Conforme vídeo que circula nas
redes sociais, o último ex-presidente do país mostrou muito descontentamento
com a posição do governador de São Paulo, por ele ter declarado apoio e ainda trabalhado
em prol ao projeto de reforma tributária, de iniciativa do governo, que
terminou sendo aprovado pela Câmara dos Deputados.
O último ex-presidente do país
ficou visivelmente irritado com o governador de São Paulo, por ele ter atuado,
de maneira fundamental, para a aprovação da Reforma Tributária, tendo inclusive
convencido outros governadores que eram contra a Proposta de Emenda à Constituição.
No momento que ele defendia a
referida reforma, em reunião do partido do ex-presidente, o governador foi
hostilizado e vaiado, em sinal de protesto, justamente por haver a compreensão
sobre a quebra de fidelidade entre ambos, que era considerada inquebrantável,
até então, uma vez que havia o entendimento de que o governador foi eleito
graças ao forte apoio do ex-presidente, que se tornou seu padrinho político.
A verdade é que a relação entre
os dois políticos se tornou bastante estremecida e isso ficou bem nítido, no
encontro entre eles, na referida reunião.
O ex-presidente chegou a alegar, in
verbis: “Quem era Tarcísio? O Tarcísio não queria ser candidato. Eu o convenci
com um argumento (…)”.
O certo é que a reforma em apreço
foi aprovada, com o importante apoio do governador de São Paulo, que trabalhou
em intensa articulação junto a outros governadores e a congressistas, fato este
que contribuiu em importância para desgastar o bom relacionamento entre ele e o
ex-presidente do país.
Nesse imbróglio, os bolsonaristas
mais próximos ao ex-presidente acusam o governador de São Paulo de traição,
diante do seu desempenho contrário à orientação do líder, que trabalhou para
que a reforma não fosse aprovada.
É muito difícil para se afirmar
quanto ao sentimento de traição ao padrinho político, em especial porque é
preciso se analisar a questão não exatamente sob somente o ângulo político,
que, neste caso, não restaria qualquer dúvida de que se configuraria a clássica
traição.
Não obstante, a questionada
reforma tem importantes matérias de interesse do Estado de São Paulo, sendo
justo, em princípio, que o seu governador se colocasse ao lado do governo
federal, inclusive fazendo articulação nesse sentido.
Nesse caso, seria interessante
que o governador explicasse para o ex-presidente e os seguidores dele os pontos
positivos e negativos da reforma, mostrando as vantagens que serviram de
motivação para que ele se empenhasse ao extremo, a ponto de contrariar a orientação
do seu padrinho político.
É muito importante que os fatos
sejam devidamente esclarecidos, de forma minuciosa e precisa, para que as
arestas sejam polidas com auxílio dos argumentos da verdade, para o bem de
todos e principalmente do Brasil.
Brasília, em 22 de julho de 2023
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