A
passagem do juiz federal responsável pela Operação Lava-Jato pela Universidade
de Coimbra, célebre por sua tradição histórica de Portugal, foi marcada por
protestos com pichação de muros da instituição, com mensagens contra o
magistrado.
Na
atualidade, aquela universidade é a instituição de ensino que tem a maior
quantidade de alunos brasileiros fora do país, sendo contabilizados cerca de
2.000 entre alunos de graduação e pós-graduação.
Estudantes
brasileiros e também portugueses se reuniram para censurar a presença do juiz
da Lava-Jato, que foi a Portugal para participar de seminário sobre combate à
corrupção, naquela instituição, com o título de "Transparência, Accountability, Compliance, Boa Governança e Princípio
Anticorrupção".
Em
nota, a Associação de Pesquisadores e Estudantes Brasileiros em Coimbra
justificou as manifestações, com o seguinte teor: "Tendo em vista que os métodos de atuação no processo judicial adotados
por Sergio Moro são contestados justamente no Comitê de Direitos Humanos das
Organizações das Nações Unidas, a Apeb/Coimbra manifesta a sua perplexidade com
a escolha desse personagem para participar no evento que trate de tais
temáticas na qualidade de conferencista".
Devem
ser brasileiros que, por óbvios motivos ideológicos, sem a menor preocupação
com os princípios próprios de moralização, tão importantes na atualidade,
aproveitaram para se manifestar contra a atuação brilhante de magistrado brasileiro, respeitado
mundialmente por seu magnífico trabalho implementado contra a corrupção, cuja missão
patriótica tem sido contestada por alguns desmiolados e ingênuos brasileiros
que não se envergonham de defender os corruptos e as organizações criminosas
que destruíram a Petrobras, com o desvio de bilhões de reais de seus cofres.
Esse
medíocre sentimento ainda impregnado na mentalidade de brasileiros que ainda
resistem em acreditar nos resultados das investigações, dando conta da
roubalheira pesada que somente veio à tona depois do trabalho persistente,
corajoso, competente e exitoso do juiz que foi injustamente hostilizado em
Coimbra, o que bem demostra o nível rasteiro desses antipatriotas sem caráter,
que ainda preferem defender e apoiar a bandidagem podre da política, que levou
a vida se beneficiando de propinas com recursos públicos.
Não há a
menor dúvida de que o pior cego é o que não quer ver, uma vez que o trabalho do
juiz da Lava-Jato é reconhecido de pé e com aplausos, por onde há pessoas
honradas e conscientes sobre a imperiosa necessidade da moralização da
administração pública, sendo merecedor do respeito de pessoa mais querida e admirada
do Brasil, que acaba de receber o reconhecimento de brasileiro do ano de 2017, conferido
pela revista IstoÉ, em razão de seu
extraordinário trabalho de combate à corrupção e à impunidade.
Custa
entender que, em pleno século XXI, diante dos espetaculares avanços dos
conhecimentos científicos e tecnológicos, grupo de estudantes tentem deslustrar
a presença de magistrado que teve coragem de enfrentar os poderosos políticos e
levantar os podres do submundo da administração pública tupiniquim, pondo na
prisão criminosos de colarinho branco, em especial, desavergonhados executivos,
empresários, políticos, que não conseguiram provar as suas inocências nos casos
que se envolveram.
As
sentenças condenatórias da lavra do juiz da Lava-Jato se baseiam em provas
materializadas nos autos, à vista dos resultados das investigações, delações,
testemunhas, planilhas, demonstrativos contábeis etc., cabendo ao juiz se
manifestar estando absolutamente convicto de que há, nos autos, elementos
juridicamente válidos e suficientes para respaldar a sua decisão, sob pena de
ele cometer crime de prevaricação, no caso da fragilidade das provas ou da sua
inexistência, sendo cabível ainda a sua responsabilização por danos morais
resultante de decisões inconsistentes e sem o devido fundamento jurídico, qual
seja, a robusteza das provas constantes dos autos.
Criticar
o juiz responsável pela Lava-Jato é fechar os olhos para as precariedades
impostas à nação e ao povo, além de aplaudir a corrupção e a impunidade, em
cujo governo nada foi feito para apurar os fatos irregulares denunciados e
muito menos houve assunção da culpa quanto às responsabilidades pelo desastre
que se abateu sobre o país.
Não
fosse a excrescência do foro privilegiado, certamente que o juiz da Lava-Jato
já teria mostrado muito mais ação contra a poderosa máfia da corrupção, que tem
sido beneficiada pela inépcia do Poder Judiciário, com destaque para o Supremo
Tribunal Federal, que ainda não conseguiu punir ninguém da turma do colarinho
branco, que tem sido poupado das críticas insensatas e injustas contra aquele
que tem o inquebrantável apoio dos brasileiros honestos, trabalhadores e
principalmente amantes do Brasil, que precisa varrer do seu mapa os
antipatriotas que se opõem às medidas de moralização da administração pública.
As
pessoas com pouca massa encefálica, que criticam apenas por criticar, em razão
de ideologia política ou fanatismo doentio, em claro desprezo ao verdadeiro
sentimento do valor moral, certamente que prestam enorme desserviço às causas
nacionais, diante da roubalheira que levou a Petrobras à bancarrota, pelo
gigantesco desvio de recursos de seus cofres, na gestão que foi afastada
justamente em face dos rombos causados nas contas públicas, cujos déficits
corresponderam à recessão econômica, aos juros altíssimos, à inflação nas
alturas, ao alarmante desemprego, entre outras mazelas que contribuíram para
empurrar o país para o abismo, em termos socioeconômicos. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 8 de dezembro de 2017
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