segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Meu melhor presente de Natal

Em princípio e basicamente, o Natal simboliza data especial para agradecimentos sobre as coisas alcançadas e a reflexão sobre a vida e o seu sentido cristão, porque é próprio dele que seja assim e praticamente todo esse sentimento se renova, em cada ano, de uma forma ou outra todos aspiram alcançar alguma graça divina, para que a vida prossiga contextualizada no padrão do renovado espírito natalino, principalmente na certeza de que o que se alcança na vida é exatamente aquele merecimento dado pelas graças e dádivas de Deus.
Essa reflexão inicial tem muito com o fato especial que acaba de acontecer de maravilhoso na minha vida e de toda minha família, neste ano, que foi a concessão do magnífico presente de Natal pelo reconhecimento da revista Encontro, de circulação nacional, como uma das dez pessoas de destaque do ano de 2017, em Brasília, de minha querida filha Aline Úrsula, pela liderança de seu belíssimo projeto sociocomunitário, desenvolvido no seu trabalho  de professora de Odontologia da Universidade de Brasília.
Trata-se realmente de prática voluntária e de grande valor em benefício de pessoas carentes, pelo fato de poder contribuir para a reparação de algum defeito físico causado por alguma doença cuja sequela não pode ser tratada por meio da tradicional cirurgia plástica, mas sim pelo uso de técnicas especiais e próprias do avançado e revolucionário conhecimento técnico-especializado da prótese odontológica, compreendendo próteses  faciais, de olhos, nariz, céu da boca, entre outras que se aproximam muito à realidade natural e cuidam de restabelecer a alegria das pessoas poderem viver em sociedade, livres de mazelas.
É muito importante que seja destacado o sentimento de extrema dedicação à causa trilhada por Aline, com muito amor e interesse profissional, por se interessar em cuidar, com exclusividade, de pessoas carentes dessa singular especialidade, porque somente ela, em Brasília, se dedica a trabalho especial e com o carinho e a devoção profissionais que jamais vi, praticamente a troco de muito pouco, apenas pelos altruísmo e amor à arte, às pessoas e à vida, em comparação ao que ela seria recompensada financeiramente se fosse cuidar do seu bem aparelhado consultório particular, que se encontra fechado há anos, o que lhe poderia render facilmente milhares de reais, mas o seu amor ao próximo foi eleito como o seu bem mais precioso valor da vida.
Como se trata de belíssima e especial matéria de reportagem, eu cuido de retratá-la com fidelidade na minha coluna da internet, para mostrar o meu mais puro sentimento de concordância com tudo o que foi escrito na revista, tendo o cuidado de acrescentar algo próprio do eterno pai coruja, porque o que foi dito ali é a verdadeira síntese de trabalho de puro amor ao próximo, que é feito com a paixão de quem se dedica diuturnamente ao bem comum, a par de contribuir para estimular seus seguidores igualmente à prática do bem servir à comunidade carente desse importante serviço ultraespecializado, tão importante para o ser humano.
A seguir, consta a reportagem da revista Encontro, edição de dezembro de 2017, sob o título “O ano em que elas brilharam”, que se encontra vazado ipsis litteris: “No ano marcado pela sombra da economia instável e das crises políticas, ainda é possível enxergar um saldo positivo. No berço da nação, não faltam nomes – nascidos ou criados em Brasília – que fazem questão de mudar o quadro do pessimismo. E em 2017 o destaque vem, especialmente, por parte delas. É a primeira vez que as mulheres reinam em supremacia na capa desta edição, já tradicional a cada fim de ano. São oito nomes femininos somados a dois masculinos. Eles aparecem na cultura e na música, lembrando que a capital federal sempre teve vocação para as boas melodias. Já elas vão da gestão pública até o esporte, passando pela moda, educação, saúde e empreendedorismo. Juntos, eles passam uma mensagem de otimismo e sopram vento de mudança para todo o Distrito Federal e, por que não, para o Brasil. (...) PARA TODO MUNDO SORRIR Ao desenvolver uma técnica de produção de próteses, dentista transforma a vida de pessoas carentes e já conseguiu devolver a autoestima a pacientes de diversos lugares do Brasil. Paloma Oliveto. Desde criança, ela queria fazer a diferença. Sonhava ser professora e estender a mão a quem precisasse. Primeiro, Aline Fernandes pensou em lecionar matemática e, assim, ajudar estudantes a superar dificuldades na disciplina. Acabou se enveredando por outro caminho, o da odontologia. Sorte dos pacientes que, por traumas ou doenças, sofreram deformações faciais e por muito tempo tiveram de conviver com uma aparência deformada. A ideia de se dedicar às próteses faciais começou ainda na graduação. Umas das disciplinas previstas no currículo do curso era a de reabilitação de pacientes mutilados. Contudo, por falta de professor, Aline teve de aprender sobre o tema sozinha. ‘Procurei mais informações, estava sempre buscando artigos, vivia em bibliotecas’, conta. No fim da graduação, conheceu um professor do campus de Araçatuba da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) que ministrava um curso sobre próteses. Ele ofereceu um estágio a Aline, que não pensou duas vezes. No centro de oncologia da Unesp, Aline teve a oportunidade de aprender na prática, além de preparar o projeto de pesquisa de mestrado e de doutorado. ‘Em Araçatuba, fui desenvolvendo minha própria