Segundo a revista IstoÉ, na Venezuela, em uma rua de Caracas, um indigente chora
quando um homem vestido de Papai Noel o presenteia com comida e roupa, em
demonstração de solidariedade, pelo transcurso das festividades natalinas, que estão
sendo marcadas pelas gravíssimas crises que afetam o país.
Aquela revista narra a dramática situação da população
daquele país, conforme os fatos apanhados in
loco, por seus correspondentes, na forma exposta a seguir.
Com a voz embargada, um venezuelano, que se
locomove em cadeira de rodas, disse que “Às
vezes, comemos do lixo, mas Deus sempre põe anjos no nosso caminho, e vocês são
os anjos do Natal”.
Diante desse fato triste, que não faz o menor
sentido, ante a necessidade da dignidade humana, vários jovens fantasiados de elfos,
palhaços e também com chapéus natalinos, choraram ao lado dele, gritaram
emocionados e abraçaram-no, em gesto de solidariedade humana.
Os voluntários fazem parte do “Papai Noel nas
ruas”, que é uma iniciativa surgida há 12 anos, tendo a finalidade de levar
presentes de Natal às pessoas mais pobres da capital e de outras cidades do
país, antes da data comemorativa.
Desta feita, o Papai Noel e seus duendes entregaram,
em uma Caracas sem decoração de Natal, bastante desanimada, comida, remédios,
roupas e brinquedos para crianças, idosos e desabrigados, como forma de
propiciar um pouco do espírito de solidariedade às pessoas carentes.
Os presentes seguem o tom da grave crise econômica,
que tem como reflexo o desabastecimento de alimentos e medicamentos, que pode
levar a inflação ao nível estratosférico de 2.349%, em 2018, segundo o FMI,
fazendo com que a explosão social se torne realidade, porque é impossível que a
economia resista à tamanha anormalidade, uma vez que os preços vão se
encarregar de implodir aquele país, e o pior é que o governo é incapaz de
contornar esse gravíssimo problema.
Um voluntário disse que “Trazemos felicidade a muita gente que, com essa situação, está
completamente triste, desolada. Trazemos um pouquinho de alegria”.
Enquanto
a caravana percorria o centro de Caracas, uma idosa gritou ao Papai Noel: “Nos dê comida!”, que foi acompanha por
crianças, que cumprimentaram, emocionadas, o bom velhinho e também pediram comida.
Essa
desgraça que se espalhou pela Venezuela, em que a população implora por comida
a Papai Noel, é o retrato fiel de nação completamente desestruturada, decadente
e falida, comandada por governo insensível, incompetente e extremamente
desumano, que já demonstrou que a sua perversidade não tem limites e a tendência
é piorar ainda mais a miséria, a pobreza e o infortúnio no seio da população,
que vem morrendo à míngua, diante da insensatez das autoridades daquele país e
das entidades humanitárias internacionais, que nada fazem para socorrer a
população martirizada diante da extrema escassez de alimentos, gêneros de
primeira necessidade e remédios.
Veja-se
que as pessoas choram quando recebem, em gesto de solidariedade, por ocasião
dos festejos natalinos, uma porção de comida, dando boas-vindas àqueles que se
dignam a ajudar o seu semelhante.
A
situação periclitante da Venezuela representa quadro de nação em estado
terminal, em que o governo tem consciência do flagelo e da agonia que assolam a
população, mas se mostra impotente para solucionar a grave crise, porque o
remédio contra ela é a existência de recursos, que ele já não tem, não dispõe
de outro antídoto contra a agonia econômica nem sabe de onde tirar, porque as
fontes do petróleo secaram, fraquejaram e minguaram, com a queda do preço do
ouro negro, que antes tinha com abundância, mas agora não atende às
necessidades econômicas do país.
Os
brasileiros precisam se inteirar sobre a triste realidade venezuelana, onde o
povo, além de passar pelas agruras da fome, diante do maldoso, perverso e
inevitável racionamento de alimentos e de tudo, ainda é obrigado à privação da
individualidade, essencial requisito dos direitos humanos, e dos princípios
democráticos, que foram subtraídos sumariamente pelo truculento e sanguinário
regime socialista, imposto à nação pela famigerada Revolução Bolivariana.
Convém
que os brasileiros procurem compreender o âmago das terríveis crises
venezuelanas, em que o país se encontra mergulhado em um regime de profunda
exceção, onde se impera o totalitarismo do Estado, que vem sendo administrado
com mão-de-ferro por ditador desumano, sob a égide do terrível regime
socialista, que tem por parâmetro, pasmem, a igualdade social, mas apenas no
sofrimento, na amargura e na destruição do ser humano, que, de forma
lastimável, também tem sido a bandeira dos partidos brasileiros de esquerda,
que, que apesar do fracasso e da decadência, aplaudem a destruição da
Venezuela, sob o comando do despreparo, da intolerância e da desumanidade, que,
à toda evidência, não pode ser considerado de forma alguma salutar e benéfico
para a população, à luz dos princípios humanitários.
Os
brasileiros precisam se conscientizar sobre a real aniquilação da dignidade dos
venezuelanos e propugnar para que as entidades e organizações internacionais de
direitos humanitários se voltem, com o máximo de urgência, em defesa da
população daquele país, com a adoção de medidas eficientes e efetivas de intervenção
possível, na sua área de competência, como forma de se evitar barbárie ainda
mais devassadora do que já vem acontecendo naquele país. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 19 de dezembro de 2017
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