A minha índole de brasileiro sempre foi de muita moderação e tolerância, mesmo diante dos piores abusos de autoridade que vêm extrapolando os limites da competência constitucional, evidentemente na esperança de que a situação ficasse fora do controle da razoabilidade, mas somente até determinado parâmetro de aceitação em que o próprio sistema tivesse inteligência suficiente para o autoreconhecimento de que teria ido absurdamente muito além da tolerância suportável pelos brasileiros de bem.
Acontece
que os fatos recorrentes mostram que os abusos somente se intensificam e
menosprezam acintosamente a capacidade de tolerância e inteligência dos
brasileiros, que são considerados absolutamente impotentes para reação às
decisões fundamentadas em construções estritamente em harmonia com a ideologia
doutrinária da esquerda prevalente, de modo a satisfazer somente aos seus
propósitos de dominação e doutrinação aos seu estilo das classes política e
social.
Diante
desse quadro cinéreo e extremamente desolador, que não se vislumbra senão a
única alternativa de não mais haver complacência com a destruição dos
princípios democráticos, que foram desmoralizados e pisoteados, na sua
plenitude, há bastante tempo, em visível desprezo aos salutares princípios
civilizatórios.
Diante
desse quadro de horrores da história político-administrativo brasileira, é
preciso que os verdadeiros brasileiros reajam com firmeza, em demonstração da
autoridade suprema corte em defesa da grandeza e dos valores nacionais.
É
preciso que haja urgente ultimato no sentido de que a era truculenta dos abusos
de autoridade seja declarada definitivamente encerrada, de modo que, a partir
de agora, os brasileiros honrados e dignos exijam a imediata restauração, por
meio da completa revisão, ato por ato, de todas as medidas consideradas
contrárias aos princípios democráticos, compreendendo, entre outras, a
transparência das últimas eleições, com a permissão do acesso aos
“códigos-fontes” e à operacionalização do sistema eleitoral brasileiro, o
encerramento do inquérito do fim do mundo e de todas as decisões consideradas
revanchistas e contrárias aos princípios democráticos e republicanos, sob pena
de tudo isso ser feito por iniciativa do próprio povo, que declara o
encerramento definitivo do truculento e insuportável sistema das trevas.
O
certo é que não se compreende, por não ser da essência da tolerância dos
princípios de civilidade, se falar em exercício do Estado Democrático de
Direito, quando isso se pratica apenas no sentido figurado, uma vez que, em
nome dele, vêm-se mudando os rumos da história brasileira, com a adoção de atos
e decisões anômalos à normalidade republicana, com a imposição de medidas
inconstitucionais e abusivas aos direitos humanos e às liberdades individuais,
próprias de situações totalitárias.
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