Segundo
a revista IstoÉ, o ex-ministro da
Fazenda e da Casa Civil dos governos petistas prepara assuntos destinados à colaboração
premiada que pretende fazer proximamente, na expectativa de assim fazendo puder
deixar a prisão em Curitiba, onde se encontra desde setembro do ano passado,
tendo se comprometido, para tanta, delatar o ex-presidente da República petista,
de quem era grande amigo e colaborador, até recentemente.
Nesse
acordo de colaboração, o ex-ministro imagina cumprir pena de no máximo um ano
em prisão domiciliar, que não passa de punição levíssima para quem é acusado de
ter movimentado o valor de R$ 128 milhões, somente de propinas da Odebrecht
para repasses ao PT.
Além
disso, o ex-ministro, conhecido como o “italiano”,
no departamento de propinas da Odebrecht, era o responsável pela movimentação
da conta secreta da empreiteira, em nome do ex-presidente, que atendia pela
alcunha de “amigo”, que teve à sua
disposição o valor de R$ 40 milhões.
Conforme
a citada revista, o ex-ministro já teria confirmado aos procuradores da Lava-Jato
que irá mesmo fazer a delação contra o ex-presidente, prometendo explicar as
circunstâncias em que foram movimentados os R$ 40 milhões “destinados para atender às demandas” do petista, à vista do que foi
revelado pelo ex-presidente da Odebrecht, em depoimento ao juiz daquela
operação.
Ele
disse que, daquele total, pelo menos o valor de R$ 13 milhões foi sacado, em
dinheiro vivo, para o ex-presidente pelo sociólogo seu assessor.
Na
agenda da deleção, consta que ex-ministro irá detalhar também a divisão de
propinas na criação da empresa Sete Brasil, em 2010, negócio esse que gerou
subornos da Odebrecht, no valor de R$ 51 milhões, dos quais, segundo o
ex-ministro, o petista-mor teria ficado com 50% do valor.
O
ex-ministro irá contar também a forma de captação do valor de R$ 50 milhões
junto à Odebrecht, para a ex-presidente petista, em 2009, com a participação do
ex-ministro da Fazenda do governo dela, que teve a ajuda do ex-presidente.
O
ex-ministro pretende detalhar como funcionava a venda de Medidas Provisórias
para grandes empresas e bancos, inclusive fornecendo os nomes de, pelo menos,
20 empresas que pagaram subornos ao PT.
Segundo o
ex-ministro, esses grupos teriam se beneficiado de esquemas de corrupção no
Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
O
ex-ministro irá dizer como funcionaram os bastidores que manobraram para que o grupo
do Pão de Açúcar conseguisse levar vantagens na disputa com o grupo francês
Casino.
É
muito importante que o anúncio dessa bomba contra o PT e o seu maior líder
venha com o devido invólucro das provas pertinentes, para que a paulada nas
cabeças dos destinatários seja de maneira tal que eles sintam o impacto e não
tenham realmente condições de sobreviver nem de continuar sonegando a verdade
sobre os fatos, que são em quantidade realmente espantosa e deverá ter efeito
devastador sobre quem tenta se passar pelo imaculado salvador da pátria e
injustiçado.
Espera-se
que a colaboração premiada do ex-ministro, idealizador e especial colaborador
do PT tenha a eficácia de não se permitir que não mais restem dúvidas quanto à
efetividade dos atos criminosos perpetrados contra os princípios éticos e
morais, de modo que os envolvidos, além de passar para a mira da Justiça,
tenham sensatez para evitar se passarem por arautos da honestidade e da pureza,
uma vez que os fatos revelados passem a ser o marco indicativo de que, enfim, a
verdade tenha sido revelada, com o peso detonador das respectivas provas.
Os
brasileiros anseiam por que esse dia possa chegar o quanto antes, porque é
sabido que o delator tem todo interesse em mostrar a verdade sobre o que ele
sabe, como forma de se beneficiar da colaboração da redução drástica da
condenação, cujo usufruto somente tem validade e efetividade se os fatos
delatados tiverem a devida comprovação, ou seja, sejam irrefutáveis, por sua
plausibilidade.
Daí
a necessidade de que o delator conte somente os casos que ele tenha condições
de provar a sua materialidade sobre a culpa, de modo que se permita aferir o
grau da degeneração moral de quem insiste em negar a realidade sobre os fatos
visivelmente prejudicais ao interesse dos brasileiros, que, se confirmada a
autoria deles, teriam sido traídos por quem mereceu, no governo, a melhor das
avaliações de todos os tempos da história republicana.
Convém
que os maus políticos sejam devidamente desmascarados, o quanto antes possível,
como forma de se evitar a continuidade da enganação contra o povo, em especial
o mais humilde e ingênuo, que ainda acredita em homens públicos com a índole mentirosa
e inescrupulosa, que juram a inexistência
de fatos malignos que podem realmente ter existidos, diante da revelação por
parte de quem confessa suas participação e autoria sobre eles, que, de forma
solidária, precisa também assumir a responsabilidade pelos danos causados à
verdade e à dignidade, princípios estes que são indispensáveis no exercício de
funções públicas. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 11 de dezembro de 2017
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