sexta-feira, 7 de abril de 2023

Sexta-Feira Santa!

 

A Sexta-Feira Santa ou Sexta-Feira da Paixão é data religiosa maior da cristandade mundial, que se relembram a crucificação e a morte de Jesus Cristo, no Calvário.

Segundo consta descrito nos evangelhos, os guardas do templo, sob o guia do apóstolo Judas Iscariotes, sob a paga de 30 moedas de prata, prenderam Jesus no jardim sagrado conhecido por Getsêmani, que foi levado para julgamento sumário, por Caifás.

O sumo-sacerdote desafiou Jesus, ao dizer: “Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus.”, no que Jesus respondeu: “Tu o disseste; contudo vos declaro que vereis mais tarde o Filho do homem sentado à direita do Todo-poderoso e vindo sobre as nuvens do céu.” e isso foi o suficiente para Caifás o condená-lo por blasfêmia, cujo veredicto à morte foi confirmado pelo Sinédrio (espécie de Parlamento).

Depois dessa sentença, Jesus foi levado à presença do governador romano Pôncio Pilatos, sob a acusação de subversão contra o Império Romano, principalmente por ele se opor aos impostos pagos ao César e ainda de se autodenominar "rei".

Assim, diante dessas acusações, Pilatos autorizou que os líderes judeus julgassem Jesus, na forma dos próprios costumes, cuja sentença inicial foi referendada, sob o alerta aos líderes judeus de que os romanos não lhes permitiam executar sentenças de morte.

Na interrogação de Pilatos a Jesus, foi afirmado para a multidão que ele, o governador, não via fundamentos para a pena de morte, mas ele deliberou que o caso fosse decidido segundo às normas da Galileia, local onde Jesus tinha origem e ainda sob o argumento de que ele estava em Jerusalém, para a celebração da Páscoa judaica.

Herodes e Pilatos concluíram que não havia qualquer motivo para condenar Jesus, tendo decidido apenas por chicoteá-lo e soltá-lo, mas os sacerdotes incitaram a multidão a pedir que Barrabás, que havia sido preso por assassinato durante uma revolta, fosse solto no lugar dele.

Diante disso, então Pilatos resolveu perguntar à multidão o que fazer com Jesus, cuja resposta foi “Crucifica-o!”, no que foi atendido pelo governador, que ordenou que ele fosse chicoteado e humilhado.

Não satisfeitos, os sumo-sacerdotes disseram a Pilatos que havia a acusação por ele "alegar ser o Filho de Deus" e exigiram a condenação à morte de Jesus.

Enfim, Pilatos declarou à multidão que Jesus Cristo era inocente e lavou suas mãos para mostrar que não queria ter parte alguma na condenação dele, em que pese o ter entregado para a crucificação, em processo doloroso, cruel e desumano, sob o argumento de se evitar rebelião dos presentes.

E assim se cumpriu o calvário de Jesus Cristo, que foi levado ao local de sua execução, um lugar chamado "da Caveira" (Gólgota, em hebraico, e Calvário, em latim), tendo sido ali crucificado, entre dois ladrões.

Consta que Jesus Cristo ficou agonizando, na cruz, por aproximadamente seis horas e que, durante as últimas três horas, do meio-dia às três da tarde, houve escuridão que cobriu "toda a terra".

Também há relatos de que, quando Jesus Cristo morreu, foi acompanhado por terremoto, túmulos se abriram e a cortina do Templo se rasgou, em pedaços. 

Eis aí o grande e doloroso sacrifício de Jesus Cristo, na cruz, que se relembra em dia de muito pesar por ele ter sido fiel aos desígnios de Deus, como o grande salvador da humanidade, que fora enviado perante os homens para disseminar ensinamentos de fraternidade e amor, como forma de união e tolerância entre eles.

É comum os cristãos celebrarem esta data com o sentimento de muita piedade, em homenagem ao sofrimento de Jesus Cristo, que teria sido julgado e condenado à morte, mesmo sob a consciência das autoridades de que ele era inocente, mas tudo já estava definido que toda encenação dolorosa havida de ser cumprida, mesmo sob a crueldade de muita dor corporal.

Por fim, este dia santo é compreendido como data para os cristãos renovarem a sua devoção a Jesus Cristo, por conta da celebração do enorme  sacrifício dele, na cruz, que culminou com a dolorosa crucificação, que representa forma intensa de amor ao próximo, uma vez que, como Deus vivo, ele poderia ter evitado todo processo de imolação e morte, na forma como tudo finalmente aconteceu.

Viva Jesus Cristo, a pessoa enviada por Deus, para a salvação dos homens!

Brasília, em 7 de abril de 2023

 

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