domingo, 16 de julho de 2023

Arbitrariedades

 

De acordo com vídeo divulgado nas redes sociais, uma senhora descreve um pouco do seu drama, a partir do momento de ter sido presa junto com pessoas que participaram do movimento de 8 de janeiro, tendo afirmado que sequer esteve em Brasília, nesse dia, pois se encontrava na estrada, em viagem vindo de ônibus, mas, mesmo assim, ela foi presa, processada e deverá ser julgada por crime que nem sabe o seu real significado.

Com absoluta honestidade de sentimento, fico com o coração muito triste quando assisto depoimentos bastantes lamentáveis como o dessa senhora, verdadeira patriota, mesmo sem sequer ter participado dos atos de vandalismo, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, mas, mesmo assim, nada disso importa para o deplorável sistema dominante, porque ela foi presa injustamente pelo que não fez e processada criminalmente, depois de ter sido subjugada, por longo tempo, às piores maldades inerentes à vida de presas brasileiras.

Na minha modesta concepção, nada disso teria acontecido, por certo, se tivesse sido decretada a intervenção militar, no final do último governo, que era objeto necessário reivindicado por pessoas honradas e dignas, que se mobilizaram nesse sentido, nas frentes dos quartéis do Exército, mas sequer foram seus apelos foram ouvidos pelo então presidente do país e pelas Forças Armadas.

Esse importantíssimo ato teria por finalidade, básica e preferencialmente, a fiscalização sobre a operacionalização das urnas eletrônicas, a despeito de inúmeras denúncias sobre possíveis irregularidades, que não foram reconhecidas pelo principal órgão eleitoral e ficou tudo por isso mesmo, quando, ao menos, haveria possibilidade constitucional de checagem sobre as últimas votações brasileiras, com a mediação de militares, de forma legal.

Agora, à vista dessa situação calamitosa, que corrói até a alma dos brasileiros, ainda há pessoas que ficam aplaudindo e venerando político que tinha competência constitucional, privativa, nas circunstâncias, para garantir a lei e a ordem, nos termos do artigo 142 da Constituição, mesmo que ele sabendo das consequências drásticas por decorrência da sua gravíssima omissão de ter deixado de salvar o Brasil dos pesadelo e infortúnio que se instalaram na administração do país.

É possível que a força arrebatável da deplorável ideologia política seja capaz de fazer com que essas pessoas insensatas tenham o congelamento de suas mentes, para, simplesmente, não compreenderem a realidade dos fatos, no sentido de que a causa de todas as desgraças havidas depois das últimas eleições são consequências da falta de medidas saneadoras que poderiam ter sido adotadas por quem presidia o Brasil, na época?

Que país é este que as pessoas simplesmente ficam iludidas e anestesiadas por meras ideologias políticas, ignorando os acontecimentos históricos, que são capazes de colocar os valores e os sentimentos patrióticos aquém da sua verdadeira grandeza?

É preciso que o povo tenha força política, mas que ela seja empregada para a construção do bem, não permitindo que situação tão degradante do ser humano ocorra, como nesse caso vivenciado por essa senhora, mas, havendo, como de fato aconteceu, que o povo tenha a dignidade para agir à altura do que for necessária para exigir o imediato saneamento das incorreções e imperfeições, tanto quanto por parte de quem tenha envolvimento nas suas causas.

Brasília, em 16 de julho de 2023

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