Para
variar, em termos de notícias, dificilmente vem alguma da Venezuela que traga algo
bom e louvável, porque aquele país cada vez mais mergulha nas profundezas das
gravíssimas crises moral, econômica, social, política e administrativa,
fortalecidas pela incompetência do governo oriundo do famigerado regime chavista,
que vem conduzindo seu povo para o trágico abismo da escuridão, de difícil
retorno.
Desta
feita se denuncia a triste rotina sobre a falência do sistema de saúde pública,
em cujo contexto se insere o alarmante crescimento das mortes de crianças,
especialmente em razão da fome crônica e chocante.
Essa
triste e cruel realidade verificada naquele país não tem sido capaz de
sensibilizar o seu presidente ditador e seu assessoramento, que assistem
impassíveis a predominância do caos e das mazelas, mas demonstram preocupação
apenas com as medidas relacionadas com a perenidade no poder.
O
jornal The New York Times descreve,
em reportagem, minuciosa situação gravíssima e preocupante da saúde na
Venezuela, com levantamentos realizados, nos últimos cinco meses, junto a 21
hospitais públicos de 17 Estados, tendo sido ouvidos médicos e funcionários que
descrevem salas de emergência cheias de crianças com desnutrição grave.
O
presidente da Sociedade Venezuelana de Pediatria comparou a terrível situação
da saúde a quadro semelhante ao dos campos de refugiados, onde “pais de famílias de baixa renda deixam de
comer para dar aos filhos a pouca alimentação que conseguem, muitas vezes
vasculhando latas de lixo, em meio à penúria que só poupa os privilegiados
militantes do chavismo, que têm prioridade na distribuição dos cartões de
racionamento.”.
Ele
disse que “O resultado desse quadro
desolador – em que crianças chegam aos hospitais com o mesmo peso de
recém-nascidos, segundo depoimentos de médicos – está expresso nas estatísticas
macabras que o Ministério da Saúde deixou escapar, apesar da vigilância do
governo, que em represália demitiu a ministra, Antonieta Caporale. Em 2016,
morreram 11.446 crianças com menos de 1 ano de idade, um aumento de 30% em um
ano. No último ano, foram registrados 2,8 mil casos de desnutrição infantil.
Dessas crianças, morreram 400. A taxa de mortalidade de crianças com menos de
quatro semanas aumentou 100 vezes entre 2012 e 2015. Um número crescente de
mulheres procura clínicas que fazem esterilização para evitar dar à luz bebês
que não podem alimentar.”.
A
catástrofe humanitária é o resultado perverso e maléfico das políticas selvagens
impostas pela rígida e cruel ditadura, que se expõe em degeneração com maior
intensidade cada vez mais escancarada e impulsiva, levando o povo ao estado de
calamidade e sofrimento, em especial com a falta de alimentos e medicamentos.
Como
se vê, infelizmente, o “socialismo do
século 21” prometido, em delírio, pela Revolução Bolivariana do
ex-presidente mentor dessa desgraça, como fórmula capaz de promover o progresso
do povo, pela promoção da igualdade social, não passa de engodo que levou a
população ao suicídio coletivo, ante as dificuldades sociais que se ampliaram e
se multiplicaram e nem mesmo o governo sabe como contornar a tragédia que se
abate sobre os venezuelanos.
Apesar
dos pesares, tamanha crise humanitária não tem sido capaz de sensibilizar a
consciência dos esquerdistas tupiniquins, que continuam a todo vapor defendendo
a “democracia” venezuelana, merecendo os aplausos pela truculência,
incompetência e precariedade do governo socialista daquele país, que, a par de
impor o regime totalitário, com a plena privação dos direitos humanos e dos
princípios democráticos, ainda sobrevive diante da robusta escassez de
alimentos e remédios, cuja consequência tem sido o empobrecimento generalizada
e a disseminação da fome e de doenças, que atingem com maior intensidade as
crianças e as pessoas desamparadas e desassistidas.
O
quadro de miserabilidade na Venezuela, que já atingiu o ápice da intolerância
de admissibilidade, tende a piorar, em razão da continuidade do governo
déspota, desumano e insensível ao drama pelo qual se encontra mergulhado o
país, que não acena para mínima mudança
de atitude de seu governante, que é absolutamente impassível às terríveis crises
que martirizam o povo, com destaque para a economia, cuja precariedade se
esparge para a saúde, o abastecimento alimentício e de medicamentos,
propiciando graves consequências para a sobrevivência da população.
À
toda evidência, as crises vivenciadas pela Venezuela, com a população submetida
ao martírio do inferno na Terra e os sistemas do Estado absolutamente
mergulhados em terríveis precariedades, praticamente respirando mediante
aparelhos sem condições de manutenção, a par de permanente ameaça de repressão
cada vez mais violenta contra os que ousarem contestar o regime, não se pode
esperar nada de bom e auspicioso da Venezuela, à vista da terrível enrascada
que o chavismo submeteu seu pobre povo.
Em
termos de prudência, é conveniente que os brasileiros se conscientizem sobre as
atividades dos partidos tupiniquins de esquerda, que defendem exatamente a
governabilidade nos moldes da Venezuela, para que impere no Brasil o famigerado
totalitarismo bolivariano, a privação dos direitos humanos e dos princípios
democráticos, permitindo-se que a individualidade do cidadão seja absolutamente
suprimida, que as pessoas e crianças morram à mingua, de fome, desnutrição e
doenças epidêmicas, sem alimentos e remédios, além da convivência com a economia
aos frangalhos, onde é preciso se importar tudo, porque o país não produz mais
nada, com a infração superando os 2.000% e o caos já é generalizado, que é
acompanhado pela potencialização das crises social, moral, política, econômica,
administrativa, entre outras que apenas contribuem para obstaculizar o
desenvolvimento socioeconômico. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 28 de dezembro de 2017
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