sábado, 8 de julho de 2023

Campanha fechado com...

 

Recebi de amigo vídeo com a fotografia do último ex-presidente do país, com a mensagem encimada dela, com a seguinte inscrição: “Campanha ‘Fechado com Bolsonaro”.

Diante dessa mensagem, eu disse que teria votado nesse cidadão, porque ele era um pouquinho melhor do que o adversário que o derrotou, mas ele é igualmente aproveitador do dinheiro público e corrupto.

Se ele fosse honesto, jamais teria se alinhado com o famigerado Centrão, nefasto grupo fisiológico, aproveitador de recursos públicos, por meio de cargos públicos e emendas parlamentares.

O ex-presidente colocou o Centrão no seu governo por medo de ser impichado, quando havia ameaças de  processo nesse sentido, na Câmara dos Deputados, e ele foi obrigado a colocar esse recriminável grupo político no “colo” do Palácio do Planalto.

Não se pode esquecer que o deplorável orçamento secreto, cujas verbas, sabidamente, têm por finalidade a compra da consciência de congressistas, foi criado pelo Centrão, precisamente no governo desse político, o que demonstra o seu caráter oblíquo aos princípios da honestidade e da moralidade.

Basta dizer que ele se filiou ao principal partido do Centrão, para confirmar a sua índole de aderente à sebosa “velha política”, que ele condenava e abominava, apenas na primeira campanha presidencial.

Impende esclarecer que a conotação de corrupto, na administração pública, não é somente quando o agente administrativo é apanhado com a boca na botija, mas também quando ele deixa de observar os princípios da lisura e da legalidade na aplicação dos recursos públicos, por conta da sua boa e regular destinação, que não são os casos de nomeação de cargos públicos, por força de acordo notoriamente espúrio, que também é o caso da liberação de verbas, por meio de emendas, para a compra de parlamentares.

Nesse caso, existe o agravante de que a ida do desgraçado Centrão para se juntar ao governo não tem qualquer vínculo com o interesse público, mas sim para acudir situação específica de blindagem do ex-presidente contra possíveis processos de impeachment, na Câmara dos Deputados.

Ou seja, o ex-mandatário fez uso indevido de verbas públicas para atender situação de interesse particular dele e isso caracteriza irregularidade classificada como corrupção, que é o desvio de recursos públicos para finalidades estranhas ao interesse público.  

Por fim, ele deixou de decretar a imprescindível intervenção militar, que se destinava a garantir a lei e a ordem, que seria medida constitucional e providencial com enorme possibilidade para se tentar salvar o Brasil das garras dos políticos aderentes aos esquemas criminosos e corruptos, a despeito das várias suspeitas de irregularidades na operacionalização das urnas eletrônicas.

Além de também haver a possibilidade de se apurar casos de abusos de autoridade, quanto à adoção de atos e decisões inconstitucionais e contrárias aos direitos humanos e às liberdades individuais e democráticas.

Enfim, trata-se de ex-mandatário que não teve a sensibilidade nem a sensatez para perceber que a sua gravíssima omissão propiciou o retorno da nefasta esquerda ao poder, cuja desídia caracteriza crime de lesa-pátria, ante às consequências desastrosas e prejudiciais aos interesses do Brasil e dos brasileiros.

Trata-se de político que deve ser considerado “persona nom grata”, por sua omissão que evidencia atitude antidemocrática e desamor ao Brasil, em que pesem os seus dizeres segundo os quais “O Brasil acima de tudo e …”.

Isso contraria a realidade dos acontecimentos verificados nos final do seu governo, quando se trancou em absoluto silêncio, nos seus aposentos presidenciais, não tendo sequer atenção aos apelos feitos por seus seguidores, que imploravam pela intervenção militar.

À toda evidência, pouco importam os melhores empenhos e desempenhos do ex-presidente durante o seu governo, porque ele foi jogado para o espaço a partir da sua aliança política com o deplorável Centrão e a omissão quanto à falta da implantação da intervenção militar, quando esta teria sido essencial à moralização do Brasil.

Brasília, em 8 de julho de 2023

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