O general ministro-chefe do
Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República pediu exoneração
do cargo, depois da divulgação de vídeo que mostra a sua imagem dentro do
Palácio do Planalto, ao meio dos atos de destruição, ocorridos no dia 8 de
janeiro.
As fortes imagens divulgadas por
um canal televisivo mostraram a presença e a atuação do general, nas
dependências do Palácio do Planalto, durante os citados ataques, quando pessoas
invadiram também as sedes dos Três Poderes, em Brasília, promovendo enorme
destruição do patrimônio público.
No vídeo, o general e
funcionários daquele gabinete aparecem entre os invasores no Planalto do
Planalto, inclusive cumprimentando alguns e oferecendo até mesmo água aos
vândalos, em demonstração de normal aceitação da deplorável destruição, fatos
que exigem maiores esclarecimentos perante a sociedade.
O GSI é composto majoritariamente
por militares e tem a incumbência institucional de cuidar, pasmem, exatamente
da segurança das instalações da Presidência da República.
Na verdade, as imagens mostradas à
saciedade foram gravadas pelos equipamentos da própria Presidência da
República, o que tem o condão de autenticar a fidelidade da existência dos
fatos vindos a público, com o poder de denunciar possível cumplicidade de
autoridade do governo com os gravíssimos atos terroristas.
A bem da verdade, por motivos
muito menos graves como esses mostrados pelas imagens de vídeos, já houve decisão
da Justiça determinando a prisão de autoridades que nem estavam presentes nos
atos terroristas.
Por enquanto, com relação aos
episódios referentes ao caso em tela, em fica patente a participação ativa do
ex-ministro do GSI na baderna em causa, ainda não se tem notícia sobre medidas efetivas
contra a deprimente atitude dele.
Isso pode evidenciar incoerência
e parcialidade quanto à condução das investigações pertinentes aos graves acontecimentos
referentes à destruição do patrimônio dos brasileiros, quando a Justiça agiu rápido
na determinação de algumas prisões, mas demora em mandar prender o general, que
precisa se explicar perante a sociedade.
Causa perplexidade é que nunca a
Justiça brasileira foi tão eficiente e dinâmica quando decidiu agir contra
àqueles que ela entendeu que seriam culpados pelos atos de vandalismo, mesmo
sem ter provas contra eles, a exemplo das pessoas que foram presas no dia
seguinte dos acontecimentos, no caso de quem estava na frente do quartel do Exército,
que continuam presas até agora, sem ter sequer provas contra elas.
À toda evidência, a própria exoneração
do general já não deixa a mínima margem de dúvida quanto à culpabilidade dele
nos atos terroristas, quando as imagens mostram a passividade dele diante do
quebra-quebra, em que ele teria o dever funcional e legal de determinar a
prisão dos vândalos, mas, ao contrário, nada foi feito nesse sentido, conforme mostram
os fatos.
Diante das notórias evidências de
cumplicidade com os depredadores do patrimônio público, os brasileiros exigem
que a Justiça determine, com urgência, a prisão não somente do general, mas de todos
os militares cujas imagens constam dos vídeos exibidos para o Brasil e o mundo,
que nada fizeram para impedir a ocorrência da destruição, na presença deles, do
patrimônio dos brasileiros.
Brasília, em 20 de abril de 2023
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