Em
mensagem que é veiculada na internet, pessoa leiga em medicina faz alerta sobre
o perigo que corre quem tomar vacina contra a Covid-19, em razão dos
gravíssimos efeitos colaterais causados por ela, em especial com afetação ao
sistema cardíaco.
Vejo
com muita preocupação alertas como esses, cujo cerne envolve questão essencial
à vida humana, em especial quando eles têm origem pessoas leigas, sem nenhuma
autoridade quanto ao conhecimento ou propriamente experiência na área
específica, o que perde em substância a credibilidade sob a forma de tentativa
de se querer prestar, de alguma forma, que parece ser o caso, serviço
importante para a sociedade.
Essa
preocupação se baseia, conforme se alega, possivelmente em fatos verdadeiros
que são atribuídos aos efeitos colaterais da vacina, mas sem a exposição, que é
imprescindível, em circunstâncias tais, de qualquer prova quanto aos casos
referidos.
Isso
é da maior responsabilidade, especialmente porque se trata de tentativa de
indução da população para deixar de tomar vacina que tem por finalidade
justamente a proteção da vida, caso em que, se não houver a imunização, poderá
haver o risco de morte, por causa da contaminação do vírus que seria bloqueado
pela vacina.
Ou
seja, tem-se aí o encontro do dilema de tomar ou não tomar a vacina, pelo
simples fato de que alguém importante alertara sobre possíveis efeitos
colaterais letais da vacina, embora sem provas de absolutamente nada do que se
alega, apenas tendo-se por base meras conjecturas sobre fatos estatísticos, que
até podem ser válidos e importantes, mas apenas para aqueles que acreditam
neles.
Seria
importante que o mentor dessa ideia, nem tanto segura e verdadeira, tivesse o
cuidado de checar junto às instituições com a devida credibilidade científica
vinculada à área de vacinas, mais propriamente com relação aos órgãos oficiais,
com vistas à confirmação sobre o que realmente existe de verdade acerca da
matéria, de modo que a divulgação desse assunto possa merecer a devida
credibilidade, em real benefício para a sociedade, tendo em vista que ninguém
vai querer tomar vacina se o risco de morte seja bastante elevado, mesmo que
ele seja também grande se não tomá-la.
Enfim,
penso que o alerta, na forma como ele se apresenta, não se presta com a
necessária utilidade social, se contivessem informações relevantes sobre, no
mínimo, a comprovação de causa e efeito, inclusive contendo a palavra das
autoridades oficiais responsáveis pela imunização, abordando, de forma
circunstanciada e abrangente, essa importante questão relacionada com os perigosos
efeitos colaterais.
Brasília, em 9 de abril de 2023
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