técnica, com substitutos nacionais para confeccionar as próteses, mantendo a qualidade e a durabilidade dos materiais importados’, diz. Enquanto fazia doutorado no interior de São Paulo, ela se voluntariou para atender pacientes do Hospital Universitário de Brasília (HUB). A cada 15 dias, viajava para o DF, onde recebia pessoas com diversos tipos de deformação facial. Todos os custos eram bancados pela própria dentista. O serviço se tornou conhecido e, em um ano, havia uma demanda grande no HUB. Para atendê-la, foi criada uma vaga de dentista no hospital ocupada por Aline, que já tinha doutorado. Além das próteses faciais, fazia as dentárias. Tudo isso sozinha. Em 2008, o sonho de lecionar se concretizou. Ela foi contratada como professora substituta e, no ano seguinte, efetivada. Desde então, a dentista perdeu a conta de quantas próteses já confeccionou. O trabalho de Aline não passou despercebido pela comunidade universitária: ‘Os próprios alunos começaram a se oferecer para participar’, diz. Em 2010, a confecção das próteses se transformou em projeto de extensão da UnB. Só neste ano, 31 alunos se matricularam. Alguns gostam tanto que começaram já no primeiro semestre de curso, foram até o 10º e, depois de formados, continuaram como voluntários. Ainda hoje, Aline precisa mexer no próprio bolso para devolver a autoestima a pacientes mutilados que chegam de todos os estados brasileiros. Só neste ano, ela calcula que foram confeccionadas 60 próteses. Embora a universidade forneça alguns materiais, outros, como as tintas que simulam o pimento da pele e dos órgãos refeitos, não são comprados pela instituição. Mas isso não impede Aline de continuar. Pelo contrário, ela se entusiasma cada dia mais com o trabalho. ‘É muito gratificante ver como os pacientes ficam felizes e agradecidos. Eles fazem declarações de amor para nós e nos consideram parte da família. Acho que todos viemos ao mundo para contribuir de alguma forma. Essa foi a maneira que encontrei de fazer a diferença, diz.”.
O perfil de Aline Úrsula Rocha Fernandes: Graduada em odontologia pela UnB, mestre e doutora em prótese dentária clínica odontológica pela Unesp e pós-doutora pela Universidade de Toronto, Canadá. Ela é professora-adjunta da Faculdade de Odontologia de UnB.
Impende ainda sublinhar que a dedicação ao próximo por Aline ultrapassa os muros da universidade, com extensão para minha residência, onde ela instalou minilaboratório, para a confecção de próteses, com material dela, para o atendimento da demanda da clientela da UnB, em evidente senso de responsabilidade e de amor à sua profissão e ao próximo.        
É evidente que, diante dos fatos, convém, em respeito ao sentimento humanitário, que seja aberto aqui parêntese para lembrar que os alunos da professora Aline também são merecedores de encômios, pela dedicação em benefício de causa social da maior relevância, tendo-se a esperança de que o trabalho maravilhoso da mestra tem abnegados seguidores que podem garantir o seu prosseguimento, para o bem do ser humano.
Convém que seja citada outra notável e peculiar característica da professora Aline, que é a forma natural de conquistar o carinho de seus alunos, não somente pela forma moderna de ensinamento, mas sim pela maneira cativante e respeitosa de tratar as pessoas, pois ela é recordista de homenagens nas formaturas do Curso de Odontologia da UnB, sendo sempre lembrada para paraninfar as turmas ou para outra forma de importante reconhecimento, pela valorosa contribuição prestada por ela à aproximação entre as pessoas e ao aperfeiçoamento do aludido curso.
Diante da forma externada nesta crônica, com muita emoção e fidelidade aos fatos em si, não seria despiciendo mencionar que, depois de escrever e publicar mais de três mil artigos, este é, sem a menor dúvida, aquele que tem a maior significância para mim, porque foi eleito pelo meu coração como aquele mais especial e marcante, por tocar profundamente no meu sentimento de pai realizado e agradecido, que tem a alegria de acompanhar, vivenciar e estimular o trabalho humanitário de sublime valor de Aline.
À toda evidência, a relevância da láurea em si traduz exatamente a dimensão do valor ao mérito e ao reconhecimento pelos verdadeiros talento, dedicação e amor ao semelhante demonstrados por Aline, tendo como recompensa apenas a satisfação de se tornar útil à sociedade e “fazer a diferença”, como ela destacou.
Sem sombra de dúvida, este Natal se superou com esse incomparável, especial e maravilhoso presente, que é considerado diferente de todos, por representar algo expressivo de imaterialidade, histórico e eterno, que ficará em nossos corações com a marca indelével do reconhecimento pelo trabalho igualmente maravilhoso, por ter o poder imensurável de transformar o sentimento e a autoestima em algo tão precioso que somente o ser humano beneficiado por ele pode avaliar e valorizar a sua verdadeira importância, certamente como sendo notável e divino, por se tratar do resultado do dom de Deus que é confiado a alguém especial e iluminado, para a prática do bem e do amor ao próximo.  
Parabéns, minha querida filha Aline, que a graça de Deus e do Menino Jesus continue iluminando o seu dom artístico e profissional de sempre praticar o bem, como forma de “fazer a diferença”, porque é assim que você é feliz, justamente por realizar a felicidade do seu semelhante.    
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 25 de dezembro de 2017

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