domingo, 30 de julho de 2023

Aplausos?

 

Em vídeo que circula nas redes sociais são mostradas pessoas fazendo entusiástica recepção ao último ex-presidente, em muita demonstração de caloroso apreço à pessoa dele.

Esse fanatismo por político parece inacreditável, mas absolutamente compreensível, nas circunstâncias, à medida que se diz que o povo tem o representante político que merece.

Ou seja, tal político, tal povo, que, no caso, ambos estão no mesma barco à deriva, sem a mínima esperança de salvação para ninguém, diante da visível impossibilidade de iniciativa capaz de se vislumbrar o porto seguro, a curto prazo, porque ele foi deixado, recentemente, para atrás, de forma leviana, insensata e irresponsável.

Enfim, esse político poderia ter feito algo verdadeiramente notável em benefício dos brasileiros honrados, salvando o Brasil dos infortúnios avassaladores da desorganização, da incompetência e da desonestidade, que era apenas ter evitado a volta da maldita e da insensata esquerda ao poder, opondo resistência sob a sua incumbência constitucional, como visto.

Bastava ter providenciado, entre outras medidas, a necessária fiscalização das urnas eletrônicas, à vista das várias suspeitas sobre irregularidades na operacionalização do sistema eleitoral brasileiro, que certamente as fraudes seriam confirmadas, ante a fragilidade e a inconsistência dele, medida essa que, por certo, possibilitaria a anulação das eleições e a marcação de novo pleito eleitoral, além da limpeza de muitas das desgraças impingidas ao Brasil e da prisão dos antibrasileiros falsários e criminosos.

A medida salvadora do Brasil das mãos dos políticos e do sistema decompostos poderia ter sido adotada para garantir a lei e a ordem, com base no artigo 142 da Constituição, tendo como argumento principal que o órgão máximo da Justiça eleitoral havia negado acesso ao “código-fonte” das urnas eletrônicas e isso teria contrariado a fundamental norma referente à transparência insculpida no artigo 37 da Lei Maior do país.

Ou seja, diante dos gigantescos danos que essa omissão causou aos brasileiros de bem, esse cidadão precisa ser tratado exatamente com o mesmo sentimento que ele dispensou ao povo honrado e especialmente às pessoas que ficaram expostas ao relento, nas frentes dos quartéis do Exército, implorando por socorro das Forças Armadas e dele, que seria possível por meio da intervenção militar, de competência do então presidente do país.

Como se viu, a insensibilidade dele foi de tal forma a de dar as costas para os brasileiros dignos, em injustificável e sepulcral silêncio, que certamente satisfazia apenas aos seus propósitos políticos, em visível detrimento dos interesses nacionais.

É lamentável que o povo seja completamente insensível à realidade sobre os fatos e permita que político desse quilate ainda tenha o merecimento que jamais deveria ter, como nessa recepção, como se ele fosse realmente herói nacional, quando ele deve ser tratado da mesma forma da consideração que ele dispensou aos verdadeiros brasileiros, na melhor forma do desprezo e do abandono políticos.

Brasília, em 30 de julho de 2023

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