sábado, 15 de julho de 2023

O feminismo

 

Conforme vídeo que circula nas redes sociais, uma mulher faz entrevista querendo saber a opinião de outra mulher, que responde sob o tom da maior indiferença, afirmando sobre a inexistência desse movimento na periferia, precisamente pela ausência de quem lidera as mobilizações quando precisam reivindicar direitos que somente são visados os interesses da elite.

Com todo respeito às mentalidade, filosofia e ideologia próprias do mundo das mulheres, por mais relevantes que elas sejam e tenham por finalidade alguma forma de consecução de objetivos voltados para a sua classe ou ao seu segmento, sempre achei muito estranho esse tal de movimento feminista, que parte do princípio de que as mulheres são discriminadas, maltratadas e segregadas, como eternas vítimas por parte de tudo e todos.

Sim, isso é forma direta de se acusar sobre a existência de sistema discriminador, maltratador e discriminador, só que a campanha é feita de maneira genética e absolutamente injusta, por não se apontar um causador senão a própria sociedade, que não pode ser responsável pelas imperfeições do mundo e nem todo mundo se enquadra nesses condenáveis atributos da maldade.

A meu juízo, seria razoavelmente justo que se fizesse movimento por causa do bem e com objetivo definido, indicando sobre o que o feminismo precisa conquistar e que seus fins possam ser aproveitados para todas as mulheres, não importando a rica, a pobre, a preta, a branca, a da periferia, a do centro.

Ou seja, deve ser incluído, nos trabalhos do feminismo, os direitos das mulheres, não se discriminando nada, nem as condições sociais ou econômicas, mas sim levando-se em conta o resultado da causa pretendida para o benefício das mulheres em geral.

É estranho que, via de regra, as mulheres realizadas socialmente nunca fazem acompanha de cunho feminino e nem os homens fazem movimento masculino, o que pode sinalizar que o feminismo indica forte tendência de exclusão seletiva, notadamente porque o feminismo é tendência muito elitista e discriminatória, por ela não abranger todas as mulheres, em especial as pobres e as moradoras da periferia e das favelas, denotando forte discriminação, quando se fala em feminismo, que age apenas de forma parcial, conforme mostram os fatos.

Essa assertiva ajuda a desmontar a sua ideia de defesa dos direitos das mulheres, quando, na verdade, se trata do direito de parte delas.

No caso específico, a mulher entrevistada foi precisa na avaliação desse movimento, ao dizer que ele e nada tem o mesmo efeito para ela e as mulheres da periferia, exatamente porque as mulheres pobres e moradoras fora do centro não se beneficiam em nada dos olhares reivindicatórios do feminismo.

Ou seja, as mulheres pobres da periferia nem chegam a saber qual seja o verdadeiro objetivo pretendido por esse movimento, que beneficia apenas a elite.

Enfim, é possível se concluir que o feminismo é movimento muito bonito como ideia, mas, na prática, ele não passa de verdadeira utopia, por haver clara discriminação, quando ele só agrega parcela das mulheres, conforme foi muito bem esclarecido e com bastante propriedade, pela mulher entrevistada, que conseguiu dizer a verdade para a entrevistadora, que ficou sem argumentos.

Brasília, em 15 de julho de 2023

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