sábado, 2 de dezembro de 2017

Retrocesso dos princípios religiosos

Um padre escocês pediu orações aos fiéis para que o príncipe da Inglaterra, que tem 4 anos e é o terceiro na linha de sucessão do trono, seja homossexual e ajude na normalização do casamento gay.
O referido religioso, reitor da Catedral de Glasgow (norte) e figura proeminente da Igreja Episcopal escocesa (que faz parte da comunidade anglicana), causou polêmica na imprensa, ao fazer essa proposta indecoroso em seu blog.
Ele escreveu esse absurdo na sua página da internet, no sentido de que, para se conseguir que a igreja aceite o casamento homossexual, existe, pasmem, a “opção de rezar, na privacidade de seus corações (ou, em público, caso se atrevam), para que o Senhor abençoe o príncipe George com o amor, quando crescer, de um bom jovem cavalheiro”.
Ele completou seu nefasto e maligno pensamento, dizendo que “Um casamento real ajudará a solucionar as coisas de maneira incrivelmente fácil, apesar de termos que esperar 25 anos para que isso aconteça”.
A igreja anglicana da Inglaterra não aceita o casamento gay, mas, ao contrário, a sua representante escocesa é favorável à união homossexual.
Como não poderia ser diferente, a degradante proposta foi recebida com indignação nos setores religiosos e igualmente no âmbito da sociedade.
Um antigo capelão da rainha da Inglaterra, bisavó do príncipe, disse ao jornal Christian Today que a proposta é “desagradável e desestabilizadora, e equivale a uma maldição. As expectativas de todos são que George reine um dia e produza um herdeiro biológico com uma mulher a quem ame. É o equivalente teológico da maldição de uma fada malvada nos contos infantis”.
Quando um religioso se atreve a concitar seus fiéis que passem a orar por finalidade que não condiz com os princípios cristãos, quando estes têm por propósito justamente o desejo do bem-estar e do progresso do semelhante, não há a menor dúvida de que esse padre não merece a menor credibilidade e a sua participação no âmbito social significa apenas a decadência moral e religiosa.
Onde se viu que alguém, religioso ou não, possa almejar algo para seu semelhante senão com os melhores augúrios e a preservação da integridade do ser humano?
Trata-se de religioso indigno de representar a sua seita, uma vez que seus seguidores não podem comungar com pensamento ideológico tão desprezível e abominável como esse, por ser indiscutivelmente dissonante da dignidade do ser humano.
À toda evidência, o esdrúxulo desejo do religioso mostra sua face de extrema perversidade contra o ser humano, de se aconselhar que alguém se transforme em algo fora da realidade natural, apenas com o maligno propósito de satisfazer a vontade manifestada por pessoa que demonstra desrespeitar os sentimentos humanos, à vista da sua preferência de mau agouro manifestada nesse caso, com a maior clareza.
Trata-se de desejo pessoal do padre que contraria frontalmente a evolução natural da espécie humana e certamente também os princípios defendidos por sua igreja, que não pode e não deve compactuar com esse pensamento nefasto, por haver nele clara falência da dignidade humana e notório retrocesso dos princípios religiosos, quanto mais em se tratando da seriedade da Igreja Anglicana. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 2 de dezembro de 2017

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