Em
vídeo que circula nas redes sociais, um senador se manifesta pela moralização das
despesas públicas, em especial no que se refere aquelas relacionadas com a
hospedagem do presidente do país, ante a informação de que duas diárias de
hotel, em Paris, atingiu a fortuna, pasmem, da “bagatela” de setecentos e vinte
e oito mil reais.
Sem
a menor margem de dúvida, trata-se de despesa descomunal, que extrapola o bom
senso e a racionalidade como gasto público que caracteriza exagerada e atrevida
inobservância aos comezinhos princípios orçamentários.
Diante
de claro exagero orçamentário, isso exigiria explicação e justificativas para a
sociedade, caso o Brasil fosse um país com o mínimo de seriedade e tivesse
algum respeito aos contribuintes, que são penalizados pela manutenção de uma
das maiores cargas tributárias do mundo, para que possa haver tamanho
desperdício, ao meio de nenhuma responsabilização por incrível desvio de conduto
com o dinheiro público.
Caro
senador, é evidente que os verdadeiros brasileiros estão plenamente de acordo
com as suas acertadas análises e críticas à luxúria do presidente do país, com
esses inadmissíveis disparate e abuso de gastos com hospedagem, em evidente esbanjamento
nas escolhas das acomodações dos hotéis de qualidade extremamente sofisticada e
completamente em dissonância com as dificuldades socioeconômicas dos
brasileiros, o que se recomendaria, ao contrário, prudência e economicidade
compatíveis com a situação de penúria de expressiva parte da população.
Não
obstante, mesmo que seja extravagância passível de questionamento e condenação,
apenas assim, nada impede os exageros com a aplicação do dinheiro dos
contribuintes, exatamente porque esse comportamento do estadista, visivelmente
destoante da normalidade e da racionalidade, que se exigem dos homens públicos,
se compatibiliza com a sua índole de aderência ao desvio de recursos públicos,
à vista do seu notório histórico na vida pública.
Em
deplorável situação como essa, de total descontrole da racionalidade sobre os
gastos públicos, pouco ou nada importa ficar sugerindo formas de procedimentos
para se economizar o dinheiro do contribuinte, justamente diante da
liberalidade que existe, sem qualquer restrição legal, que se alia à
insensibilidade como homem público sem qualquer vocação para o zelo da coisa
pública.
Enfim,
os brasileiros honrados estão de acordo com a adoção de medida moralizadora, conforme
sugerido pelo senador, que poderia, desde logo, ter sido apresentada pelo nobre
congressista, que nem precisava tanto esforço para mostrar a sua indignação,
que é também à mesma dos verdadeiros brasileiros.
Bastava
que o nobre senador apresentasse projeto pertinente, para a normatização do uso
de acomodações em hotelarias, no Brasil e no exterior, pelo mandatário
brasileiro e pela comitiva dele.
Isso
mostra forma de competência e efetividade que os eleitores de seus
representantes políticos esperam deles, sem necessidade de nenhuma crítica,
porque a ação tem a necessária eficácia pretendida pelos eleitores.
Na
verdade, os congressistas não precisam aparecer em público para fazer denúncias
cujo objeto pode ser saneado por meio de instrumentos legislativos que estão à
sua disposição.
Diante
do exposto, peço vênia ao competente e voluntarioso senador para sugerir que
ele providencie, o mais urgente possível, medida legislativa capaz e necessária
a pôr freios aos escândalos dos gastos com hospedagem do presidente do país e
da comitiva dele, de modo que seja possível o sublime respeito ao dinheiro dos
contribuintes, proibindo os exagerados dispêndios, sob forma de responsabilização
dos desviadores de conduta, na vida pública.
Brasília, em 17 de julho de 2023
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