forma de consecução de objetivos
voltados para a sua classe ou ao seu segmento, sempre achei muito estranho esse
tal de movimento feminista, que parte do princípio de que as mulheres são
discriminadas, maltratadas e segregadas, como eternas vítimas por parte de tudo
e todos.
Sim, isso é forma direta de se
acusar sobre a existência de sistema discriminador, maltratador e
discriminador, só que a campanha é feita de maneira genética e absolutamente
injusta, por não se apontar um causador senão a própria sociedade, que não pode
ser responsável pelas imperfeições do mundo e nem todo mundo se enquadra nesses
condenáveis atributos da maldade.
A meu juízo, seria razoavelmente
justo que se fizesse movimento por causa do bem e com objetivo definido,
indicando sobre o que o feminismo precisa conquistar e que seus fins possam ser
aproveitados para todas as mulheres, não importando a rica, a pobre, a preta, a
branca, a da periferia, a do centro.
Ou seja, deve ser incluído, nos
trabalhos do feminismo, os direitos das mulheres, não se discriminando nada,
nem as condições sociais ou econômicas, mas sim levando-se em conta o resultado
da causa pretendida para o benefício das mulheres em geral.
É estranho que, via de regra, as
mulheres realizadas socialmente nunca fazem acompanha de cunho feminino e nem
os homens fazem movimento masculino, o que pode sinalizar que o feminismo
indica forte tendência de exclusão seletiva, notadamente porque o feminismo é
tendência muito elitista e discriminatória, por ela não abranger todas as
mulheres, em especial as pobres e as moradoras da periferia e das favelas,
denotando forte discriminação, quando se fala em feminismo, que age apenas de
forma parcial, conforme mostram os fatos.
Essa assertiva ajuda a desmontar
a sua ideia de defesa dos direitos das mulheres, quando, na verdade, se trata
do direito de parte delas.
No caso específico, a mulher
entrevistada foi precisa na avaliação desse movimento, ao dizer que ele e nada
tem o mesmo efeito para ela e as mulheres da periferia, exatamente porque as
mulheres pobres e moradoras fora do centro não se beneficiam em nada dos
olhares reivindicatórios do feminismo.
Ou seja, as mulheres pobres da
periferia nem chegam a saber qual seja o verdadeiro objetivo pretendido por
esse movimento, que beneficia apenas a elite.
Enfim, é possível se concluir que
o feminismo é movimento muito bonito como ideia, mas, na prática, ele não passa
de verdadeira utopia, por haver clara discriminação, quando ele só agrega
parcela das mulheres, conforme foi muito bem esclarecido e com bastante
propriedade, pela mulher entrevistada, que conseguiu dizer a verdade para a
entrevistadora, que ficou sem argumentos.
Brasília, em 15 de julho de 2023
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