quarta-feira, 12 de julho de 2023

É, mas ele queria...

 

Diante de crônica em que eu analisei o desempenho do último ex-presidente do país, em especial sob o enfoque referente aos danos causados ao Brasil e aos brasileiros, em razão da omissão dele de não ter decretado a intervenção militar, um amigo de grupo na internet disse que ele a tentou, tendo feito os planejamentos, mas, em cima da hora, ele foi traído por oficiais generais, tendo recebido o único apoio do comandante da Marinha, em evidente caso de traição e ainda ele quase teria sido preso, porque havia o complô para a prisão dele.

Em resposta, eu disse que seria ingenuidade da minha parte se eu dissesse que respeitava a opinião do amigo, uma vez que, na avaliação dele, houve traição ao presidente do país, sob ameaça de prendê-lo, se ele implantasse a intervenção militar, para a correção de abusos de autoridade e outras gravíssimas anormalidades, na administração pública brasileira.

No meu entendimento, isso não passa de suposição psicodélica, porque não houve, até agora, nem confirmação nem negação sobre tal versão que, em princípio, serve apenas para justificar, de forma absurda, gigantesca covardia jamais protagonizada por um estadista brasileiro, pelo menos, que se tenha conhecimento na história política do país, por ter deixado de adotar importante medida que poderia ter salvado o Brasil da desgraçada gestão esquerdista, de tantos infortúnios já causada aos país e aos brasileiros.

Os brasileiros, cônscios do sentimento democrático, precisam ter consciência de que competia, nas circunstâncias, privativamente ao presidente da República a decretação da aludida medida excepcional, independentemente da vontade ou não de oficiais generais, que eram subordinados dele, o que vale se afirmar que os militares recebiam ordens do mandatário e não o contrário, com base nessa ideia estapafúrdia de ameaças e outros absurdos do gênero.

Isso fica claro, sem qualquer esforço, que um presidente do país com o mínimo de capacidade e competência anunciaria a implantação da mencionada medida e pronto, evidentemente determinando o seu imediato cumprimento pelas Forças Armadas, com base na Constituição, ex-vi do disposto no seu artigo 142, como forma de garantia da lei e da ordem.

Por via de consequência, os oficiais generais que estivessem em desacordo com a medida presidencial e tentassem impedir a sua execução seriam imediata e instantaneamente exonerados dos respectivos cargos e concomitantemente substituídos por outros que estivessem de acordo com a medida presidencial.

Como consequência natural, quem discordasse do cumprimento da ordem presidencial estaria contrariando o sentimento da nação e sujeito ao enquadramento no crime de insubordinação, suscetível à prisão, também era medida de competência privativa do mandatário do país, que tinha poderes soberanos, na forma constitucional, o que vale dizer que ele não precisava dar satisfação aos demais poderes da República e muito menos aos oficiais generais seus subordinados.

A verdade, queiram ou não, é que o presidente do país de então passa para a história republicana como o estadista mais indeciso, medroso e incompetente de todos os tempos, caso essa estapafúrdia versão sobre traição de oficiais generais seja realmente confirmada, posto que isso tem o condão de mostrar que, em contrariedade à ordem natural, um presidente do Brasil deixou de salvar o país das garras da demoníaca esquerda, quando poderia fazê-lo por meio de medida heroica, privativa da sua competência constitucional, em razão de ter recebido, pasmem, ameaças de subordinados dele, como prisão, caso ele decretasse a intervenção militar.

A desgraça impingida atualmente aos brasileiros, por conta do desgoverno e abusos de autoridade, certamente que precisa ser atribuída à insensibilidade e à incompetência na gestão pública, na certeza de que nada disso estaria acontecendo se tivesse havido sensatez, racionalidade, competência, zelo e responsabilidade na condução dos interesses do Brasil e dos brasileiros.

Brasília, em 12 de julho de 2023

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