quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

A predominância do caos

Para variar, em termos de notícias, dificilmente vem alguma da Venezuela que traga algo bom e louvável, porque aquele país cada vez mais mergulha nas profundezas das gravíssimas crises moral, econômica, social, política e administrativa, fortalecidas pela incompetência do governo oriundo do famigerado regime chavista, que vem conduzindo seu povo para o trágico abismo da escuridão, de difícil retorno.
Desta feita se denuncia a triste rotina sobre a falência do sistema de saúde pública, em cujo contexto se insere o alarmante crescimento das mortes de crianças, especialmente em razão da fome crônica e chocante.
Essa triste e cruel realidade verificada naquele país não tem sido capaz de sensibilizar o seu presidente ditador e seu assessoramento, que assistem impassíveis a predominância do caos e das mazelas, mas demonstram preocupação apenas com as medidas relacionadas com a perenidade no poder.
O jornal The New York Times descreve, em reportagem, minuciosa situação gravíssima e preocupante da saúde na Venezuela, com levantamentos realizados, nos últimos cinco meses, junto a 21 hospitais públicos de 17 Estados, tendo sido ouvidos médicos e funcionários que descrevem salas de emergência cheias de crianças com desnutrição grave.
O presidente da Sociedade Venezuelana de Pediatria comparou a terrível situação da saúde a quadro semelhante ao dos campos de refugiados, onde “pais de famílias de baixa renda deixam de comer para dar aos filhos a pouca alimentação que conseguem, muitas vezes vasculhando latas de lixo, em meio à penúria que só poupa os privilegiados militantes do chavismo, que têm prioridade na distribuição dos cartões de racionamento.”.
Ele disse que “O resultado desse quadro desolador – em que crianças chegam aos hospitais com o mesmo peso de recém-nascidos, segundo depoimentos de médicos – está expresso nas estatísticas macabras que o Ministério da Saúde deixou escapar, apesar da vigilância do governo, que em represália demitiu a ministra, Antonieta Caporale. Em 2016, morreram 11.446 crianças com menos de 1 ano de idade, um aumento de 30% em um ano. No último ano, foram registrados 2,8 mil casos de desnutrição infantil. Dessas crianças, morreram 400. A taxa de mortalidade de crianças com menos de quatro semanas aumentou 100 vezes entre 2012 e 2015. Um número crescente de mulheres procura clínicas que fazem esterilização para evitar dar à luz bebês que não podem alimentar.”.
A catástrofe humanitária é o resultado perverso e maléfico das políticas selvagens impostas pela rígida e cruel ditadura, que se expõe em degeneração com maior intensidade cada vez mais escancarada e impulsiva, levando o povo ao estado de calamidade e sofrimento, em especial com a falta de alimentos e medicamentos.
Como se vê, infelizmente, o “socialismo do século 21” prometido, em delírio, pela Revolução Bolivariana do ex-presidente mentor dessa desgraça, como fórmula capaz de promover o progresso do povo, pela promoção da igualdade social, não passa de engodo que levou a população ao suicídio coletivo, ante as dificuldades sociais que se ampliaram e se multiplicaram e nem mesmo o governo sabe como contornar a tragédia que se abate sobre os venezuelanos.
Apesar dos pesares, tamanha crise humanitária não tem sido capaz de sensibilizar a consciência dos esquerdistas tupiniquins, que continuam a todo vapor defendendo a “democracia” venezuelana, merecendo os aplausos pela truculência, incompetência e precariedade do governo socialista daquele país, que, a par de impor o regime totalitário, com a plena privação dos direitos humanos e dos princípios democráticos, ainda sobrevive diante da robusta escassez de alimentos e remédios, cuja consequência tem sido o empobrecimento generalizada e a disseminação da fome e de doenças, que atingem com maior intensidade as crianças e as pessoas desamparadas e desassistidas.
O quadro de miserabilidade na Venezuela, que já atingiu o ápice da intolerância de admissibilidade, tende a piorar, em razão da continuidade do governo déspota, desumano e insensível ao drama pelo qual se encontra mergulhado o país,  que não acena para mínima mudança de atitude de seu governante, que é absolutamente impassível às terríveis crises que martirizam o povo, com destaque para a economia, cuja precariedade se esparge para a saúde, o abastecimento alimentício e de medicamentos, propiciando graves consequências para a sobrevivência da população.
À toda evidência, as crises vivenciadas pela Venezuela, com a população submetida ao martírio do inferno na Terra e os sistemas do Estado absolutamente mergulhados em terríveis precariedades, praticamente respirando mediante aparelhos sem condições de manutenção, a par de permanente ameaça de repressão cada vez mais violenta contra os que ousarem contestar o regime, não se pode esperar nada de bom e auspicioso da Venezuela, à vista da terrível enrascada que o chavismo submeteu seu pobre povo.
Em termos de prudência, é conveniente que os brasileiros se conscientizem sobre as atividades dos partidos tupiniquins de esquerda, que defendem exatamente a governabilidade nos moldes da Venezuela, para que impere no Brasil o famigerado totalitarismo bolivariano, a privação dos direitos humanos e dos princípios democráticos, permitindo-se que a individualidade do cidadão seja absolutamente suprimida, que as pessoas e crianças morram à mingua, de fome, desnutrição e doenças epidêmicas, sem alimentos e remédios, além da convivência com a economia aos frangalhos, onde é preciso se importar tudo, porque o país não produz mais nada, com a infração superando os 2.000% e o caos já é generalizado, que é acompanhado pela potencialização das crises social, moral, política, econômica, administrativa, entre outras que apenas contribuem para obstaculizar o desenvolvimento socioeconômico. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 28 de dezembro de 2017

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