sexta-feira, 14 de abril de 2023

Desnível social

 

Discute-se sobre a gritante disparidade no distanciamento dos níveis sociais e das conquistas socioeconômicas existentes nas diversas regiões do Brasil, como sendo reflexo da mentalidade do povo, em harmonia com o sábio provérbio popular segundo o qual o povo tem o governo que merece.

Essa ilação deflui do entendimento de que, quanto mais desgraça no seio da sociedade, melhor assim será para se manter na miséria, havendo muito mais possibilidades ao alcance  do direito aos programas assistencialistas mantidos com regularidade pela incompetência dos governos socialistas, incapazes da criação de incentivo aos investimentos em obras cujas infraestruturas levem ao aumento da produtividade e do emprego.

Essa constatação é mais evidente nas regiões de poucos investimentos governamentais em obras e serviços sociais geradores de empregos, de modo a se permitir maior potencialização dos programas populares, em benefício do povo.

É evidente que o desinteresse em investimentos produtivos ajuda à eternização da reciprocidade entre o Estado e o povo, em que aquele se mantém firme no compromisso de assegurar as conquistas sociais assistencialistas, em troca de apoio com o voto, constituindo os chamados currais eleitorais, próprios das promíscuas e execráveis republiquetas exploradoras das pobreza.

Convém, por ser interessante parâmetro, a comparação entre os programas sociais ou assistencialistas existentes nos estados menos e mais desenvolvidos, para se avaliar e se sentir o nível de evolução da mentalidade de seus povos, em termos de consciência política.

O certo é que essa simples comparação de nível de condições socioeconômicas já prenuncia a pobreza de um povo, em absoluta consciência de que esse deprimente estágio de miserabilidade satisfaz plenamente às suas necessidades básicas, em especial no sentido da permanência da eterna ociosidade, como forma de se viver como subespécie humana, na eterna pendência da assistência do poder público, sem necessidade de contraprestação alguma, muito menos trabalhar.

Urge que os povos das regiões menos desenvolvidas se conscientizem de que a mudança da mentalidade socioeconômica depende essencialmente do seu interesse em permanecer ou sair da situação desconfortável de dependência das migalhas vindas do poder público.

             Brasília, em 14 de abril de 2023

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