Diante
de crônica da minha lavra, versando sobre o desempenho desastroso do último ex-presidente
do país, quando ele deixou de implantar a intervenção militar e permitiu a entrega
do poder para o desgoverno e o sistema antidemocrático, um amigo fez ponderação
na forma da mensagem a seguir.
“Se
queremos um Brasil livre temos que sair do nosso conforto e ir às ruas cobrar
de nossos congressistas uma atitude digna de um parlamentar, em especial, dos
presidentes de ambas as casas. É inútil protestar contra um ministro do STF nas
redes sociais. Quem tem o poder dele não abre mão. A única instituição que tem
o poder de frear os abusos cometidos é o Congresso Nacional e não o
fará sem a revolta explícita do povo brasileiro demonstrada nas ruas.”.
Em
resposta, eu disse que, em tese, o momento se revela extremamente preocupante,
à vista do atingimento do ápice da crise que castiga os direitos humanos, que é
severa e se mostra persistente e resiste a qualquer apelo de arrefecimento, de
modo a amainar a ação agressiva aos princípios democráticos e constitucionais.
Na
minha modesta compreensão, com base nas evidências hauridas dos últimos
acontecimentos, especialmente depois das eleições, em que as mobilizações populares
se intensificaram, em quantidade impressionante e inédita, no país, mas, na
verdade, elas não surtiram absolutamente nenhum efeito, em termos de motivação
para sensibilizar o sistema dominante e muito menos o Congresso Nacional, que
continuam impávidos na sua sanha devassadora e destrutiva da solidez
democrática, de forma ativa ou passiva, conforme a atividade de cara um deles.
Diante
dessa cristalina evidência, percebe-se, facilmente, que é preciso a urgente
busca de forma diferente de medidas para a efetivação da pretendida solução
para questão tão complexa, na certeza de que a simples mobilização de pessoas,
não importando onde for realizada, tem apenas o condão de tentar fazer boi
dormir.
Ou
seja, mesmo com o enorme sacrifício no sentido das mobilização do povo certamente
que não servirá para coisa alguma, como remédio necessário e providencial
pretendido.
Diante
do gravíssimo momento histórico político-institucional, vivido no Brasil, somente
medidas efetivas e eficazes são capazes para se tentar reverter a situação que
é extremamente grave, porque as arbitrariedades fugiram, há algum tempo, do
controle e apenas reclamar nas ruas tem o mesmo efeito do nada, diante da sua
ineficácia perante o poderio das autoridades imbuídas de manter o status quo
exatamente à feição do sistema dominante.
Brasília, em 19 de julho de 2023
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