A Sexta-Feira Santa ou Sexta-Feira da Paixão é
data religiosa maior da cristandade mundial, que se relembram a crucificação
e a morte de Jesus Cristo, no Calvário.
Segundo consta descrito nos evangelhos, os guardas do templo, sob
o guia do apóstolo Judas Iscariotes, sob a paga de 30 moedas de prata, prenderam Jesus
no jardim sagrado conhecido por Getsêmani, que foi levado para julgamento sumário,
por Caifás.
O sumo-sacerdote desafiou Jesus, ao dizer: “Eu
te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus.”,
no que Jesus respondeu: “Tu o disseste; contudo vos declaro que vereis
mais tarde o Filho do homem sentado à direita do Todo-poderoso e vindo sobre as
nuvens do céu.” e isso foi o suficiente para Caifás o condená-lo por blasfêmia,
cujo veredicto à morte foi confirmado pelo Sinédrio (espécie de Parlamento).
Depois dessa sentença, Jesus foi levado à presença do governador
romano Pôncio Pilatos, sob a acusação de subversão contra o Império Romano,
principalmente por ele se opor aos impostos pagos ao César e ainda de se
autodenominar "rei".
Assim, diante dessas acusações, Pilatos
autorizou que os líderes judeus julgassem Jesus, na forma dos próprios costumes,
cuja sentença inicial foi referendada, sob o alerta aos líderes judeus de que
os romanos não lhes permitiam executar sentenças de morte.
Na interrogação de Pilatos a Jesus, foi afirmado para a multidão
que ele, o governador, não via fundamentos para a pena de morte, mas ele
deliberou que o caso fosse decidido segundo às normas da Galileia, local onde Jesus
tinha origem e ainda sob o argumento de que ele estava em Jerusalém, para a celebração
da Páscoa judaica.
Herodes e Pilatos concluíram que não havia qualquer
motivo para condenar Jesus, tendo decidido apenas por chicoteá-lo e soltá-lo,
mas os sacerdotes incitaram a multidão a pedir que Barrabás, que havia sido
preso por assassinato durante uma revolta, fosse solto no lugar dele.
Diante disso, então Pilatos resolveu perguntar
à multidão o que fazer com Jesus, cuja resposta foi “Crucifica-o!”, no
que foi atendido pelo governador, que ordenou que ele fosse chicoteado e
humilhado.
Não satisfeitos, os sumo-sacerdotes disseram
a Pilatos que havia a acusação por ele "alegar ser o Filho de
Deus" e exigiram a condenação à morte de Jesus.
Enfim, Pilatos declarou à multidão que Jesus Cristo era inocente
e lavou suas mãos para mostrar que não queria ter parte alguma na condenação
dele, em que pese o ter entregado para a crucificação, em processo doloroso,
cruel e desumano, sob o argumento de se evitar rebelião dos presentes.
E assim se cumpriu o calvário de Jesus Cristo,
que foi levado ao local de sua execução, um lugar chamado "da
Caveira" (Gólgota, em hebraico, e Calvário, em latim), tendo sido
ali crucificado, entre dois ladrões.
Consta que Jesus Cristo ficou agonizando, na cruz, por
aproximadamente seis horas e que, durante as últimas três horas, do meio-dia às
três da tarde, houve escuridão que cobriu "toda a terra".
Também há relatos de que, quando Jesus Cristo morreu, foi
acompanhado por terremoto, túmulos se abriram e a cortina do Templo se rasgou,
em pedaços.
Eis aí o grande e doloroso sacrifício de
Jesus Cristo, na cruz, que se relembra em dia de muito pesar por ele ter sido
fiel aos desígnios de Deus, como o grande salvador da humanidade, que fora
enviado perante os homens para disseminar ensinamentos de fraternidade e amor,
como forma de união e tolerância entre eles.
É comum os cristãos celebrarem esta data com
o sentimento de muita piedade, em homenagem ao sofrimento de Jesus Cristo, que
teria sido julgado e condenado à morte, mesmo sob a consciência das autoridades
de que ele era inocente, mas tudo já estava definido que toda encenação dolorosa
havida de ser cumprida, mesmo sob a crueldade de muita dor corporal.
Por fim, este dia santo é compreendido como data
para os cristãos renovarem a sua devoção a Jesus Cristo, por conta da celebração
do enorme sacrifício dele, na cruz, que
culminou com a dolorosa crucificação, que representa forma intensa de amor ao
próximo, uma vez que, como Deus vivo, ele poderia ter evitado todo processo de imolação
e morte, na forma como tudo finalmente aconteceu.
Viva Jesus Cristo, a pessoa enviada por Deus, para a
salvação dos homens!
Brasília, em 7 de abril de 2023
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