terça-feira, 26 de dezembro de 2017

A recuperação da confiança política

O presidente francês, que é o chefe de Estado mais jovem da história da França, acaba de completar 40 anos e, como presente de aniversário, ele não poderia ter ganho coisa melhor que a expressiva recuperação da popularidade, por ter passado por turbulência por causa da avaliação negativa, que foi revertida nas pesquisas, estando agora em alta.
Pesquisa de opinião publicada mostra que 54% dos franceses considera que o líder centrista é “um bom presidente”, havendo salto de nove pontos em apenas um mês, que é considerado “inédito”, de acordo com a consultora, que o descreve como o “primeiro presidente a recuperar sua popularidade depois de ter afundado nas pesquisas”.
O autor da pesquisa disse que “Macron recuperou a confiança (dos franceses), algo que nunca tínhamos visto antes”, porque, em geral, “a aprovação dos líderes cai e não volta a se levantar”.
O observador disse que o início da presidência o mandatário esbarrou com o ceticismo de parte dos franceses, cuja chegada ao poder, em maio, com movimento partidário de apenas um ano de existência revolucionou a política francesa.
Mesmo assim, ele conseguiu implementar uma primeira série de reformas liberais, sem quase resistência dos franceses, tendo conseguido consolidar sua reputação internacional.
Um especialista em opinião pública disse que, em nível nacional, “os franceses admitem que ele tem cumprido suas promessas, que faz o que disse que faria durante a campanha”.
A batalha do jovem presidente, em nível internacional, está direcionada, bastante ativa, contra as mudanças climáticas, na integração europeia e na crise no Oriente Médio, ocupando o vácuo deixado pelo presidente norte-americano ou pela chanceler alemã, enfraquecida em seu país.
O consultar de opinião pública disse que “Os franceses estão voltando a amar a França, que voltou ao primeiro plano da política internacional”.
O presidente transformou a sua pouca idade, para o importante cargo que ocupa “em um recurso”, tendo procurado enfatizar o lado positivo de sua juventude, conforme explica o especialista em linguagem, que nota o uso recorrente de palavras como “inovação, dinamismo ou renovação” nos discursos do presidente.
O presidente francês tem sido apontado como importante líder que inspira as mudanças que estão sendo operadas, em forma de movimento positivo, mundo moderno, com a ascensão de líderes jovens, que tem sido observado no mundo.
A revista Time disse, recentemente, tendo por base o engajamento de estadista jovem, que é importante “ser um líder desta nova geração de líderes”.
A idade do presidente também serve para se dirigir aos jovens com franqueza, sem precedentes entre os presidentes franceses, quase como se fosse um deles.
Em harmonia com a sua pouca idade, o presidente francês também usa “uma linguagem polida e até antiga que uma pessoa mais velha poderia usar”. Ele se mostra como alguém jovem, mas maduro “para não ser” rotulado como pessoa inexperiente, aponta o especialista.
Verificando a real transformação operada na gestão francesa, quando o presidente anterior parecia um dinossauro como representante do povo, que não gostava de nada ele fazia, como prova a sua desistência da reeleição, tem-se a certeza que a jovialidade do atual presidente francês é fator preponderante para se imprimir confiança da população, que cada vez mais exige mudanças na forma de governar o país, com a introdução de mentalidade mais arejada, em melhores condições de diálogo com a população, que já não mais suporta ideologia retrógada e obsoleta, que precisa urgentemente passar por reciclagem, em harmonia com os novos tempos e os novos avanços científicos e tecnológicos.
Do mesmo modo, o sentimento dos brasileiros é também por que candidatos jovens à Presidência da República possam introduzir sangue novo na política e contribuir de forma positiva para o imprescindível processo de renovação das atividades político-administrativas.
 Diante da degeneração política sob a predominância do coronelismo regional, acredita-se que a participação de candidatos jovens é a certeza da tão ansiada oxigenação que o Brasil precisa para o começo da revolução da modernidade dos costume e das práticas político-administrativos, porque é fato que eles não têm medo de ousar e são capazes de enfrentar as dificuldades para a implementação das imprescindíveis reformas, mudanças e transformações nas estruturas do Estado, que precisa urgentemente ser modernizado e aperfeiçoado, com a adoção de medidas adequadas à revolução de seus sistemas, como única maneira de suplantar os  obsoletismo e arcaísmo que funcionam como fatores de real subdesenvolvimento socioeconômico. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 26 de dezembro de 2017

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